Sadie Sink, uma garota insegura quando se trata de amor por conta do seu relacionamento passado, mas ao conhecer S/n Nelson, sua vida terá uma reviravolta.
"Nem todas as histórias de amor tem que haver um final infeliz"
-- Bem, eu já vou indo. -- Digo, parada na porta da garota. -- Te vejo amanhã?
-- Claro, te vejo amanhã. -- Sadie diz. Ela não parava de sorrir desde que contei sobre os meus sentimentos por ela, e eu não estou diferente.
-- Ótimo. -- Digo. Ia me virar para ir embora, mas Sadie segura meu braço, e me abraça.
-- Tchau. -- Ela diz. Suas bochechas estavam coradas agora.
-- Tchau, Sadie. -- Sorrio, antes de me virar para ir.
A chuva ainda não havia passado, mas a Sadie me emprestou um guarda chuvas, que na minha opinião é bem fofo. Ele é colorido e pequeno, só cabe uma pessoa embaixo.
Ao caminhar pelas ruas vazias do seu bairro, ouço uma voz atrás de mim, acompanhada por passos rápidos. Me viro, vendo uma Sadie encharcada.
-- Sadie? O que... -- De repente, a garota se joga em meus braços, e me beija. O beijo ficou ainda melhor quando acabei deixando o guarda chuvas de lado. A chuva deixava tudo ainda melhor, eu me sentia em um filme, mesmo sendo tão clichê. -- Uau...
Digo, ao pararmos o beijo.
-- Eu queria ter feito isso antes, mas não tive coragem. -- Ela diz, envergonhada.
Rio, e lhe dou um selinho demorado.
-- Tenha essa coragem mais vezes, por favor. -- Digo, e ela rir, assentindo.
-- Pode deixar. --
Volto a beijá-la.
[...]
-- Meu Deus, filha, você está encharcada. -- Mamãe diz, vindo até mim com uma toalha.
-- Desculpa, mãe, eu fui visitar a Sadie e a chuva me pegou no meio do caminho. -- digo.
-- Vem cá, deixa eu secar você. -- Mamãe diz, passando a toalha em meus cabelos. -- Essa garota deve ser muito especial.
Sorrio, assentindo.
-- Ela é. -- digo.
Mamãe se senta na cadeira de frente para mim, mas estava perto o suficiente para pegar minhas mãos. Ela olhava tão profundamente nos meus olhos que eu sentia que ela esperava eu dizer algo.
-- Mãe, eu... --
-- Pode falar, meu amor. -- diz.
-- Tem algumas coisas que eu quero falar sobre mim. -- digo, e ela assente, esperando eu continuar. -- É sobre a Sadie e eu.
-- A garota que você defendeu no shopping... Ela não é só uma amiga, não é? -- Mamãe pergunta. Ao ver eu ficar envergonhada e nervosa, ela sorrir. -- Está tudo bem, meu amor, pode falar sobre qualquer coisa comigo.
Respiro fundo, e começo.
-- A Sadie é muito especial pra mim, não apenas como amiga, mas... -- Abaixo a cabeça, eu não conseguia olhar em seus olhos agora. -- Nós estamos saindo.
Volto a olhá-la. Seus olhos estavam cheios de lágrimas, mas não eram de tristeza, mamãe estava sorrindo.
-- Oh, meu bem, vem cá. -- Ela me abraça, enquanto chorava. -- Me desculpa por fazer você pensar que não podia me contar.
-- Obrigada, mãe. -- Mamãe me abraçava em meios as lágrimas, e eu não estava diferente.
-- Eu te amo, meu amor, e sempre vou te amar. -- ela diz. E naquela noite, pela primeira vez, eu consegui me sentir bem com o que eu sou, comigo mesma.
-- Eu também te amo.
[...]
-- Não vai mesmo me contar o que sonhou? -- pergunto pela terceira vez para a garota ao meu lado.
Sadie e eu resolvemos dar uma volta pelo parque da cidade, como um primeiro encontro. Ao andarmos o parque inteiro, nos sentamos na grama.
-- Você é muito insistente, sabia? -- Sadie diz, rindo e revirando os olhos.
-- Ah, vai, por favor, eu te contaria. -- digo. Ela me olha, e suspira.
-- Está bem. -- Sorrio largo, esperando ela começar.
-- Eu sonhei com uma praia, e nessa praia não havia mais ninguém além de nós duas. -- ela diz. -- Era como se só existisse nós duas lá, e...
-- E...? -- Ela me olha fazendo suspense, e sorrir.
-- Aí eu acordei. -- ela diz, dando de ombros.
-- Só isso? -- Pergunto, decepcionada. Ela assente que sim, se deitando na grama. -- Ah...
-- Tem mais uma coisa. -- ela diz.
-- O quê? Conta, conta. -- ela rir do meu desespero.
-- Acredita que surgiu um unicórnio rosa do nada, e me levou para cavalgar no arco íris? --
-- Uau, sério? -- pergunto, surpresa.
Sadie começa a rir.
-- Não. -- ela diz, ainda rindo. Reviro os olhos e me deito ao lado dela.
-- Sua boba. -- digo, e começo a rir também.
Ficamos admirando uma a outra por um bom tempo, até eu quebrar o silêncio.
-- Eu quero te beijar agora. -- digo, me apoiando em um dos meus braços.
-- Então, beija. -- ela diz. Sorrio, e vou me aproximando dela. Faltava pouco, mas algo me parou. Ao ver um casal hétero caminhando juntos pelo parque, eu me afasto de Sadie, e me sento. Mesmo depois de me aceitar como eu sou, e me entender, eu ainda tenho medo. Temo que isso dure por muito tempo, o medo de ser julgada constantemente.
-- Você está bem? -- Sadie pergunta, com um olhar preocupado.
-- Eu não sei o que aconteceu, me desculpa. -- digo, a olhando. Ela me abraça.
-- Tudo bem, não precisa se desculpar. -- ela diz. -- Está tudo bem.
Suspiro, enquanto ainda abraçava a garota.
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