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Olho pro Hayato, ele estava inconsciente no chão já faz alguns minutos

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Olho pro Hayato, ele estava inconsciente no chão já faz alguns minutos. Eu queria ir até ele para verificar sua respiração, ele está nesse estado por minha culpa.

Quando minha mãe se casar com o Kisaki, vou dar a ideia de irmos morar em outro país. Se fosse possível, em outro mundo. Sinceramente, não sei até quando vou aguentar ficar apanhando assim. Desde toda a minha vida, essa foi a pior surra que eu já tomei.

A Yui faz parecer tão fácil lutar, mas sempre que tenho acabo me fodendo. Parece que eles me vêem como um saco de pancadas, não uma mulher. Talvez seja algum karma da minha vida passada, fiz algo terrível e agora estou pagando, só pode. Falando na Yui, será que ela ta bem? Espero que sim

—EI! VOCÊS, PAREM COM ISSO. —escuto um grito masculino ecoar, finalmente algum adulto apareceu, por um segundo já pensei que todos estavam mortos e por isso não havia aparecido ninguém.

Eu sei que a maioria dos adultos que estão a essa hora na rua não querem se meter em uma briga de adolescentes, mas eu e o Hayato estamos quase morrendo aqui e estão ignorando. Poderiam pelo menos ligar para a polícia, já ajudaria muito.

Me sinto aliviada, já estava temendo o que poderia acontecer comigo caso ninguém interferisse. Não quero nem imaginar o que teria acontecido caso eu desmaiasse.

Olho para o lado sem mover a minha cabeça já que não daria, estavam segurando meu cabelo com tanta força que eu jurava que daqui a pouco vou acabar careca.

Sinto uma certa confusão ao ver aquele maltrapilho ali, mas não é hora de reclamar de nada, espero que ele me ajude ao invés de atrapalhar. Será que ele já ligou pra policia? Espero que sim, pois ele não parece ser um lutador nato.

E espero que ele tenha levado minha mãe em segurando de volta pra casa, é até bom ver que ele ta aqui sozinho ao invés de estar dando encima da minha mainha.

—Eu resolvo isso, fique aqui quietinha, escutou? —O que me segurava perguntou, me soltando com tudo. Ele fala isso como se eu tivesse outra opção, do jeito que estou não consigo nem dar dois passos sem desmaiar.

—Espere, eu conheço ela. Ei, você é a filha da Hina? —Ele perguntou, não levanto meu rosto e nem sequer digo nada, apenas faço um joinha pra ele. —Seus vagabundos!

Me sento no chão, minha unha havia quebrado quando tentei arranhar um deles para ajudar o Hayato. Retiro uma mecha de cabelo do meu campo de visão e vejo a cena na minha frente. O loiro que acabou de chegar segurava uma garrafa de saquê, ele a quebrou e o que sobrou o mesmo levantou em direção ao marginal.

—É melhor vocês irem embora. —Ele respondeu, mesmo estando naquela situação, solto uma leve risada que foi cessada quando senti dor na barriga.

Ele acha mesmo que eles vão embora só por causa de um pedido? Se isso acontecesse, eu já teria pedido. Uma outra risada saiu dos meus lábios, mais essa foi de desespero. O loiro até conseguiu derrubar um, mais depois disso começou a levar uma surra.

Meu desespero some ao ver uma moto se aproximando em alta velocidade, a motorista possuía cabelos rosas então foi fácil indentificar quem era.

Yui! E na garupa estava o Fuyuki. Quando tudo isso terminar, vou agradar e xingar os dois. O primeiro pois eles estão vindo me ajudar e o segundo pois demoraram muito. Não sei de quem é essa moto e como eles arrumaram, mais Yui fez questão de passar por cima de um com ela antes de parar.

—Tachibana!? —Fuyuki falou no desespero ao me ver sentada no chão, sorriu para ele e aceno.

Um calafrio percorre meu corpo no momento em que seu olhar mudou drasticamente, havia algo de estranho conforme ele ia para cima dos marginais que sobraram, alguns fugiram ao ver ele e a Yui. Mas o que ficaram, vão ter desejado nunca ter nascido ou vindo para esse local.

—Porra, porra! —Yui falou conforme vinha em minha direção.

—Primeiro vê se ele ta vivo. —Falei apontando para o Hayato. Botei que ela pensou umas duas vezes antes de fazer o que eu pedi, fico um pouco aliviada quando ele acenou de forma positiva. —Agora me ajuda aqui.

—Eu mandei você correr rápido e sem olhar pra trás. —Ela começou a dizer enquanto vinha, estou sem forças pra dizer alguma coisa. —Meu deus, eles te machucaram pra valer! Eles...eles não fizeram mais nada além disso, né?

—Só me baterem. —Respondi com certa dificuldade, ela suspirou aliviada conforme colocava sua mão ao redor dos meus olhos. Fico confusa.

—É melhor você não ver...—Ela murmurou, escuto o que estava acontecendo. Os marginais estavam fazendo um barulho estranho. —Desculpa a demora, não sabíamos onde vocês estavam. Rodamos a cidade. Quem é o velho ali caído?

—E-ele tentou ajudar...—Respondi me mantendo firme, mas meu corpo acabou cedendo e antes que eu caísse de queixo no chão, Yui me segurou.

٭YUI TETTA٭

Tentei chegar até aqui de modo rápido, mais demorou para conseguir ligar a moto de um desconhecido e depois demorou mais ainda pra achar a localização da Kimiko. Pensei que quando achasse ela, a mesma estaria apenas com alguns arranhões no rosto e o Hayato com um olho roxo.

Me assustei ao ver seu estado, seu kimono tradicional estava rasgado em alguns lugares e havia sangue por todo lado. Seu rosto estava machucado, parecia que um trem passou por cima dela. Como eu vou levar ela embora assim? A tia Hina vai ter um treco!

Já o Hayato estava bem pior, ele estava inconsciente mais pelo menos respirava.

—Fuyuki, seu imbecil. Chega! —Gritei para o loiro me escutar, ele parecia estar em um tipo de transe conforme batia de forma frenética. Isso era realmente assustador. —CHEGA! A Kimiko desmaiou, pega o meu celular no bolso e liga pra ambulância. O Hayato e esse homem também vão precisar.

Ele finalmente escutou o que disse, Fuyuki me olhou um pouco incerto. Provavelmente ele quer bater no cara até ele morrer, mais isso não seria bom —Embora ele merece, não seria o loiro a tirar a vida dele. Quando o meu tio descobrir o que aconteceu com a Kimiko...ele vai querer caçar cada responsável nem que seja no inferno. Kisaki sempre gostou da Kimiko como uma filha. Não vai deixar isso barato.

Fuyuki pegou o celular que estava no meu bolso e se sentou ao meu lado, ligando para a ambulância.

—Eles tão vindo. Vou ligar pro Naoto, ele deve estar preocupado. —Ele resmungou em tom choroso enquanto observava a garota que estava nos meus braços.

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