Capítulo 2

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Na manhã seguinte Lena acordou sentindo um grande peso dos grossos cobertores em cima de seu corpo. Estava confortável, não havia dormido daquele jeito a muito tempo, e poderia passar o dia todo ali, mas quando o seu telefone tocou ela se lembrou que tinha coisas para fazer.

Era sua amiga, ela atendeu, pigarreou a garganta e ajeitando sua voz amanhecida.

- Finalmente! Eu estou tentando te ligar a horas.

- Oi, calma, não começa falando muitas coisas, eu acabei de acordar e não vou entender metade do que você vai dizer. - ela se sentou na cama, deixando seus cabelos negros cairem em frente o seu rosto, formando uma cortina de cabelo.

- Pelo jeito dormiu bem, será que foi com alguém?

- Samantha! - Lena arregalou os olhos ao ouvir aquilo.

- O que? Tem alguém? Será que finalmente a poderosa Lena Luthor deixou de ser tão chata e começou a se abrir para relacionamentos? Já até imagino a manchete nos jornais.

- Não tem ninguém, e esse não é o ponto. Estou aqui a trabalho, se lembra?

- Claro, claro. Com você tudo é trabalho Lena. Enfim, eu fiz uma pesquisa já que a sua secretária não é muito organizada e parece que realmente você está no lugar mais confortável daí e também parece que é uma das cidades mais natalinas do país, o que é engraçado porque você odeia o natal.

- Que maravilha. - sua voz saiu em um tom irônico.

- Sei lá talvez seja bom para você, novas experiências, e eu acredito que você pode até ter o seu milagre de natal e achar alguém bem bonito ai.

- Tá, se a gente for entrar nesse assunto agora eu tenho que ir ver a minha herança, colocá-la à venda, tomar vinho quente e cair no sono para no outro dia estar de volta ao meu apartamento e ao meu trabalho.

- Está bem, eu tenho que ir. Tenta se divertir um pouco aí. Beijos, te amo.

- Também te amo Sam. Feliz natal para vocês.

- Para você também. Tchau.

Ela desligou, e lena se encontrava novamente a observar o quarto, não podia negar que era algo realmente confortável e aconchegante.

A pousada estava quieta, completamente silenciosa, apenas o barulho da bota de Lena andando pelo carpete do corredor era ouvido, ela era guiada até o andar de baixo pelo delicioso cheiro de bacon, café e calda que vinha de uma salinha cheia de mesas de madeira mas às quais estavam vazias e só uma tinha uma família feliz que tomava o café reunidos. Naquele momento Lena pensou que nunca teve a oportunidade de ter aquilo, um café com sua família junta.

- senhorita Luthor! Bom dia, veio se juntar a nós para o café?

- Hum? Não! - ela riu, se sentindo meio culpada e tendo que se explicar. - eu preciso correr para a casa.

- Não vai comer nada?

- Não, eu estou bem, obrigada. com licença, eu tenho que ir agora, até mais.

- Até.

Eliza achou aquilo e apenas acenou enquanto Lena ia embora da pousada. do lado de fora a morena foi obrigada a se encolher em seu casaco, por conta do frio, o chão se encontrava cheio de neve, mas o caminho estava limpo o que facilitou o acesso de Luthor até a estrada.

Ela iria a pé, pois apostava que nenhum táxi a encontraria ali naquele horário. Não podia negar que a vista era mais bonita do que a de Nova Iorque e o silêncio mais alto, nenhum carro passando e buzinando, nenhum trânsito, nada além de uma rua deserta, com montes de neve no canto e algumas pessoas que passando usando roupas pesadas e sorrindo o que era estranho, pois quem tinha a capacidade de sorrir o tempo todo e com um frio daquele.

seguindo o endereço, logo Lena chegou na frente de uma casa grande, com detalhes de madeira, havia enfeites na varanda, enfeites de natal, algumas luzes de natal enfeitavam a entrada.

Lena encarava aquilo pensando em quem havia se dado ao trabalho de enfeitar uma casa abandonada. Quando uma camionete chevrolet dos anos 80 azul, com manchas nas laterais, estacionou, a fazendo se virar e encarar a loira que descia com dois cafés na mão.

- Oi! - Ela disse com um largo sorriso enquanto se aproximava.

- Oi.

- Desculpa o atraso, eu tive que ir ver umas coisas na cidade, pensei que ia demorar mais para acordar, mas eu vim o mais rápido que pude.

- Atraso?

- Sim, eu vim te mostrar a casa.

- Me mostrar a casa?

- Você vai repetir tudo que eu falo? - ela riu, entregando um dos copos de café para a morena. - minha mãe ligou e disse que você não tomou café e saiu às pressas.

- Obrigada. - ela agradeceu, abrindo o café e dando um pequeno gole, pronta para reclamar e segurar o café até que encontrassem uma lixeira e o jogasse fora, mas se surpreendeu em sentir o gosto amargo do seu café sem açúcar, do jeito que gostava.

- Está ruim?

- Não, é que eu gosto desse jeito. - ela sorriu de canto.

- Que bom, já achei que você ia cuspir tudo. - Kara riu, enquanto passava na frente e ia com uma chave na mão até a porta, abrindo-a e entrando na casa.

Lena apenas sorriu para o café e seguiu até chegar dentro da casa de sua falecida tia.

- Meu Deus... - Lena suspirou. 


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