Intensity - Son Heung-min

Reprimindo

[PASSADO]

ACHO QUE FOI A PRIMEITA VEZ QUE fui precipitado nas minhas ações. Mas também não pude evitar depois do que ele disse.

Eu fiquei imensamente feliz porque o técnico não informou meus pais sobre o desentendimento no time, meu pai enlouqueceria. Mas ainda sim, recebi uma punição, a única coisa que eu teria que fazer era pedir desculpas ao outro envolvido, mas eu recusei assim como também recusei conversar sobre o que houve. Assumi a culpa, o que resultou num afastamento de uma semana do treino, apenas concordei, pois, sabia que se falasse sobre o que aconteceu acabaria chegando aos ouvidos do meu pai, e isso não seria algo bom.

No dia seguinte todo colégio murmurava sobre a possível causa da "briga". Alguns chegaram a dizer envolver garotas, mas eu fiquei aliviado quando não escutei nada sobre envolver a senhorita Brown, isso provavelmente só traria problemas para ela.

Não cheguei a vê-lá pelos corredores também.

Mas, na verdade, a procuro desde que cheguei.

Não sei porquê, acho que senti vontade de conversar com ela, o que não aconteceu desde aquele dia na loja de conveniência. Decidi procurá-la pelo colégio no horário do almoço e comecei a andar por todas as salas, mas não a encontrei. Quando estava prestes a desistir eu me sento num banco que fica escondido no fundo da escola.

— Onde você se esconde? — Penso alto ao apoiar minhas mãos no banco ao fechar os olhos para o céu que está nublado.

— Está procurando alguém? — "Achei" falo ainda com os olhos fechados, sua voz é inconfundível então a reconheci assim que ela me perguntou — Hã? Você está bem sonny?

Confusão, é a única coisa que sei ao ver seu rosto.

— Você planeja sempre chegar quando estou distraído ou acontece naturalmente? — Pergunto com um sorriso de canto.

Brown piscou algumas vezes como se não tivesse entendido o meu tom de ironia, talvez seja minha pronúncia que a deixe confusa. Ela está distante de mim, mas ainda posso ver sua relutância ao tentar se aproximar, é como se pensasse que não quero sua companhia. A garota mexe os braços, ao que parece é tipo uma mania que faz sempre que não sabe o que fazer em seguida. Para ajudá-la eu me levanto e me aproximo dela, que recua, me fazendo franzir o cenho.

— Tem fugido muito de mim? — Brown solta um sorriso pequeno que me faz sorrir também — É difícil te encontrar aqui, hein? — Enfio as mãos nos bolsos da minha calça.

Ela apenas dá de ombros e eu continuo.

— Você — Falei firme.

— O que tem eu? — Ela parece relutante, mas mesmo assim pergunta.

— Me perguntou se procurava alguém — Dei de ombros — Respondi que procuro você.

Acho que a reação que eu procurava era mais algo como vergonha, ou surpresa.