⠀ ⠀ ⠀ ⠀⠀𝐃 𝐈 𝐍 𝐀 𝐒 𝐓 𝐈 𝐀
❝ ─ Ela era uma peça em um tabuleiro de um jogo perigoso, onde as pessoas mentem, manipulam e assassinam descaradamente. Ela não era a razão daquela guerra, mas poderia ser.❞
⠀ A jovem Alysanne era con...
Alysanne gostava de observar as pessoas ao seu redor, principalmente aquelas com uma melancolia falsa. Havia chegado em Derivamarca na manhã para o enterro de Lady Laena, sua prima distante e esposa de seu tio, Alysanne não a conheceu bem, mas lembrava de um breve episódio de sua vida no qual Laena retornou de uma viagem com o Príncipe Daemon, e lhe deram de presente um belo colar no qual gostava de usar em certas ocasiões que era permitido sua presença.
Ela andou pelo pátio do castelo onde ocorria uma reunião entre os familiares, apenas olhando todos sem soltar uma palavra, Alysanne por fim se aproximou de seu irmão que permanecia tão calado quanto ela mesma. Os gêmeos se encararam, ambas as crianças estavam em um enterro pela primeira vez, então não sabiam muito bem agir.
– Você acha que devemos dizer algo para Baela e Rhaena? Ou para Princesa Rhaenys? – Aerion perguntou um pouco ansioso.
– Eu não sei – Alysanne falou e olhou para um canto e viu as gêmeas filhas de Lady Laena e Principe Daemon sentadas em um banco e no outro lado estava a Princesa Rhaenys. – Vamos até lá.
Alysanne e Aerion andaram timidamente pelas pessoas e chegaram até as duas garotas. Alysanne tomou a iniciativa e começou a conversar com as primas até ficarem confortáveis, Aerion parecia mais aliviado, a última coisa que ele queria era incomodar alguém em um momento tão delicado. Os gêmeos então, tomaram mais uma dose de coragem, e foram falar com a Princesa Rhaenys, a senhora deu um sorriso calmo para as crianças, ela entendia que eles tinham as melhores das intenções.
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Existia poucas pessoas na quais Aemond era próximo, o príncipe não sabia se sua relação com Aerion era só pelo parentesco ou se eles realmente eram amigos, mas depois que o garoto se desculpou pelo incidente com o "Terror Rosado", ele decidiu se dar ao luxo de ter pelo menos um único amigo dentro daquela corte.
Os dois garotos espreitavam para fora do castelo dos Velaryon como dois criminosos no meio da noite, chegando à praia onde a maioria dos dragões estavam, Aerion e Aemond viram a grande e velha Vhagar, a última dragão da conquista, descansando na areia. Aerion olhou para Aemond, o herdeiro de Queda d'Água naquele momento se arrependeu de fazer as pazes com o príncipe, pois ele tinha certeza de que eles iriam meter em uma grande confusão.
– Não é melhor esperar amanhecer? – Aerion perguntou.
– Por quê? Está com medo? – Aemond perguntou como se desafiasse o primo.
– Sim! – Aerion respondeu, o garoto olhou para o dragão novamente, mas nada do que Aerion dissesse faria Aemond desistir e voltar para o castelo.
O Príncipe apenasignorou a resposta e correu pela areia até o dragão. Aerion ficou paradoobservando pensando no que poderia dar errado naquela altura. O loiro se sentouna areia captando cada detalhe daquele momento, o coração dele disparou quandoas imensas asas de Vhagar foram abertas. Aemond havia conseguido.
