Capítulo 37 - Thirty six...

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                              Heloísa

Sexta...

Se passaram dois dias e esses dois dias eu passei provocando o Miguel, como hoje é o último dia da semana eu vou acabar com as provocações amanhã.

Entro na empresa e depois de cumprimentar a Carla eu subo para minha sala. O telefone ao lado do meu computador toca e eu o atendo.

—Secretária do Sr.Alencar

—Venha ate a minha sala Heloísa. 

—Claro. — Desligo o telefone, pego meu bloco de notas e vou até a sala do Miguel.

Após ouvir o mesmos dizer entre, eu entro em sua sala e fecho a porta atrás de mim.

—O que o Senhor deseja? — Eu pergunto tentando segurar a risada.

—Eu desejo que você volte pra mim. — Ele fala vindo até mim e parando em minha frente.

—Se era só isso eu vou indo, tenho muito trabalho pra fazer.

—Porra Heloísa! Quando você vai me perdoar? Eu já demonstrei de todas as formas possiveis que eu quero você.

É sempre isso, "eu quero você", "eu gosto de você", "você é importante pra mim" mas nunca um "eu te amo".

—Com licença Sr.Alencar.

Sem deixar ele responder saio de sua sala com lágrimas nos olhos, eu já perdoei ele, eu o amo demais para o deixar, mas talvez ele não sinta o mesmo.

[...]

Assim que da o meu horário de ir para casa, saio da minha sala e vou embora sem nem ao menos me despedir do Miguel, eu vou falar pra ele que eu o perdoei, mas eu preciso descansar primeiro e estar pronta para as próximas emoções que envolvem esse homem.

[...]

Chego em casa e vejo Bárbara dormindo no sofá com a televisão ligada, desligo a televisão e vou diretamente para o banheiro e tomo um banho quente, assim que termino de tomar banho, coloco meu babydoll preto e vou até a cozinha jantar.

Quando termino de jantar, escovo os dentes e me jogo na minha cama, pego meu celular e são oito horas da noite ainda, mas eu estou completamente exausta, tanto fisicamente como psicologicamente.

Coloco meu celular no pequeno criado mudo ao lado da minha cama e me deito de barriga para cima encarando o teto. 

Sinto meus olhos pesarem e quanto estou prestes a dormir meu celular toca, olho no visor e é um número desconhecido, pego o celular e atendo a ligação.

—Alô?

—É a Heloísa? — Uma voz desconhecida pergunta.

—Sim, sou eu.

—Aqui é a recepcionista Julie do hospital particular de Seattle, o Sr.Alencar sofreu um acidente de carro e esta aqui nesse momento. Seu número estava entre os números de emergência.

Deixo meu celular cair no chão e encaro um ponto fixo sem conseguir me mover. Balanço a cabeça de um lado para o outro, me levanto o mais rápido possivel e coloco a primeira peça de roupa que encontro no meu guarda-roupas. Pego minha bolsa com os meus documentos, dinheiro e meu celular e saio do meu quarto.

Saio de casa sem acordar Barbara e chamo um táxi. Falo o endereço pra ele e o moço logo começa a dirigir.

—Por favor moço, dirija rápido!

[...]

Depois de alguns minutos torturantes o táxi para em frente ao hospital, pago o moço e corro para dentro. Assim que entro no hospital vejo Grace, Cristian, Mia e o pai do Miguel. 

—Como ele esta? — Falo tentando recuperar o fôlego.

—Esta na cirurgia. Um motorista bêbado bateu em seu carro, se eu encontrar com esse filho da puta eu o mato com as minhas próprias mãos. — Falou Christian furioso andando de um lado para o outro.

Olho para Grace que esta abraçada com o seu marido e vejo que algumas lágrimas caem de seus olhos, fazendo meus olhos lacrimejarem, vou até ela e a abraço. 

—Ele vai ficar bem, ele sempre fica. — Eu falo deixando as lágrimas caírem.

Continuamos abraçadas e chorando silenciosamente. Mia agora esta abraçada ao pai chorando.

Ele não pode morrer, eu nem falei para ele que eu o amo, o quanto ele é especial pra mim, e nem ao menos disse que eu o perdoei por tudo. Ele não pode morrer Deus!

Sinto a angústia no meu coração, sinto minha respiração começar a falhar e minha visão ficar turva.

Sento em uma das cadeiras da sala de espera e tento me acalma respirando fundo.

—Ela esta tendo um ataque de pânico! —Grita Grace.

Rapidamente alguns enfermeiros vieram até mim e me deitaram em uma maca. 

Sinto uma picada em meu braço e em seguida não vejo mais nada.

[...]

Abro os olhos já me sentindo mais calma. Levando da cama do hospital rapidamente assim que lembro que Miguel esta em cirurgia. Saio do quarto sem autorização e vou atrás dos outros.

—Alguma noticia? — Pergunto para Grace.

Ela balança a cabeça negativamente.

Me sento ao lado do Christian e esperamos notícias silenciosamente.

Alguns minutos depois a porta do corredor se abre e um médico sai.

—Parentes de Miguel Alencar?

—Eu sou a mãe dele e ele o pai. — Fala Grace rapidamente apontando para Robert.

—O seu filho passou por uma delicada cirurgia, com o impacto da batida alguns cacos de vidro perfuraram o abdômen dele oque causou uma hemorragia, felizmente conseguimos controla-lá. Seu filho também bateu muito forte a cabeça quando o carro bateu, oque causou uma hemorragia cerebral, também conseguimos controlar, mas infelizmente a hemorragia cerebral fez com que seu filho entrasse em coma.

Grace se senta e começa a chorar compulsivamente, seu marido se senta ao seu lado e a abraça.

—O coma é temporário? — Eu pergunto e algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto.

—Ainda não sabemos, vamos esperar o efeito dos remédios passarem para ver como ele irá reagir. — O médico diz.

—Podemos ver ele? — Christian pergunta.

—Podem, mas um de cada vez.

—Eu vou primeiro! — Fala Grace se levantando e seguindo o médico.

[...]

Depois que o Christian saiu do quarto do Miguel eu segui o doutor até o quarto.

—Você tem 20 minutos. — Ele abre a porta do quarto e sai em seguida.

Entro no quarto e olho para o Miguel. Automaticamente meus olhos se enchem de lágrimas, Miguel esta ligado a alguns aparelhos e tem um curativo em volta da sua cabeça e alguns arranhões em seu rosto e em seus braços.

Me a próximo dele e pego em sua mão.

—Você não pode me deixar Miguel, nós ainda temos muito o que viver juntos, então por favor não me deixe.— Digo e respiro fundo. —  Eu te perdôo por tudo e eu quero te pedir perdão também por ter sido tão idiota. Eu te amo e eu sei que talvez você não sinta o mesmo, mas se você estiver me ouvindo, eu quero que você use essas três palavras como um motivo para você voltar pra mim. Então por favor, acorda! Eu te amo tanto. — Falo segurado sua mão enquanto as lágrimas caem.

50 Tons de Paixão Where stories live. Discover now