Bônus: Eduardo Fonseca

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Estou no escritório do La Rose, coisa rara de se ver. No geral, me considero um zero a esquerda em negócios, meu ramo é cozinha.

Mas meu gerente fez o favor de faltar, justo hoje, e terei que ficar por aqui.

Suspiro com os olhos quase fechados, a claridade do computador parece me deixar mais cansado que a correria de uma cozinha.

Números, números e números.

- Ah meu Deus! - reviro os olhos - Louis, Louis... Como você aguenta?

Ouço meu telefone tocar e acabo bagunçado ainda mais a papelada em cima da mesa... Pelo menos, é ela.

- Boa tarde, senhorita- me animo ao atender a chamada de voz- O que deseja?

Dulce: Você está muito ocupado? Tipo eu sei que aí sempre é uma correri...

- Não! Não estou!- corto logo sua fala e vou desligando o computador - A onde você está? O que houve?

Dulce: Ah...hmmn...- nem una palavra sai, o que me deixa mais aflito.

- Dulce Maria, o que houve?

Dulce: Calma, tá tudo bem!

- Então... - tento incentivá-la a falar

Dulce: Eu... Eu tô com saudades- sua voz é baixa e incerta - Estou em casa.

Não sei como interpretar essa fala, esse diálogo.

Minha boca fica seca de repente, não estou doente de fato, isso eu sei.

- Chego aí em 15 minutos!

Consigo ouvir sua respiração profunda antes de desligar o celular.

Junto os papéis rapidamente e os jogo na pasta.

Louis amanhã irá ter muito trabalho para reorganizar essa escritório...

Ando em passos apressados para a cozinha. La Rose está com um número de clientes satisfatório, minha equipe dará conta.

- Pessoal, pessoal! - chama aa atenção de alguns funcionários - Terei que me ausentar por algumas horas, confio o restaurante a vocês! Deem sempre o melhor! - digo firme- Bom trabalho, equipe!

[...]

Solto o ar que nem sabia que estava preso, estou em frente ao prédio de Dulce. Acho que cheguei em menos de 15 minutos, será se isso é ruim? Deveria avisar que estou aqui ou só subir? Tenho passe livre para subir sem ser avisado...

Ah, foda-se! Irei subir logo, essa mulher tá me deixando doido!

Toco a campainha e molho os lábios.

" - Eu... Eu tô com saudades- sua voz é baixa e incerta - Estou em casa."

As suas palavras voltam a minha mente naquele pequeno intervalo até a porta ser aberta.

Definitivamente os últimos meses foram incríveis, eu e Dulce nos aproximamos cada vez mais, somos uma ótima dupla... mas nada além de tentativas mal sucedidas de um beijo aconteceram.

Confesso que tentei elevar o nível do nosso relacionamento, mas depois da segunda tentativa entendi que ela não queria o mesmo. Então me contetei com o espaço que ela me dava. Simples assim.

Só que agora, agora tinha algo de diferente naquela ligação, naquele diálogo... Era como se ela me necessitasse.

Dulce: Eduardo!

Arregalo os olhos quando a vejo na porta, balanço a cabeça para dispensar aqueles pensamentos e acabo perdendo novamente o raciocínio ao vê-lá por completo.

Dulce Maria está belíssima. Um vestido leve de alças finas combinou perfeitamente com seus cabelos ondulados e aquele corpo cheio de curvas pecadoras... Ah Dulce, ah Dulce!

Dulce: Entra, por favor!- me dá espaço e tento me recompor ao passar por ela.

Seu perfume é tão atraente e acabo mordendo o lábio inferior sem perceber.

Dulce: Eu sei que... que soou estranho aquela ligação, no meio do dia e tão- para de falar e parece procurar as próximas palavras - tão desesperada.

- Que isso!? Somos amigos e amigos se ligam de repente- dou de ombros e me sento logo no sofá.

O vestido parece ser mais curto do que parecia, vê-lá andando pela pequena sala de estar dividida com sala de jantar me mostra isso.

Não sei mais se foi uma boa ideia vir para cá. Que tipo de tortura é essa?

- Você me chamou por algum motivo específico?

Pego o copo de suco e a morena se senta na mesinha a minha frente. Seus olhos expressivos estão em conflito, assim como minhas mãos.

Dulce: Eu... Eu te chamei por impulso. - dá de ombros- Não sei... Tava aqui sozinha e pensei que você é a melhor companhia para tardes de verão.

Dulce está nervosa! Definitivamente muito nervosa, nem sequer olha em meus olhos.

Me inclino com a intenção de pertubá-la um pouco mais. Posso está até errado, mas acho que pela primeira vez Dulce está na mesma situação que eu.

Sou homem e tenho alguns conhecimentos a respeito, ah Deus! Não  permita que eu esteja errado, por favor.

- Só no verão? - minha voz é quase inaudível, vejo alguns pelos do seu corpo arrepiar e no mesmo instante o meu amigo aparenta acordar.

Isso me parece está sendo uma aposta alta. O tipo de ou vou ganhar tudo ou perderei tudo.

- Dulce Maria, o que você quer de mim de verdade?

Olho para seus lábios avermelhados, sua respiração está acelerada e então decido levantar meus olhos para encontrar os castanhos mais lindos que já apreciei.

Dulce:Eu quero você, Eduardo Fonseca!

Sorrio rapidamente e então puxo o rosto de Dulce para mim.

Nossas bocas se encaixam e de repente o mundo parece ter congelado. O nervoso que me prendia agora está se tornando um grande desejo. Desejo por mais.

Nossas línguas parecem já serem íntimas, enquanto seguro seu rosto com tanta dedicação, Dulce passeia uma das mãos pelo meu corpo...

Nossas línguas parecem já serem íntimas, enquanto seguro seu rosto com tanta dedicação, Dulce passeia uma das mãos pelo meu corpo

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Verão de Paris aparenta ser bem 🔥🔥

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