"então por que não continuamos apenas fingindo,
como se não temêssemos o que está por vir
ou temêssemos que possa não ter restado nada?"
— adele– Acho que você realmente gostou de mim, hm? – Maya riu ao ver Carina entrar pela porta principal do bar.
– Fazer o quê? Eu tenho um fraco por loiras – roubou um selinho da loira assim que a mais nova se aproximou do balcão, ao seu encontro. – Hoje tá cheio.
– É, normalmente aparece mais gente nas noites que temos alguma banda convidada ou coisa assim. Hoje é um DJ amigo do meu irmão.
– Dia ruim pra eu te tirar do trabalho, então? – fez uma careta um pouco triste em pensar que talvez não pudesse repetir as duas noites anteriores quando se apoiou no balcão.
– Um pouquinho – franziu o nariz tentando pensar em algo que pudesse fazer para escapar um pouco. – Mas espera aí.
Se afastando da mulher, Maya buscou uma latinha no refrigerador do lado de dentro, voltando em seguida. Fez um drink de gim tônica e entregou para Carina, que ainda esperava no mesmo lugar.
– Pronto. Um copo de gim, uma lata de tônica e limão. Agora vai dançar um pouco, hm? A noite vai ser o seu par hoje. E se ela ficar muito chata, é só me dar um toque que eu dou um jeito de escapar um pouco.
Carina agradeceu pela bebida, indo para a mesma mesa das últimas noites. Nenhuma das duas mentiu ao comentarem sobre o local estar mais cheio, mas não chegava a ser insuportável. Ainda sim, não era como se tivesse muito o que fazer por ali. A italiana ficou sentada, apenas observando e aproveitando o ambiente, torcendo para que Maya conseguisse alguns minutos. Contudo, o tempo passava e ela perdia as esperanças.
Estar em um bar sem companhia era um pouco entediante, Carina não podia negar. Então depois de quase uma hora, estava distraída conversando com Amelia e Jo por mensagens de texto. Contava sobre a viagem e o quanto ela não tinha aproveitado a cidade por ter conhecido Maya, mas que de forma alguma se arrependia por isso, enquanto a neurocirurgiã começava a ficar aflita pela amiga. Talvez não fosse a melhor hora para se apaixonar por alguém em outro país, ainda mais em uma viagem repentina.
Observando de longe, Maya notou que Carina começava a parecer cansada, então conseguiu convencer Mason a ocupar suas tarefas – assim poderia ficar um pouco com a italiana. Se sentou ao lado da mulher, a aconchegando em seu ombro assim que Carina notou sua presença.
– Muito entediada? – questionou próximo ao ouvido da morena, já que a música do bar estava relativamente alta.
– Um pouco – a resposta veio da mesma forma, acompanhada de uma risada fraca.
O barulho tomava os quatro cantos do lugar, mas nenhuma das duas se importava. Conversavam em sussurros na mesma mesa de sempre e, enquanto conversavam, Maya começou a fazer carinho em seu cabelo com a mão por trás do pescoço de Carina, que agora passeava os dedos sobre a calça da irlandesa.– Você não deveria estar ajudando? – perguntou levantando o olhar.
– Eles conseguem se virar sem mim por uma noite.
– Mais uma? Assim seus pais vão me odiar – respondeu rindo.
Num instante, levou a boca até a nuca da mulher, deixando um beijo em seu ponto de pulso antes de se levantar. Segurou a mão esquerda da musicista a puxando também. Se assim Maya disse, confiaria que não arranjariam problemas com a loira estando fora do trabalho.
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i love you in every universe - marina oneshots
RomanceO amor representado por Maya e Carina sempre foi grandioso, não há como negar. Com isso sendo dito, não existem contra-argumentos de que as duas se encontrariam em todos os universos possíveis. E se amariam em cada um deles. OneShots escritas por...