12°>Desejos ocultos.

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"Querido,
Se este amor existe apenas em meus sonhos,
Não me acorde.
Muita luz nesta janela, não me acorde.
Somente café sem açúcar, em minha xícara.
Se seu coração é um travesseiro,
Este amor é a cama.
Se eu acordar e você ainda estiver aqui, me dê um beijo.
Eu ainda não terminei de sonhar com seus lábios.
Eu não quero dormir,
Não quero me apaixonar,
A menos que seja por você."


Don't Wake Me Up - Chris Brown

~*~
C

hovera o dia todo, estava fria e molhada quando voltei para a picape, dirigi com pressa querendo chegar logo, tomar banho e colocar roupas secas. Depois disso preparei um lanche rápido e pude me empoleirar em cima da cama junto de meus livros onde passei o restante da tarde estudando. Meu compromisso ficara para sexta à noite, assim eu teria tempo de pedir a Charlie permissão para sair.
Após terminar as tarefas desci para preparar o jantar, depois de pronto voltei ao quarto para arrumar a mochila para o dia seguinte, quando me aproximei da janela senti um calafrio e por reflexo olhei para o gramado abaixo, mas estava vazio. Aparentemente, pelo menos. Continuei ali fitando a floresta já escura, mas comecei a me sentir imbecil de esperar poder ver algo, não por causa da capacidade que certas criaturas tinham para passarem despercebidas e sim porque não havia razão para ter alguém me espionando.
Pensei por um minuto na diferença extraordinária em minha vida, na semana anterior eu vivia em puro tédio, minha maior diversão era ler Crepúsculo e agora aqui estava eu. Eu estava certa, minha vida antes não tinha graça, não se comparada ao que era agora, aqui eu me sentia... Bem.
Sem mais o que fazer resolvi ir para a sala assistir um pouco de televisão, algo que eu raramente fazia, serviria também para tirar a paranóia da minha cabeça. Logo Charlie chegou, jantamos juntos e depois fiquei junto com ele assistindo a um jogo de basquete, percebi com alegria que acabara sendo um programa legal, era engraçado vê-lo esbravejar com os jogadores e acabei tomando partido do time que mais gostei – sem razão nenhuma em especial, eu apenas tinha ido mais com a cara deles.
Por fim já estava bastante tarde e o cansaço se manifestou em meu corpo, dei a Charlie boa noite e subi para escovar meus dentes, voltei para o quarto e parei no meio do cômodo olhando as coisas de Bella à volta. Eu evitava pensar nela, pois me sentia mal achando que estava enganando-a. Mais uma vez eu me questionei se não devia contar a ela sobre sua história, conhecendo Bella como eu conhecia, ela com certeza teria interesse de vir para cá, mas de súbito comecei a imaginar que se isto acontecesse talvez não desse certo. Eu esperara tempo demais, tudo já estava modificado e a culpa nisto era minha.
Surreal era a palavra.
– Twilight sem Isabella Swan, que coisa bizarra – falei com desânimo.
Comecei a me aprontar para dormir e ao estar finalmente deitada concluí com irritação que o sono passara. Isto em geral acontecia quando eu estava ansiosa e tinha muitas coisas em que pensar. Deveras! Só na última semana sofri ameaças de morte, acidentes de carro, agressões verbais e fui alvo recorrente de fofocas, qualquer um ficaria no mínimo profundamente aborrecido. Vendo por este ponto, até que eu levava as coisas com tranqüilidade.
A insônia não era minha amiga, depois de poucos minutos fitando o teto as lembranças que eu procurava evitar começaram a surgir: olhos dourados, cabelo rebelde, rosto perfeito... Droga! Era como lutar em uma guerra o esforço que eu tinha de fazer para ficar alheia a ele. Stephenie Meyer não podia ter me dado sequer uma chance?

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