Epílogo

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No último mês da gestação era recomendável que o ômega passasse por essa etapa da gravidez em sua forma de lobo. O parto dos lupus acontecia assim, já que os filhotes nasciam em sua forma lupina. O processo todo era natural, apenas o ômega e o alfa passava pelo parto sozinhos sem auxílio médico, já que os lupus nem mesmo permitem a aproximação de qualquer outro ser humano tamanho era o seu instinto de proteção com o ômega e principalmente com o filhote.

No oitavo mês da gestação de Harry eles passaram assim, isolados dos seus amigos e familiares, apenas os dois e o bebê. Louis estudou muito sobre como tudo acontecia, com medo de que alguma coisa pudesse acontecer com o seu ômega e seu filhote.

Harry ficou por todo o último mês em forma de lobo, e seus instintos estavam mais vivos do que nunca. No final do mês de julho o ômega lupus sentiu os primeiros sinais de que o filhote queria nascer. Louis, também em sua versão lupina, não deixou de se preocupar por nenhum momento. Mesmo que ele sabia que era assim que as coisas tinham que acontecer, ele estava sozinho com o ômega. Mas também sabia que se outro alguém aparecesse ali, Louis mataria essa pessoa. Ele estava territorialista ao extremo.

Ele fez um ninho para o seu ômega com todo o cuidado, o lugar onde seu filhote iria nascer. E foi ali onde Harry sentiu muita dor. Para a felicidade de ambos, o trabalho de parto não durou por muito tempo. Quando Violet nasceu, Louis pegou a pequena lobinha com sua boca e a colocou ao lado do ômega lupus. Apesar de estar com o seu lado irracional o dominando e sua mente nublada, o alfa lupus tinha a certeza de que ele era o momento em que mais se sentiu feliz, vivo, em toda a sua vida. O momento em que sentiu o cheirinho do seu filhote.

Com o nascimento de Violet Tomlinson, os dois puderam finalmente voltarem ao seu estado natural. Quando Violet se transformou para sua versão humana pela primeira vez, Harry e Louis trocaram um olhar emocionado ao analisarem o rostinho do bebê. Seus olhos eram azuis, idênticos ao de Louis.

3 anos depois

Foi exatamente como ele previu. Ser pai exigia muito tempo e esforço. Mas obviamente tudo valia a pena. Esse era só mais um dia normal na vida de Louis, pai de uma alfa de três anos de idade com a personalidade semelhante a sua e extremamente apegada ao pai.

Harry já havia ido para a faculdade e deixado Violet como uma responsabilidade de Louis, que só saía mais tarde. Essa era a rotina deles. O ômega estava no final do último semestre da faculdade e já fazia estágio há muito tempo, e por conta de toda essa rotina agitada, a pequena alfa tinha que ficar com Louis durante toda a manhã e boa parte da tarde. Ainda estava nova para entrar na escolinha, mas logo logo ela vai entrar, afinal ela precisa de estar em contato com outras crianças.

- Papai. - uma voz manhosa ecoou pelo quarto. Louis resmungou baixo, ainda semiconsciente.

- Entre, filhote. - falou alto, se virando. Violet entrou no quarto dos pais, abraçada com um urso de pelúcia. - O que foi, meu amor?

- Eu quero comer panquecas com chocolate quente, papai. - ela disse manhosa ao subir na cama com certa dificuldade.

- Mas já está com fome, Violet? - Louis franziu o cenho. Ainda era cedo. Ela assentiu freneticamente. - Tudo bem. - O alfa se levantou, pegando sua filha em seu colo.

Violet tinha cabelos castanhos com cachinhos, iguais aos de Harry. Mas a semelhança com o ômega acabava por aí. Os olhos, a boca e o nariz eram iguais aos de Louis. Era a cara do pai.

No momento ela vestia um pijama quentinho azul. Louis a colocou com cuidado em cima da bancada de mármore e deixou a banheira ser enchida de água. Enquanto isso, o alfa tirava as roupas da pequena, que contava com animação como foi o dia anterior em que ela ficou com o tio Niall e brincou um monte com a Grace, filha de Vincenzo e Niall, sua única e melhor amiguinha.

Double Life [L.S] ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora