Capítulo 12

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Valentina P.o.v

Depois de ter escutado aquele assunto da Luiza, eu não sabia definir muito bem o que eu estava sentindo pra dizer a verdade, era meio estranho depois de ouvir uma notícia boa, que ela queria ficar comigo, ter que ouvir que o ex dela está de volta, e que prometeu fazer aquilo com ela no ambiente de trabalho.

O que ela me disse com certeza é algo para se preocupar, ela estava estabilizada com o serviço, e era essa estabilidade que deu a chance dela voltar a estudar, eu tenho certeza de que ela poderia muito bem arranjar um outro emprego, poderia inclusive ver isso com o meu pai, e se não desse com o meu pai, eu ajudaria ela até ela arranjar um novo emprego. Mas eu duvido muito que Luiza aceitaria, já foi difícil ela aceitar que eu comprasse a pizza, imagina ela aceitar eu bancar ela por um tempo.

mas tem outro porém, mesmo que ela aceite, se o outro trabalho não der a mesma liberdade que esse emprego de hoje dá daria no mesmo, ela não teria tempo para conseguir estudar, o que provavelmente deixaria ela bem mal.

- Olha Lu... isso que você está passando é algo muito complicado, você já pensou em falar com o seu superior sobre esse babaca? deixar em alerta, como sua irmã estava junto, ela pode muito bem testemunhar a ameaça, e se ele vier a fazer algo com você não tenha dúvidas que eu coloco o melhor advogado para processar esse lixo.

- eu não pensei nisso na verdade, eu fiquei tão centrada em não deixar ele me por pra baixo, em mostrar pra ele que não tenho vergonha da vida que eu levo, que eu só deixei ele ir embora, já estava começando a chamar a atenção na empresa e tudo...

- sinto muito que você tenha passado por isso meu anjo, de verdade - aproximo minha cadeira da dela e a abraço trazendo ela para o meu peito, e dou um beijo em sua testa - saiba que eu estou aqui pra você para todas as situações, e se for preciso que eu vá na empresa para quebrar a cara dele eu vou... não quero que ele mexa com você

- o meu maior problema na verdade não é nem ele mexer comigo, não tenho medo de ter que trabalhar mais pesado, já que minha carga horária não vai mudar, meu medo é ele com o Leo, ele falou umas coisas estranhas, chamando o Leo de nosso filho, ele nunca quis saber nem o nome do meu pequeno, e do nada aparece com isso, eu tenho muita fé de que ele só falou aquilo pra me atingir sabe, ele viu que falar do meu emprego não tinha me afetado, e do nada puxou pro assunto do Leo...

- ele não é nem louco de chegar perto do nosso bebê, e se for, o processo vem e vem com gosto...

- obrigada por conversar comigo, sei que nessa posição nem eu nem você temos muito o que fazer, mas só de conseguir por pra fora e ter seu apoio já me ajuda demais... - ela fala sorrindo pra mim e acaricia meu rosto trazendo seus lábios para os meus me dando um beijo calmo, que no mesmo momento passei a corresponder.

sinto que nós duas estávamos sentindo a mesma coisa com aquele toque, queríamos sentir a segurança que uma trazia na outra, tanto ela em mim, que eu estaria ali do seu lado, tanto eu, que sentia que ela confiava em mim, que ela mesmo com toda a dificuldade que poderia vir, ainda assim queria algo comigo, e eu definitivamente vou estar com ela, até ela me chutar, o que eu espero que nunca aconteça.

Quando nos afastamos pela falta de ar, me lembro da noite da pizza, onde quando fui lavar as mãos com o Leo, ele me fez um pedido meio inusitado.

- eu preciso falar com você sobre o Leo, é algo bem tranquilo na minha opinião...

- o que foi? ele fez algo na escola? ou alguém fez algo com ele?

- não, na verdade foi algo que aconteceu aqui na sua casa, ontem quando fomos lavar as mãos pra comer, ele pediu que eu fosse a segunda mãe dele, eu não sei se ele já chegou a falar isso com você ou não, mas eu disse que conversaria com você.

A Professora do meu filhoOnde histórias criam vida. Descubra agora