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—Ta tudo bem com a tia Hina? —Yui perguntou conforme comia pipoca, havíamos acabado de fazer hidratação no rosto e agora estávamos assistindo o dorama all of us are dead

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—Ta tudo bem com a tia Hina? —Yui perguntou conforme comia pipoca, havíamos acabado de fazer hidratação no rosto e agora estávamos assistindo o dorama all of us are dead.

Assistindo não, ele só estava de fundo pois estávamos fofocando sobre as coisas que estavam acontecendo essa semana.

—Também notei que havia algo de errado com ela. Aconteceu algo? —Fuyuki perguntou.

—Ela ta cansada, é época de festas, a loja esta vendendo bastante. —Respondi.—Ela ta cansada, trabalho o tempo todo e tem poucas horas de descanso.

—Tadinha, a tia Hina é tão gentil, ela não merecia trabalhar tanto assim. —Yui falou negando com a cabeça, me preparo para brigar com ela pois sei o que vai sair de sua linda boca. —Vocês pobres vivem trabalhando como escravos.

—Nem todo mundo tira dinheiro do cu igual o tio Kisaki. —Falei fazendo ela se calar. —Mas ela não vai mais precisar trabalhar quando ela se casar com Kisaki!

—Mas a tia Hina não gosta dele de forma romântica, só como amigos. —Fuyuki falou confuso e Yui riu.

—É, parece que tem mais um na friendzone em. —Yui falou de modo sarcástico, sinto meu rosto esquentar. —Tal padrinho, tal afi...

Antes que ela termine aquela frase, pego meu travesseiro e jogo com toda a minha força bem no rosto dessa pilantra. É por isso que eu odeio contar as coisas para ela, pois ela é uma tremenda fofoqueira de mão cheia! Me arrependo amargamente do dia em que abri minha boca pra falar alguma coisa para ela.

—Quem colocou você na Friendzone, Tachibana? Foi alguém da nossa sala ou da escola da Yui? —Fuyuki perguntou com as sombrancelhas arqueadas, quando se trata da matéria da escola, ele é lento e lerdo, mas quando é fofoca...o cérebro funciona rapidinho.

—Eu não to na friendzone, a Yui que é maluca! Fica falando coisa que não sabe...—Murmurei e acabei recebendo uma travesseirada na cara vindo de Yui. —Ai, sua pilantra!

—Você que começou. —Ela me acusou, cruzando os braços. —Antes de começarmos a guerra de travesseiro...porquê a sua mãe iria se casar com o Kisaki?

—Para viver uma vida de rainha, ela pode não gostar dele agora...mas com a nossa ajuda, ela vai se apaixonar pelo tio Kisaki! —Respondi de modo confiante. —Ele cuida de mim desde que eu nasci...eu não vejo um padrasto melhor do que ele.

—Nossa ajuda?

—Sim, vocês vão me ajudar! São meus únicos amigos. —Respondi sorrindo. —Vocês me devem uma, já me colocaram em diversos problemas. Yui, eu ajudei você a roubar as respostas da prova mais importante da sua vida. Fuyuki, eu ajudei você a invadir um zoológico as três da manhã.

Ambos se entre olharam antes de me responderem, eu havia feito tanta coisa ilegal por conta deles que se eu fosse fazer uma lista, daria metros e metros de papel.

—Tudo bem, mas só vou isso pela tia Hina! Até porque, ela não nasceu para ser uma pobre miserável. —Yui falou por fim, do jeitinho delicado dela, no fundo sei que ela estava fazendo aquilo por mim também.

Olho de maneira confiante pra Fuyuki, esperando a resposta dele.

—Não me olha assim, Tachibana! Parece um cachorrinho que caiu da mudança. —Ele respondeu cruzando os braços. —Tá, ta! Eu também vou ajudar você.

—Isso! —Comemorei animada enquanto me levantava em um pulo. —Eu já tenho diversos planos infalíveis.

—Tenho até medo desses seus planos. —Yui respondeu finalmente dando atenção ao dorama que passava na tv.

—Confiar em mim é igual confiar em deus!

—Já vi diversas representações dele, mas é a primeira vez que eu o vejo sendo representado por um vagabun...—Antes que Yui terminasse isso, eu comecei a guerra de travesseiros.

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Por termos ido dormir tarde ontem, demorou para que Naoto conseguisse nos tirar da cama. Tínhamos aula, ou seja, precisávamos nos arrumar. Meus amigos trouxeram as roupas para se trocar aqui, mais não íamos para a escola hoje pois todo mundo da sala combinou de faltar, ou seja, iríamos apenas andar sem rumo pela cidade até dar a hora de voltar para casa.

—Bom dia crianças! —Minha mãe falou, ela já estava arrumada e pronta para ir para o trabalho. Só iria tomar o café primeiro.

—Bom dia, Girassol da minha vida. —Murmurei me sentando, eu estava com muita preguiça.

Tomei meu café no silêncio pois minha alma ainda estava dormindo e ela iria ficar irritada o dia todo se fosse incomodada agora.

—Vocês vão no festival, amanhã? —Minha mãe perguntou para os dois, mais tava todo mundo sonso.

—Sim, vou com uma amiga de escola. —Fuyuki falou com a voz sonolenta. Vai com uma sebosa insuportável que fica se jogando nele e o deixando desconfortável.

—Vou nada, tia. Vou passar a noite fazendo alguma coisa produtiva. —Yui respondeu no mesmo tom, ela não ia pois assim como eu, não tinha ninguém para ir. —Você vai?

—Haha, não tenho mais idade para isso.

—Para de bobagem, você é nova, flor. —Falei deixando meu copo na mesa, a companhia estava tocando sem parar. Me levanto antes de minha mãe. —Pode sentar, eu atendo.

Com toda a preguiça do mundo, caminho até a porta. Desgraça, essa manhã e já tem gente enchendo o saco.

—Bom dia. —Era um homem assustador, com tatuagem no pescoço e cabelos negros. Prendo a respiração ao notar quem era, meu sono sumiu na hora. —Vim buscar o meu filho, me desculpe o horário.

Noto de onde ele puxou a beleza. Embora esse homem seja assustador, é extremamente bonito.

—FUYUKI, O MALUCO DO TEU PAI TA AQUI PRA LEVAR VOCÊ. —gritei para o meu amigo escutar.

Um futuro diferente. Onde as histórias ganham vida. Descobre agora