introdução 2

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[PASSADO]

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[PASSADO]

É UMA NOITE FRIA, NORMAL NESSA ESTAÇÃO. Com fome e cansados após um dia exaustivo seguido de aulas e treino no final do dia, eu e os meus colegas de equipe reclamamos do quanto o dia parece longo.

Realmente o ensino médio veio com tudo, e até agora não tem nos trazidos nada além de dores de cabeça por causa do esforço pelas incontáveis provas que se aproximam, sabemos que se não formos bem seremos afastados do time, foi nos deixados claro de que era de total importância um bom desempenho escolar, é um pouco agonizante se você manter isso na cabeça por muito tempo. "Preciso ir bem ou todo o meu desempenho em campo será descartado" uma pressão para alguns adolescentes que buscam um sonho tão alto. O sonho do qual para mim sempre foi prioridade, não significa que não ligo para o meu desempenho escolar, pelo contrário, mas mesmo assim, se eu pudesse, passaria horas num campo de futebol, nem que fosse apenas sentado na grama. Essa chama que queima dentro de mim com certeza deve ser hereditária.

Seguimos a rua encontrando a primeira loja de conveniência que vemos à frente, decidimos comprar algo para comermos antes de irmos cada um para o seu caminho de casa.

— Ai, não é aquela estrangeira nova? — pisco algumas vezes para finalmente desviar o olhar da prateleira de onigiris que tem à minha frente, e olho para onde o garoto aponta descaradamente.

— Pare com isso, é feio apontar — Bato na sua mão o repreendendo — Que eu saiba, o sobrenome dela é Brown, não é? Algumas pessoas podem pensar que você se referindo a ela como "estrangeira" seja no intuito de ofender.

O garoto apenas aceita como entendido e volta a procurar algo para comprar num outro corredor.

Com os meus olhos de volta aos diferentes sabores de onigiris, levo a mão finalmente conseguindo escolher um sabor, ou melhor, o mesmo de sempre, um de atum.

— Ah! Desculpe — A pronúncia em inglês preenche os meus ouvidos — Você poderia me ajudar, por favor?

Viro-me lentamente apenas para encontrar Lily Brown chamar-me num tom baixo, olho para os lados e vejo que temos apenas nós dois aqui, então é mesmo comigo que ela fala.

— Você consegue me entender? — Ela parece envergonhada — Mais que merda de pergunta, sua idiota — a segunda parte da sua fala é mais para si mesma, o meu inglês não é o melhor, mas eu consigo entendê-la muito bem.

— Sim, eu consigo te entender — ela parece mais envergonhada quando se dá conta de que eu também entendi o seu breve xingamento anterior — Precisa de algo?

Assisto quando ela dá um tapinha na própria bochecha e sorri.

— Não verdade eu não consigo encontrar isso aí — Ela me entrega um papel que percebo ser uma receita médica — Eu sei que poderia pedir a moça do caixa, e sim eu já fiz isso uma vez, mas ela apenas olhou para o papel e começou a falar a sua língua, e eu não entendo nem o básico, ela tá de mau humor então se eu aparecesse de novo ou dissesse que não entendi é capaz dela me expulsar, eu não posso ser expulsa daqui, é o único mercadinho próximo a minha casa.

Intensity - Son Heung-min Where stories live. Discover now