Fifteen.

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Dois meses tinham se passado, eu estava assustada, nesses dois meses, não conseguia fazer quase nada porque sempre estava no banheiro vomitando e duvidei que estivesse com uma virose.

Isso, até Yuri, um amigo japonês, dizer que os sintomas que sentia, não eram de virose e sim, outra coisa.

Não acreditei que pudesse ser isso, ser um bebê, então comprei quatro testes apenas para ter total certeza e confirmar minha convicção de que Yuri estava errado e era sim, uma virose. Estava, agora, esperando o tempo passar para ver o resultado dos quatro testes que estavam sob a pia do banheiro do meu quarto. O celular despertou, e levantei do chão em um pulo rápido, olhando todos de cima.

Meu mundo caiu.

Todos deram positivo, todos com duas linhas vermelhas, deixando bem claro que eu estava grávida. Olhei para o quarto, que deveria dizer de quanto tempo e constatava pelo menos três meses. Eu sentia o chão sumir abaixo dos meus pés, e por instantes, não senti meu coração bater. Pareceu que tudo ao redor desapareceu, sobrando somente eu e minha mente turbulenta que pensava em quem poderia ser o pai daquela criança, ou melhor, qual dos sete.

Caí de joelhos, uma enxurrada de emoções tomando conta do meu corpo e desabrochando em lágrimas silenciosas que escorriam por meu rosto, pingando no chão, deixando claro minha instabilidade a partir do momento em que percebi que tinha um pequeno ser dentro de mim.

Em um ruído lamurioso, entreguei-me ao choro, sentindo a garganta doer pelos gritos pavorosos que saíam do fundo da alma assustada. Com o teste em mãos, pensei que não teria alternativa.

Eu não estava pronta para ser mãe, eu sequer tinha pensando em algum dia da minha vida em ter um bebê, e mesmo que tivesse, pensei ser estabilizada o suficiente para tal, mas já sabemos que não sou. O que será dessa criança? O que será de mim? De nós? Eu não quero perder os meninos, eles são o meu bem mais precioso.

Abracei meus joelhos, molhando-os com as gotas salgadas que ainda escorriam.

Eenie Meenie, Sean Kingston, Justin Bieber, ecoou pelo cômodo e olhei a tela que aparecia bem grande "Geladeira duas portas". Meu coração parou novamente, meu corpo todo ficou tenso enquanto eu tentava a todo custo parar de chorar e pelo menos parecer aceitável na chamada de vídeo.

Noona! — a cara reluzente de Hoseok apareceu na tela e logo foi empurrado pelo Nam, que parecia preocupado assim me olhou.

Noona, aconteceu alguma coisa? — conseguia sentir sua aflição ao ver meu estado — Por que você tá chorando?

Em questão de segundos, todos os sete estavam tentando ver o que acontecia, já era visível pois o Namjoon estava quase deixando o celular cair de tanta gente tentando entrar no alcance do celular.

— Calma, gente, era só um filme que eu estava vendo...

Era fácil saber que isso era uma mentira.

O silêncio reinou no outro lado, dos que agora estavam organizados devidamente depois do olhar penetrante do Nam sobre eles.

Noona, por que você tá chorando? — Namjoon repetiu a pergunta, agora sua feição estava mais séria, porém, ainda dava pra ver que ainda estava angustiado — Estou preocupado, Noona...

— Estou bem, gente, é sério. — tentei amenizar, enquanto todos começaram a falar juntos me deixando confusa — Mano.

Suspirei, sentia falta desse caos quando eles estavam comigo. Mas foi bem melhor assim, imagina descobrir tudo isso enquanto eles estavam aqui ou até mesmo estando junto deles? Seria o meu fim.

A Nᴏᴏɴᴀ ᴛᴀ ɢʀᴀᴠɪᴅᴀ?! | × BTS Where stories live. Discover now