Galway Girl II

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"então por que não continuamos apenas fingindo,
como se não temêssemos o que está por vir
ou temêssemos que possa não ter restado nada?"
— adele

– Acho que você realmente gostou de mim, hm? – Maya riu ao ver Carina entrar pela porta principal do bar.

– Fazer o quê? Eu tenho um fraco por loiras – roubou um selinho da loira assim que a mais nova se aproximou do balcão, ao seu encontro. – Hoje tá cheio. 

– É, normalmente aparece mais gente nas noites que temos alguma banda convidada ou coisa assim. Hoje é um DJ amigo do meu irmão.

– Dia ruim pra eu te tirar do trabalho, então? – fez uma careta um pouco triste em pensar que talvez não pudesse repetir as duas noites anteriores quando se apoiou no balcão.

– Um pouquinho – franziu o nariz tentando pensar em algo que pudesse fazer para escapar um pouco. – Mas espera aí.

Se afastando da mulher, Maya buscou uma latinha no refrigerador do lado de dentro, voltando em seguida. Fez um drink de gim tônica e entregou para Carina, que ainda esperava no mesmo lugar.

– Pronto. Um copo de gim, uma lata de tônica e limão. Agora vai dançar um pouco, hm? A noite vai ser o seu par hoje. E se ela ficar muito chata, é só me dar um toque que eu dou um jeito de escapar um pouco.

Carina agradeceu pela bebida, indo para a mesma mesa das últimas noites. Nenhuma das duas mentiu ao comentarem sobre o local estar mais cheio, mas não chegava a ser insuportável. Ainda sim, não era como se tivesse muito o que fazer por ali. A italiana ficou sentada, apenas observando e aproveitando o ambiente, torcendo para que Maya conseguisse alguns minutos. Contudo, o tempo passava e ela perdia as esperanças.

Estar em um bar sem companhia era um pouco entediante, Carina não podia negar.  Então depois de quase uma hora, estava distraída conversando com Amelia e Jo por mensagens de texto. Contava sobre a viagem e o quanto ela não tinha aproveitado a cidade por ter conhecido Maya, mas que de forma alguma se arrependia por isso, enquanto a neurocirurgiã começava a ficar aflita pela amiga. Talvez não fosse a melhor hora para se apaixonar por alguém em outro país, ainda mais em uma viagem repentina.

Observando de longe, Maya notou que Carina começava a parecer cansada, então conseguiu convencer Mason a ocupar suas tarefas – assim poderia ficar um pouco com a italiana. Se sentou ao lado da mulher, a aconchegando em seu ombro assim que Carina notou sua presença.

– Muito entediada? – questionou próximo ao ouvido da morena, já que a música do bar estava relativamente alta.

– Um pouco – a resposta veio da mesma forma, acompanhada de uma risada fraca.

O barulho tomava os quatro cantos do lugar, mas nenhuma das duas se importava. Conversavam em sussurros na mesma mesa de sempre e, enquanto conversavam, Maya começou a fazer carinho em seu cabelo com a mão por trás do pescoço de Carina, que agora passeava os dedos sobre a calça da irlandesa.

– Você não deveria estar ajudando? – perguntou levantando o olhar.

– Eles conseguem se virar sem mim por uma noite.

– Mais uma? Assim seus pais vão me odiar – respondeu rindo.

Num instante, levou a boca até a nuca da mulher, deixando um beijo em seu ponto de pulso antes de se levantar. Segurou a mão esquerda da musicista a puxando também. Se assim Maya disse, confiaria que não arranjariam problemas com a loira estando fora do trabalho.

i love you in every universe - marina oneshotsWhere stories live. Discover now