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Marianna

Se uma palavra fosse me definir agora seria: Travada.

Eu estou travada.

Seguro a Maria Luiza em meus braços olhando fixo nos olhos do Medeiro.

Medeiro: Eu vou repetir. - Falou me olhando. - Essa cria é ou não é minha filha? - Suicídio é o melhor a se fazer né?

Abri a boca diversas vezes, não precisava de palavras...
Minha atitude já demonstrou que ele é o pai.

Eu estou com medo, o olhar dele intercalava entre mim e a Maria Luiza.

Medeiro: Eu e você vamos voltar pro morro agora. - Ele ligou o carro e começou a dirigir um pouco rápido.

Marianna: O que está fazendo? - Foi a única coisa que eu falei.

Chegamos no morro, especificamente a uma casa grande com detalhes bonitos, estamos no morro mesmo?

A casa dele tinha vários homens armados ao redor fazendo uma escolta eu acho.

Abriram o portão e ele entrou.

Sai do carro e esperei ele entrar na casa, apesar de estar vendo a minha vida indo embora.

Acho que eu vou morrer.

Medeiro: Coloca ela lá no quarto, o primeiro do lado esquerdo. - Falou se sentando no sofá e enrolando alguma coisa. - E depois volta aqui! - Ele falou firme e sério, Deus me ajuda por favor.

Tirei o resto da roupa que a Maria ainda estava vestida e tomei a liberdade de ligar o ar condicionado, ele tem dinheiro da pra pagar a conta de energia.

Desci, com medo.

Um puta medo na verdade.

Medeiro: Senta! - Eu vou obedecer por que ainda tenho uma filha pra criar né.

Marianna: Olha, eu não.- Fui interrompida por ele.

Medeiro: Tu tem noção que tu escondeu uma cria minha por 1 ano! - Falou ficando de frente pra mim. - Tu tá no erro dona, e comigo não tem dessa. - eu nem me despedi da minha filha.

Marianna: Eu- eu não sabia o seu nome nem onde morava, como eu iria saber? - Falei me irritando, eu tava no meu canto. Culpa da Letícia.

Medeiro: NAO SEI PORRA, DAVA UM JEITO. - Que homem estressado, está precisando de chás, de ervas é claro.

Marianna: Olha, não sei você mas eu não gosto que gritem comigo. - Falei me levantando e ficando cara a cara com ele.

Medeiro: Tá me desafiando? - Falou segurando meu pulso.

Marianna: Pense como quiser. - Não era pra ser assim, transa tão bem, mas é um escroto. - E você não sabe se é o pai dela, tá surtando atoa.

Muito além • MORROWhere stories live. Discover now