Vida

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Sejam bem vindos a minha primera fic :)

Primeiramente queria pedir desculpas a qualquer erro de escrita ou se a escrita não estiver muito boa, essa é minha primera experiência escrevendo.

Essa história é totalmente minha, apenas os personagens que não são meus.

Se puderem deixar um votinho eu agradeço e adoraria saber a opinião de vocês e o que estão achando!

Fiquem com a história ;)
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Eu sempre tenho esse sonho. Pesadelo é a palavra certa. Eu corria atrás de uma pessoa, meu rosto se molhava em lágrimas e quando eu a alcanço ela sorri tudo parece melhor, até ela cair e não demora muito para eu senti o chão também, não caímos por nada, ninguém cai por nada sempre tem algo por trás, alguém nos fez cair. O céu brilhava aquela noite só não mais que el-

Meus olhos se abriram, por um deslumbre quase se fecharam novamente e lá estava o motivo. Aquela estrela que brilha mais que todas passando seu brilho pela minha janela.

Me levantei indo até a cozinha atrás da droga de todas as manhãs. Sorri satisfeito com a garrafa cheia. “Por que eu sempre derrubava um pouco quando ia pôr na caneca?” E finalmente senti o gosto amargo que substitui meu sono. Mesmo assim, eu adorava café.

— Bom dia — disse uma voz que eu tanto ouvia a cada um dos dias. Olhei para trás e lá estava ele, seus cabelos pretos presos em um rabo de cavalo, baixo e frouxo, olhos cansados e tão escuros quanto o cabelo. Itachi era uma pessoa bonita.

— Bom dia, Ita — fiz cara de tédio e ele sorriu levemente quase imperceptível.

 — Vai trabalhar hoje? — perguntou o moreno se encostando na parede e cruzando os braços como sempre fazia.

 — Não, peguei folga para hoje — disse bebericando o café.

— Milagres acontecem não é mesmo? Você trabalha o dia inteiro, aquela mulher não tem pena de você. — a mulher em questão era minha chefe, a dona da floricultura onde eu trabalhava. Não era o emprego dos sonhos, mas eu gostava de flores de qualquer maneira, então, por que não? Mas não era o que eu amava. Eu amava desenhar e pintar, cursar artes plásticas era meu sonho, mas estava um pouco longe dele.

— Um pequeno preço a pagar, por ser o funcionário favorito — disse sarcasticamente, eu não era o pior, mas definitivamente não o favorito. Eu sempre parava para dormir um pouco, que vinha o ódio dela por mim. Às vezes o café não é suficiente para substituir meu sono.

Itachi soltou uma risada nasal. — Imagino que vai ficar em casa? — perguntou se aproximando de mim.

— Óbvio, não estou com humor para me aventurar pelo mundo hoje. — disse em um pequeno sorriso para o moreno que agora estava na minha frente.

— Desde quando você faz isso? — rebateu ele. E ele fez aquilo, tocou minha testa com dois dedos. Por que diabos ele fazia aquilo?

— Você faz isso desde que eu sou pequeno e nunca me disse o que significa. — disse confuso.

— Significa “Você é idiota” — respondeu em tom de brincadeira, agora se afastando. 

Revirei os olhos em resposta, ele sorriu. — Na hora certa você vai saber. — disse baixo quase um sussurro.

[…]

Itachi já havia saído, como ele faz quase todas as tardes e só retornava ao amanhecer. Nunca ousei perguntar o que ele fazia. “Nunca pergunte, algo que não quer ouvir”, lembro bem da pessoa que me disse estas palavras. Além disso, eu sou uma pessoa medrosa, mas eu não tinha medo de coisas sobrenaturais como fantasmas, meu medo era mais real e um pouco abstrato. Eu tinha medo de palavras e sentimentos. Às duas se complementam. Os sentimentos nasciam e as palavras os colocavam para fora. A grande diferença é que os sentimentos sempre são verdadeiros, mas as palavras podem ser tão manipuláveis quanto uma pessoa. Os dois podem lhe dar conforto, assim como podem te machucar. Isso muda como você vê as coisas e seu jeito de pensar evolui. E é exatamente sobre isso que eu me dedicava a pintar no momento.

Era um quadro onde havia uma pessoa de lado sumindo aos poucos, segurando um coração com galhos mortos, na cabeça, flores. 

“Causam sua ruptura, o morrer de seu coração e o florescer de sua mente” — Palavras e sentimentos. 

Acabei, como sempre nada satisfeito, mesmo assim pendurei na parede do meu quarto, gostava de ficar olhando para eles e lembrar de cada sentimento que cada um me trouxe.

Parei para reparar no meu reflexo eu percebi estar sujo de tinta. Sorri, era uma sensação que eu gostava, mostrava que para chegar onde eu queria, tive um trabalho. E eu amava pintar e transformar tudo o que eu sentia em arte.

Por mais que eu adorasse ver sujo de tinta e odiasse banho, eu precisava de um. Logo tomei um banho quente, tirava o peso das costas, trazia uma sensação de leveza, mas longe de fazer eu esquecer meus problemas. 

Sai do banheiro com roupas leves e a toalha no pescoço. Me deparei com Itachi entrando em casa, achei estranho.

— Chegou cedo — visto que não se passava das onze da noite.

— Consegui vir cedo hoje — disse Ita tirando a jaqueta e jogando em qualquer lugar.

— Hm — assenti para ele, não sabia bem o que dizer.

— É… eu estou meio cansado, mas quer ver um filme? — perguntou o moreno. Sempre que ele tinha esse tempo comigo ele dizia aquilo.

— Claro — disse indo até o sofá, ele foi logo atrás de mim.

— Sasuke, amanhã tem um evento que eu preciso ir, é em frente a praia. E pensei como você não tem saído e amanhã é sábado se voc-

— Eu vou Ita. — ele me olhou surpreso com a resposta. — Mas só dessa vez, uma hora eu teria que sair. Vou me "aventurar" um pouco pelo mundo. — respondi, fazendo sinal de aspas me recordando do que disse mais cedo.

Ita soltou um suspiro com um sorriso de leve.

Liguei a TV, em um filme aleatório. Eu deitei no sofá, Ita deitou com a cabeça no meu colo. Eu sorri fazendo carinho nos seus cabelos lisos. Ele sempre fazia isso e como sempre não demorou muito tempo para adormecer, logo eu adormeci também. 

Eu gostava de ter aqueles momentos com meu irmão, afinal ele era a pessoa mais importante para mim, uma pessoa que me fazia feliz e por mais que me deixasse preocupado, eu amava ele. Sempre seria agradecido por tudo que ele fez por mim e faz até hoje. Eu tinha em mente que tudo na vida era passageiro, inclusive pessoas, deveríamos aproveitar enquanto elas estivessem em nossas vidas. Porque da mesma maneira que elas entravam muito rápido elas saiam. Mesmo tendo conhecimento disso esperava que aqueles momentos nunca acabassem. Eu queria que isso fosse possível…

Eu sentia tanta raiva dele, mas eu ainda estava chorando por ele. Coberto de sangue, eu tentava gritar em vão, pois nada saia de minha garganta. Eu queria tanto pedir desculpas e o motivo de eu não pedir não era o fato de nada passar pela minha boca, mas sim a incerteza se ele podia me escutar…

“Viemos da mesma semente, mas somos diferentes. Tenho sorte que isso nunca impediu que tivéssemos um laço.”

— Meu irmão, minha verdadeira família.

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Bom é isso, espero que gostem e continuem acompanhando!

Desilusão Where stories live. Discover now