08. Vingança

810 99 37
                                    

Kim entrou no cassino de forma silenciosa, imperceptível e sentou em um dos sofás que haviam perto das mesas de jogos e ficou apenas esperando.

O cassino estava fechado naquele horário e não havia, aparentemente, ninguém ali naquele horário da manhã. E sabia que, depois do que iria fazer, não teria ninguém ali por muito tempo.

Os capangas de seu primo não demoraram a chegar e junto a eles, Macau.

— Sabe, Macau, eu achei que você tivesse entendido o recado da primeira vez. — disse Kim, rodando o canivete entre seus dedos — Não deveria se meter em briga de gente grande. Gente com quem você não pode lidar. Eu não queria vingança antes, se você apenas tivesse entendido o recado.

— Está falando de você mesmo? Alguém já disse que seu ego é maior do que você mesmo?

— Eu estou apenas constatando um fato. Fique longe da minha família ou você vai começar uma briga que não pode vencer. — disse bem calmo, olhando sério para o primo.

— Me entregue onde Porsche está e paramos de ir atrás do garoto. Me parece bem simples.

Kim soltou um riso soprado e atirou o canivete como se fosse um dardo, acertando o olho de um dos capangas, que caiu no chão em seguida, morto.

— Os dois fazem parte da primeira família, onde você não deveria pôr a mão.

Ainda que Macau tivesse mandado todos aqueles homens ara cima de Kim, o homem parecia uma fúria da natureza, driblando a todos, com seus golpes certeiros, a princípio a ideia de Kim era sair de lá com as mãos limpas, não gostava de aumentar a pilha de corpos em seu currículo, mas não demorou a perceber que isso seria realmente impossível, que não acabaria sem que um dos lados não tivesse chance de vingança.

Tomou distância de apenas alguns segundos dos oito homens à sua frente e atirou fatalmente um a um, sobrando apenas o primo, ele e uma bala no carregador.

— Sabe que pelo acordo das nossas famílias eu não posso matar você, Macau. Mas isso não me impede de deixar um recado. — disse entre dentes e atirou na perna do primo, que caiu no chão, segurando-a, tentando conter o sangramento — Fica longe da minha família ou eu não serei tão piedoso da próxima vez. Eu vou pagar a dívida do Porsche e a partir desse momento isso está encerrado, você entendeu bem? — perguntou e viu o primo o olhar com puro ódio, mas isso não o assustava nem um pouco.

Segurou Macau pelos cabelos, fazendo-o lhe olhar nos olhos, vendo que estava com tanto ódio quanto.

— Responde! Você entendeu bem?

— Sim, eu entendi. — vociferou e teve os cabelos soltos, lhe fazendo cair deitado no chão desta vez.

E então Kim saiu daquele cassino, onde não pretendia entrar nunca mais, foi até seu carro e abriu o porta mala, tirando de lá uma maleta e jogando para dentro do lugar, não sabia o quanto Porsche devia, mas aquilo certamente seria o suficiente para pagar.

Após resolver o problema principal só faltava resolver mais uma coisa.

(...)

Depois de chegar em casa e tomar banho, foi para seu escritório, servindo um copo de whisky e acendendo um cigarro.

— Senhor Kim. — Big bateu na porta e entrou no escritório — Aqui está o número de telefone que pediu que eu conseguisse. — entregou o cartão nas mãos de Kim.

— Certo, já pode ir. — disse, abanando a mão para que Big saísse de sua frente.

Deu uma última tragada no cigarro antes de apagá-lo no cinzeiro e então pegar o celular, discando o número.

RevengeWhere stories live. Discover now