Capítulo I - Caos

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Quatro homens estavam reunidos em uma sala, ao fundo havia uma bandeira verde com um lobo cinzento, quatro cadeiras de madeira estavam dispostas ao redor de uma mesa, três deles possuíam cabelos prateados, o primeiro usava uma máscara cobrindo parte do rosto, diziam as histórias que um lobo havia o desfigurado, mas ninguém nunca soube se era verdade, o segundo usava um rabo de cavalo e lia um pergaminho com uma expressão tranquila em sua face, o terceiro possuía os cabelos ajeitados para trás e segurava uma grande foice, cheia de lâminas menores ao redor da principal. O que mais se distinguia, era um moreno, de vestes negras, com olhar fixo e compenetrado.

‒ O Rei foi bastante claro, quer que ataquemos o elo mais fraco da aliança contrária. ‒o que trazia o pergaminho na mão concluiu.

‒ Pelo que sei, o Namikaze não possuí lá grandes forças mesmo. Não acha Kakashi? ‒o da foice indagou ao mascarado.

‒ Creio que apenas parte dos meus homens darão conta de derrubá-los.

‒ Sendo assim, fico feliz em poupar os meus para o momento mais propício.

‒ Se Kabuto está fora, posso assumir o comando dos Hatake, não é certo, Kakashi?

‒ Não acho que esteja preparado o bastante para isso Hidan, ainda não me esqueci da carnificina naquela pequena aldeia de pescadores.

‒ Estava apenas separando os que não são dignos de Valhalla* e os mandando direto para Niflheim* . ‒justificou empolgado.

‒ Da próxima vez, sugiro que deixe a bravura de cada um determinar seu destino. Sasuke irá comandar o ataque. ‒o conde Kakashi determinou.

Então os três voltaram-se ao rapaz, que embora fosse o mais jovem ali, já era conhecido entre os aliados por suas grandes habilidades no campo de batalha. Apesar da notícia e de ser a primeira vez que assumiria a frente em uma luta, Sasuke não demonstrou reação alguma.

‒ Ele é sempre tão mudo, espero que ao menos para comandar possua voz. ‒Hidan comentou um tanto emburrado.

‒ Pobre Hidan, ainda deve aprender que os mais sábios são aqueles que demonstram menos. ‒Kabuto sorriu, em tom gentil e bem humorado, nem parecia o terrível conde do qual contavam realizar inúmeras torturas e experimentos, que diziam ser para o avanço no tratar de feridas e doenças, mas era sabido que suas cobaias jamais retornavam ao lar.

‒ Enfim, estamos acordados. Espero que aproveitem a estadia, amanhã ao chegar da noite, o legado de Minato cairá por terra. ‒Kakashi anunciou, pondo fim à discussão e logo os demais se retiraram, restando apenas ele e o moreno. ‒ Espero que esteja preparado, não podia deixar algo do tipo nas mãos de Hidan.

Tudo o que Kakashi obteve foi o silêncio, porém já estava acostumado, desde a infância o garoto se mostrou de poucas palavras, não se misturava aos demais, apenas ficava encolhido no canto. O laço entre eles não era nada paternal, havia o treinado para ser um bom guerreiro e um bom homem, mas era mais do que óbvio quem sucederia suas terras caso algo lhe acontecesse, afinal, também era sozinho e não possuía herdeiros.

Um dia, um homem veio até ele vendendo escravos e dentre eles estava um garotinho de apenas cinco anos, quando contestado, justificou apenas que a criança era fruto de uma violação, a mãe também escrava, não ficaria com a criança mesmo que quisesse, então, por compaixão, o acolhera como seu pupilo. Sasuke jamais contou sobre as experiências que viveu antes de vir parar nas terras de Kakashi, mas sua infância foi repleta de pesadelos, dos quais acordava aos berros de pavor, ainda se lembrava do primeiro contato entre eles:

"O negociante já havia ido embora com um sorriso banguelo satisfeito pela quantia que havia lucrado com o garoto, quando questionado sobre o nome dele, apenas respondeu:

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