cap.7

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E S T E L A

Eu estava desacreditada, porque eu havia deixado isso acontecer? Por que eu me entreguei ao desejo de ter-lo e esqueci de meus motivos para odiar-lo? E o pior, por que eu fiz isso sem camisinha?

    - Seu filho da puta! - dei um forte tapa em sua cabeça vestindo minhas roupas, Kain me olhou confuso. - Você tem problema?! Você gozou dentro de mim! - disse nervosa, me contendo para não agredir ele.

    - Me desculpe, mamãe. - zombou.

    - Porquê você não vai se foder? - entrego a ele suas roupas.

    - Eu acabei de foder você. - revirei os olhos terminando de me vestir.

    - Quero você fora de minha casa. Agora! - eu não podia acreditar que aquilo realmente havia acontecido.

    - Você sabe que eu volto. - ele sorriu de canto, revelando uma covinha.

    - Não, você não vai voltar.

    - Devo relembrar das coisas que conversamos a minutos atrás? Você concordou que seria minha, e você é minha mesmo se não concordassem. - eu me odeio.

    - Isso foram só palavras de sexo. - tentei reverter a situação - São palavras que são válidas apenas no momento. - cruzei os braços encarando ele vestir sua calça com a maior calma do mundo.

    - Não, para mim não são. - ele vestiu a camisa preta e sorriu para mim. Confesso, uma pequena — grande — parte de mim não queria que a camisa cobrisse aquele lindo peitoral, nem sua calça. - Você é minha, desde do momento em que me olhava com aqueles olhinhos assustados, como quem implorava para que eu não a matasse. - Ele sorriu se aproximando de mim, senti seus dedos afastando uma pequena mecha de meu cabelo. - Você não pode negar que sente sua bocetinha encharcada toda vez que me vê.

    - Você é um psicopata filho da puta! - dei um passo para trás sentindo sua presença ficar mais próxima.

    - Você tem sorte que eu tenho coisas para fazer está noite, se não fosse por isso, eu daria a você uma boa lição pra você aprender limpar essa boca. - ele colocou as mãos dentro do bolso da calça, sem quebrar o contato visual.

Encarei a camisa preta colada em seu peitoral com aquele tecido que parecia ser feito apenas com elástico e dando a ele a seus músculos um ênfase maior ainda, destacando cada centímetro de seu corpo.

    - O que tanto olha? - ele questiona percebendo meu olhar que queimava sobre ele.

    - Nada. - respondi quase no mesmo segundo em que ele me perguntou desviando o olhar para seu rosto novamente.

   - Não me provoque, pêssego. - ele estava em minha frente novamente, seus dedos quentes tocaram meu braço esquerdo, seus dedos subiram pela superfície da minha pele se esquentando por onde seis dedos passaram. - Seus olhinhos me encarando assim me deixam com mais tesão ainda. - seus dedos pararam sobre meu ombro, mordi meu lábio contendo um pequeno suspiro.

    - Vá embora. - pedi novamente controlando meu interior que queimava de desejo.

Ele se inclinou, e por um segundo pensei que ele me beijaria, mas seus lábios desviaram os meus indo até minha orelha, sussurrando baixinho.

Compreenda-me - ( LIVRO ÚNICO) -Onde histórias criam vida. Descubra agora