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⊹ william ᵎᵎ dois mil e dezoito
── louis é um bom nome, considerando que nós dois temos quase certeza de que é um menino. ── falei sem olhar para catherine porque toda a minha atenção estava na barriga dela. ── eu gosto de como soa quando falamos o nome das crianças e em seguida falamos o nome dele.
── concordo... ── ela respondeu em um suspiro. ── posso saber o por que você ainda está com a cabeça colada na minha barriga?
── quero sentir o bebê.
── ah, ── ela riu. ── eu acho que ele tá dormindo.
── não, não tá não! em breve ele vai começar a te chutar loucamente.
── eu espero, do fundo do meu coração, que você esteja totalmente errado. da última vez que esse bebê me chutou loucamente, foi as três e meia da manhã. eu não consegui dormir e meu humor na manhã seguinte estava péssimo.
── ei bebê, sou eu, o seu pai. ── coloquei minhas duas mãos ao lado da minha boca, na esperança de fazer com que a minha voz chegue mais clara no útero da kate. ── por favor, se você estiver me escutando... e eu sei que você está, não deixe a mamãe acordada a madrugada inteira. você ainda não está aqui para saber que a mamãe consegue ser bem brava quando quer. ── mal terminei de falar quando um tapa acertou o meu ombro. ── que isso, catherine?
── por que você tá queimando o meu filme para o nosso filho?
── eu não tô queimando o seu filme, eu só quero deixá-lo avisado desde já.
── você fala como se eu vivesse em constante mau humor.
── não, eu não acho que você vive em constante mau humor. ── me expliquei prontamente. ── muito pelo contrário, amor. eu acho você sempre muito fofa em comparação a tudo o que você sente quando tá com um filho nosso no forninho. ── eu vi como ela deu um sorrisinho fofo assim que eu terminei de falar.
── eu não preciso de muito, eu só preciso de uma boa noite de sono pra que tudo ocorra bem no meu dia.
── eu sei, amor. aliás, nós sabemos. ── apontei para a barriga dela e ela sorriu. tudo estava tão silencioso porque george e charlotte já estavam no décimo sono, e logo kate e eu iríamos seguir o exemplo deles.
── me de a sua mão. ── kate pediu, se sentando confortavelmente na cama. eu não pedi explicações, apenas obedeci e a senti colocando a minha mão em uma parte específica da barriga. ── o bebê gosta de sentir a mão quente do pai dele, então se você tiver sorte, em breve ele vai te dizer oi.
olhei ansiosamente para a barriga e fiquei na expectativa de sentir o chute do meu bebê. essa é uma das minhas partes favoritas da gravidez, que só perde para quando vamos ao médico e aquele som bonito do coração batendo rápido soa como música para os nossos ouvidos.
── é, eu realmente acho que ele está dormind...
── espera! ── kate me interrompeu e colocou a sua mão sobre a minha.
acho que ela realmente tinha razão quando disse que o bebê gosta de sentir a minha mão quente porque um sorriso brotou nos nossos lábios assim que o bebê nos deu o seu oi.
── oi, louis! ── me animei, aproximando meu rosto ainda mais da barriga. ── se você gostou desse nome, vai chutar novamente a mão do papai.
kate riu, me fazendo olhar para ela. ── will, isso é sério?
antes que eu respondesse o óbvio, o bebê chutou novamente a minha mão, fazendo um sorriso orgulhoso surgir nos meus lábios. ── RÁ! ele me respondeu. e você viu que ele me deu uma resposta positiva.
── acho que ele bateu o martelo em relação ao nome. ── kate ajeitou a postura quando eu me inclinei para ficar ao lado dela.
── olha só, ele tem seis meses e já decidiu qual vai ser o nome dele. ── eu sorri, sentindo a minha esposa segurar o meu rosto com as suas duas mãos e iniciar logo em seguida um beijo suave e lento; um beijo que diz que a gente tem todo tempo do mundo.
── eu te amo, william. eu te amo de verdade. ── ela susurrou, com a testa colada na minha. ── obrigada por ter me dado todos eles.
── ei, ei, ei. ── sequei uma lágrima dela antes mesmo que pudesse molhar o rosto. odeio essa parte dos hormônios que a faz ficar sensível por coisas inexistentes e existentes. ── você tem noção de que tem uma pessoinha se formando dentro de você? eu literalmente tenho a parte fácil disso tudo. é do nosso filho que estamos falando, desse garotinho bem aqui. ── acariciei a barriga dela, vendo que mais lágrimas se formavam em seus olhos. ── eu nem o conheci ainda e já tenho mais amor por ele do que provavelmente é humanamente possível, isso faz sentido?
── claro que faz, ── kate riu baixinho. ── você sabe muito bem disso porque nós já passamos por isso outras vezes. é incrível como você pode amar tanto alguém antes mesmo de conhecê-lo.
eu realmente não queria que ela se aprofundasse nesse assunto e acabasse chorando de tristeza, então eu beijei a sua testa e a envolvi em um abraço, na esperança de fazê-la esquecer o rumo que essa conversa estava tomando.
── eu acho que agora ele foi dormir. ── ela riu, me enviando uma onda de alívio. ── deveríamos fazer o mesmo que ele.
── você tem razão. ── kate quebrou o nosso abraço e me deu um selinho demorado. ── boa noite, will.
── boa noite, amor. ── virei para o meu lado, apagando o meu abajur e esperando que ela viesse para a nossa posição habitual, onde eu ultimamente tenho ficado com o papel da conchinha menor.
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