A Macieira

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Pov Regina

Desperto com o barulho irritante que parece estar vindo da casa ao lado. Ainda meio sonolenta, levo alguns segundos para reconhecer aquele ruído, chegando a conclusão que só pode ser de uma motosserra.

"Quem diabos está usando uma motosserra a essa hora do dia?" Penso, irritada enquanto afasto o lençol e desço da cama. De mau humor por ter tido meu sono interrompido, principalmente depois de uma noite de festa, pego o robe cinza e visto-o, cobrindo minha camisola negra. Vou até a janela para ver o que realmente está acontecendo.

Quando afasto a cortina e sou atingida pela luz do dia, que me deixa momentaneamente cega, tapo meus olhos com uma das mãos e, finalmente, identifico a pessoa parada no meio do meu jardim, segurando uma motosserra e cortando uma das minhas amadas macieiras.

Saio do quarto praticamente correndo e desço os degraus da escada de dois em dois, andando para fora da casa, como se estivesse possuída pelo próprio demônio:

— Você está louca, Emma? O que pensa que está fazendo? — grito, fulminando-a com o olhar enquanto chego perto dela.

— Bom dia, madame Prefeita! — responde cheia de ironias — Penso que estou fazendo a manutenção na sua linda macieira! — esboça um sorriso cínico, decepando mais um dos galhos com a motosserra.

— Pare já com isso! — esbravejo, mandona, apontando o dedo em riste para ela, sentindo a veia em meu pescoço latejar.

— Ou o quê, senhora Prefeita? Vai mandar me prender? — pergunta, arqueando a sobrancelha de forma arrogante, desligando o equipamento e jogando-o no chão.

Não entendo essa atitude agressiva dela, principalmente depois dos momentos que compartilhamos durante e depois do baile. Então, confusa resolvo questioná-la, ignorando sua provocação: — O que diabos aconteceu com você?

Ao invés de me responder, ela me olha com uma raiva mal disfarçada que não compreendo e, sem que eu espere, elimina o resto de espaço que havia entre nós e me ergue nos braços, carregando-me em direção à mansão.

Ignora completamente meus protestos para que me coloque no chão e sobe as escadas com agilidade, abrindo a porta do nosso quarto com um chute.

Ela me joga na mesma cama que dividiu comigo por tantos anos, enquanto permaneço atônita e agora meio desinteressada em perguntar-lhe qualquer coisa. A expressão severa em seu rosto logo me provoca um arrepio de desejo. Confesso que esse jeito bruto dela sempre teve esse efeito sobre mim.

Emma se livra de suas próprias roupas e das minhas também, rasgando algumas peças pelo caminho, antes de se deitar sobre mim, esmagando meus lábios com os seus.

Sua língua lambe a minha e desço as mãos pelas suas costas, ardendo de desejo e sentindo os bicos duros dos nossos seios se tocando.

Nossas pernas se enroscam e sua boca desce para capturar um dos meus mamilos, sugando-o com força, ao mesmo tempo em que seus dedos traçam a curva do outro seio. Uma de suas mãos vai em direção a minha entreperna e seus dedos roçam na umidade que se forma ali.

Agarro-a pelos cabelos quando ela começa a brincar com meu clitóris inchado, roçando sua intimidade molhada na minha coxa direita, impregnando-me a pele com seu cheiro e marcando seu território.

— Só quem pode te comer nesta cama sou eu... — verbaliza inesperadamente, segurando meus pulsos e me encarando profundamente, tocando meus lábios com os seus.

Antes que eu possa dizer algo, volta a me beijar, separando minhas pernas com as suas de forma abrupta, grudando nossas bocetas e se movimentando em cima de mim.

Cenas de Um Casamento [SwanQueen]Where stories live. Discover now