✓9. Fio vermelho

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Duòluò Tiānshǐ

Boa leitura.

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Flashback

As semanas que seguiram o despertar de Yibo foram insanas principalmente para o próprio. Desde sua aventura na tina, ele via e ouvia muitas coisas, ao ponto de acordar e estar de pé em lugares desconhecidos. Tudo isso apenas fez Xiao Zhan praticamente o sequestrar, o levando para dormir em seu próprio quarto, em sua cama, e Xiao Zhan no chão. Yibo tentou negar, mas não pode ao ser lembrado que quase morreu soterrado em uma cova no mesmo cemitério em que estiveram, menos de uma hora depois de Zhan o deixar em casa, e se Xingchen não tivesse tido uma estranha sensação ao pensar em Yibo, talvez Zhan não chegasse a tempo de resgatá-lo daquele buraco.

Depois desse incidente, Xingchen passou um bom tempo conversando com Yibo, lhe dando muitos livros para estudar, e fazendo inúmeras sessões de empatia, afim de mostrar a ele como controlar suas visões e como bloquear seu sonambulismo perigoso. E no meio de todo esse caos, Xiao Zhan fez mais exorcismos em uma semana do que já tinha feito em meio ano em sua vida, todos os dias pelo menos 3 pessoas apareciam possuídas, quase todas com as mesmas características físicas, deixando claro para Xiao Zhan quem é que finalmente queria dar as caras novamente.

Após o último exorcismo, Zhan chegou em casa e encontrou Yibo em transe, sentado em sua cama com os olhos dourados, balbuciando palavras que fizeram Zhan se assustar.

- Yibo... – ele disse baixinho. – Você está bem, consegue voltar?

- Navita deceptus putabat se transire, sed cum cognovisset, omnes nummos eius discessisse et vectorem amisisse. Aliquis Balthazar obtestatus, aliquis eum revocare cupiebat, et nunc tandem invenit aliquem qui ulcisci possit. (O barqueiro foi enganado, ele achou que o atravessaria, mas quando se deu conta, todas as suas moedas desapareceram, e ele havia perdido seu passageiro. Alguém conjurou Baltazar, alguém o queria de volta, e agora, ele finalmente achou alguém que possa leva-lo a sua vingança.)

- Yibo?

- Inferni canes veniunt, tam prope sunt ... Comperto ut unum locum reperire nequeunt ad nos pervenire. (Os cães do inferno estão chegando, eles estão tão perto... temos que ir, temos que encontrar o único lugar em que eles não podem nos alcançar.)  E sem mais nem menos, Yibo pegou na mão de Zhan e o rebocou porta a fora. Os dois entraram em seu carro e Yibo colocou as direções no GPS, ainda em transe, então pediu, olhando nos olhos de Zhan.

- Quaeso mihi, crede, ire debemus... hic casus non stamus! (Por favor, confie em mim, nós temos que ir... aqui não teremos chance!) – Zhan apenas concordou, e segurou a sua mão com carinho. Assim que ligou o motor, Yibo apenas desmaiou, e Zhan pisou no acelerador, não sabia o porquê, mas sabia que seguiria Yibo a qualquer lugar.

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Zhan dirigiu por quase 3 horas, e quando parou, apenas percebeu que estava em uma divisa. Segundo a mitologia, aquele lugar era onde o véu entre humano e espiritual teoricamente seria mais forte, o que significava que apenas o que era bom e mitológico poderia entrar. Aquilo era da cultura greco-romana, de muito antes do que a bíblia ou o cristianismo contava, deixando Zhan um pouco confuso e incomodado, como se algo faltasse naquele quebra cabeça. Enquanto ele observava e pensava o que deveria fazer em seguida, ele sentiu Yibo se aproximar dele, parando ombro-a-ombro, e respirando pesadamente.

- Temos que encontrar e transpor a barreira Zhan. Eu posso senti-los perto.

- Quem nos está seguindo Yibo.

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