Capítulo 11

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Duda me deixou em casa e eu passei o resto do dia com a minha família, pensando incansavelmente em como seria o reencontro com a Valentina na faculdade.

Na manhã seguinte eu me desperto antes do alarme, talvez por ansiedade. Adianto alguns projetos da faculdade, assisto alguns vídeos de dança e quando vejo já está na hora de me ajeitar para a faculdade. Como hoje era o último dia da Duda na casa do pai eu iria de carona com ela. Tomei um banho, lavei os cabelos e coloquei um vestido, já que estava bem quente.

Pontualmente a Duda passa em frente a minha casa.

Duda: Toda cheirosa assim

Luiza: O que um bom banho não faz

Duda: Tá ansiosa?

Luiza: Ah, um pouco! Quero saber como vai ser, não consegui parar de pensar nela. O Igor falou algo?

Duda: Não, mas eu também não falei com ele.

Nós chegamos um pouco cedo na faculdade, então resolvemos ficar no pátio esperando a aula, poucos minutos depois o Igor chega. Confesso que eu olhava para todos os cantos procurando pela Valentina. Deu a hora da aula e eu ainda não tinha visto a Valentina por ali, então fui para a sala.

Me sento no meu lugar de sempre e já me preparo para a aula, alguns minutos depois, Valentina chega junto com o professor. Confesso que na faculdade, o ambiente, tudo isso, não ver ela ali não me despertou os mesmos sentimentos do último sábado.

O professor passou aula e finalizou um pouco antes do horário, o que era bom para relaxarmos um pouco antes da próxima aula. Eu nunca tive pressa para organizar as coisas e sair correndo da sala, sempre anotava algumas coisas mesmo depois do fim. Enquanto anoto alguns temas para estudar, sinto alguém parado na minha frente, levanto lentamente e lá estão aqueles benditos olhos.

Luiza: Valentina

Valentina: Luiza

Dou de ombros e começo a guardar minhas coisas na bolsa. Quando estou de pé, Valentina ainda me fechava, já estava preparando para falar poucas e boas, mas nisso Valentina da uma olhada ao redor, notando que estávamos sozinhas e me puxa para um beijo. O beijo dela era abrigo, era carinhoso, era sensual, era tudo, confesso que já dei uns bons beijos por ai, mas nenhum chegava aos pés do beijo dela. E mais uma vez sinto as mãos de Valentina correndo para minha bunda, estava se tornando a marca registrada do beijo dela, do nosso beijo. Valentina interrompe o beijo, passa as mãos nos meus lábios, em um carinho rápido e fala:

Valentina: Senti sua falta

Luiza: Sentiu?

Valentina: Uhum!

Luiza: Achei que fosse me perturbar hoje, entrou pela sala com seu ar de superioridade de sempre.

Valentina: Nunca tive ar de superioridade

Luiza: É a sua marca registrada.

Valentina: Quer fazer algo qualquer dia aí?

Luiza: Posso pensar no seu caso

Valentina: Podemos ir no cinema, podemos ir no parque, podemos jantar

Luiza: Ou você pode ir lá em casa na quarta, minha família vai viajar e eu vou ficar sozinha

Valentina: Hummm, parece interessante isso – nos sorrimos e ela torna a me beijar, mas eu logo interrompo.

Luiza: Vou para a aula

Valentina: Posso te levar em casa hoje?

Luiza: Não precisa, vou de ônibus

Valentina: Eu sei que vai, Lu! Mas eu quero te levar

Luiza: Depois da última carona, tenho receio

Valentina: Prometo que vou devagar, não quero que nada aconteça com a gente, ainda quero dar muitos beijos nessa boca – ela fala de forma tão sensual que as minhas pernas bambeiam.

Luiza: Quer?

Valentina: Uhum – já estávamos entrando novamente em um jogo de sedução quase que perigoso

Luiza: Vamos

Após a aula, encontrei Valentina no estacionamento e seguimos para minha casa. Quando chegamos eu já sabia que meus pais estariam dormindo, eles sempre estavam dormindo quando eu chegava, então começamos um beijo quente com direito a mão boba. O que eu não esperava era ser surpreendida.

Carol: O que está acontecendo aqui?

Eu e Valentina afastamos nossos rostos tão de pressa, estávamos parecendo adolescentes sendo pega fazendo coisa errada.

Luiza: Ah, é só a Carol!
Carol: Vocês duas hein, só cuidado, que se o pai ver essa mão boba – ela faz sinal de cortar o pescoço e aponta para a mão da Valentina que ainda estava na minha bunda e Valentina rapidamente retira.

Valentina: Oi!

Carol: vou entrar para dar privacidade, mas não demorem que é perigoso essa hora

Carol entra e eu e Valentina começamos a rir, nós estávamos literalmente parecendo adolescentes, não conseguíamos manter nossas bocas e corpos longes. Nos despedimos com um selinho e eu pedi que ela avisasse quando chegasse, afinal só iria dormir depois desse aviso.

Como tudo começou (Valu)Onde histórias criam vida. Descubra agora