Algodão-doce e ressentimentos.

1.3K 112 0
                                    

Demorou cerca de vinte minutos para chegar à casa dos Park. Minha agonia logo sumiu quando vi um Jimin me procurando com o olhar.

— Demorou muito. — Ele disse ao se aproximar. O dei um selinho rápido, o pegando de surpresa e recebi um tapa. Jimin sentou-se atrás de mim e me abraçou. Sorri sem querer e acelerei para longe dali.

[...]

As luzes de Seoul começavam a aparecer, e a cidade era linda pela noite. Olhei de soslaio para Jimin algumas vezes e vi seus olhos brilharem ao se aninhar em minhas costas. Planejava o levar para um parque de diversões, bem clichê. Mas eu gostava de algodão doce, e queria comer um agora. Estacionei a moto e Jimin desceu primeiro.

— Nunca vim aqui antes. — Entrelacei seus dedos nos meus e o puxei para dentro do parque.

— Quer comer alguma coisa?

— Algodão-doce! — Ele correu até a barraca que os vendia, como se fosse uma criança. Sorri sem mostrar os dentes ao me aproximar e pedi um para mim e outro para ele.

— O algodão-doce é da cor do seu cabelo. — Eu disse e ele riu baixinho. Vê-lo rir começou a me acalmar de uns dias para cá.

— Podemos ir na roda-gigante? — Assenti. Andamos até lá e comprei dois ingressos. Jimin entrou primeiro na cabine, e eu o segui. Sentei-me de frente para ele.

Após um silêncio, eu limpei a garganta e terminei de comer meu algodão-doce.

— Como é na casa dos Park?

— Eles são legais. — Disse. — Tive que sair escondido. — Ele riu. — Hoseok tinha medo de que alguém fosse me matar se eu saísse agora.

— Que tosco. — Murmurei.

— Como está a casa?

— Bem quieta depois que você foi embora. — Falei. — Bem melhor, para falar a verdade.

maid Where stories live. Discover now