4-Mudança

203 24 2
                                    



Os anos foram se passando. A ocasião tão esperada de certa forma se aproximando.

Finalmente,os 18 anos de Ana.
O dia amanheceu nublado. Nuvens carregadas e escuras pairavam no céu. Hoje seria o dia prometido por Silva,hoje ele levaria a menina.
Naquele dia,ela estava completando 15 anos,e exatamente naquele dia aquele homem apareceu.

Se levantando da cama,Ana percebe uma carta na mesa do quarto.
"Feliz aniversário" estava escrito no cartão. A jovem sorri,e então,se apronta para sair.
Seus pais estavam na cozinha, preparando o café. A casa estava com um clima triste. Dava pra perceber a preocupação de seus pais. A mãe percebendo a presença de sua filha, caminha até ela e lhe dá um beijo na testa. Seu pai também resolve demostrar carinho e tranquilidade lhe dando um abraço apertado. Um momento muito especial para Ana.

Ela não come nada,diz está sem fome. Avisa aos pais que irá caminhar para pensar um pouco. Os dois consentem, já que não há o que fazer.

A garota então, parte para a floresta. Ela não sabia que horas Silva apareceria,mas sabia que ele viria hoje,sem falta.

A moça pois se a pensar pela primeira vez em seu suposto noivo. Por que alguém aceitaria se casar assim? Talvez fosse um velho na verdade,que não conseguiu ninguém durante a vida. Ele seria mesmo filho de Silva?... Tantas perguntas, nenhuma resposta.

Duas horas e meia se passam, a menina resolve voltar. Nuvens ainda mais carregadas a acompanhava de volta.
Perdida em seus pensamentos,ela não percebe alguém se aproximando.

_ Parece que irá chover..._ diz uma voz grave e masculina.

Ela se vira, assim encontrado Silva.
A garota paralisa olhando aquele rosto. Não era medo que sentia,era angústia.

_ a-ah..sim_ Gagueja a menina.

_ Quanto tempo, não é mesmo senhorita? Ele diz se curvando diante dela.

_  Sim...

Ele faz sinal para continuar andando. Os dois vão junto.

_ Eu a observei todos esses anos.

_ O que?! Eu nunca o notei.

_ HAHAHA ... Mas é claro que não,eu sou um profissão, você não notaria.
Todos os anos eu retornava aqui.

_ Oh, isso me deixou surpresa de certa forma... talvez não tanto,eu sou bem distraída.

_ Isto eu notei_ Ele dá um sorriso simpático.
...

Os dois caminharam até a casa de Ana. Ao chegar,sua bolsa estava pronta com algumas roupas. Consideravelmente pouco para quem está indo embora de casa.

Ela se despede dos pais e promete que irá visitá-los.

_ Vá com cuidado, filha.. e volte para visitar.

_ Eu irei,papai.

E então sem mais perda de tempo,eles partem. Ela não sabia o quão longe era, não fazia ideia de o quanto andaria.
Silva dava passos longos e rápidos. Ele não era tão piedoso assim,pensou ela.

Após duas horas de caminhada,o céu finalmente desaba. Uma chuva forte cai sobre eles. O homem que já sabia que iria chover,tirou da bolsa duas capas de chuva. Vestiu uma e colocou a outra na garota.
Continuou andando,mas a chuva estava muito forte,ele sabia que se continuasse assim,a jovem acabaria doente.
Ele para em uma velha cabana para ela descansar um pouco e esperar a chuva passar.
Silva faz uma fogueira,e ela se senta perto.
Aquela mulher que logo se tornaria sua nora,estava preste a ter uma hipotermia. Ela parecia está morrendo.

_ Você deveria comer e dormir um pouco,ao menos até a chuva passar_ diz ele.

_ Ah,claro...
Ela come sopa enlatada. 3 para ser mais específica. E então dorme no canto.

Silva ri internamento, percebendo que sua jovem nora, não era do tipo que nega comida.
1 hora depois a chuva passa,a garota já está de pé com novas energias. Eles partem em caminhada. Bastante tempo se passa,a noite começa a cair...

_Senhor Silva, estamos chegando?

_ Sim, estamos quase lá.

Meia hora se passa,e eles chagam a montanha kukuro.

Aquele imenso portão se abre. Uma floresta negra os engole. Escuridão,era tudo o que ela via. Tudo parecia triste,tudo sem vida.
Ela finalmente viu a casa. Era enorme e horrível. Seria alí que ela teria que morar?

Ao adentrar o casarão,o homem grita.

_ KIKYO!!
Ele parecia empolgado.

Uma mulher estranha com uma coisa na cabeça aparece da escuridão da casa.

_ Oh querido, você voltou!! Onde está ela?eu quero vê-la !!!

O homem sai da frente da menina. Ela estava lá,sem saber o que fazer. Estava com frio e sono, seu cabelo molhado estava caindo sobre os olhos, dedos frios e pálidos,suas bochechas vermelhas e os olhos brilhantes. Era realmente como kikyo esperava.

_ Ela é linda, minha nora é linda!
Ela corre em direção a menina. Começa então a examinar de perto.

_ Você deve estar tão cansada. Venha,vou te dar um banho.

_me dar..um banho?

A mulher sai puxando Ana pra dentro da casa.
Ela entra em um quarto. Era escuro e abafado. Tinha uma imensa janela,a cortina era vermelho sangue.

_ Ahh,que cabeça a minha, qual seu nome?

_ Ana.

_ Ana?que adorável! O meu é kikyo.

_Senhora, posso fazer uma pergunta?

_ Claro!

_ Por que o quarto é tão mal iluminado?

_ Gostamos assim.

_ ah..claro. É lindo.

_Você gostou?

_ Amei!!

Na verdade ela tinha odiado,era como se não estivesse luz ali,parecia abandonado.

_ Que bom que temos o mesmo gosto, você realmente é perfeita para meu filho!!!!

A menina ri sem graça.

_Vamos, entra no banheiro.
Ana faz assim como a mulher manda.

_Tire suas roupas e entre na banheira.

A garota muito envergonhada com a situação, cora. Ela nunca havia ficado sem roupa na frente de alguém. Teria que ser logo a futura sogra?

𝘼𝙢𝙤𝙧 𝙚𝙣𝙩𝙧𝙚 𝙖𝙜𝙪𝙡𝙝𝙖𝙨 Where stories live. Discover now