06 | Confusão

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Quem é vivo sempre aparece, né? Desculpa, faz tempo que eu não posto, mas voltei, aproveitem o cap!!

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[tori's pov]

Acordei muito bem, mas ainda sem acreditar no dia anterior. Era sábado, então decidi ligar para André, estavamos passando o dia juntos.

"André, que bom que chegou!" Eu disse animada. "Eai Tori"

"André, lembra de quando você gostou da Jade e tals?" eu fiquei meio receosa. "Lembro,  tava doidão" ele riu logo depois. "Bom, é que talvez eu esteja 'doidona' também."

"Como assim, Tori?" ele estava raciocinando. "EU TRANSEI COM ELA, ANDRÉ! TALVEZ EU GOSTE DA JADE, PORRA!" eu gritei desesperada, meus pais não estavam em casa, e Trina sempre está trancada no quarto, mas...

"VOCÊ O QUE, TORI?!" Trina gritou de volta descendo as escadas. Começou a dar errado. TUDO errado.

"Tori, vamos almoçar no Nozu?" André desviou o assunto por causa de Trina. "Isso, vamos, vou só ir pro meu quarto me trocar e já volto" agradeço ele visualmente, Trina só obvservava da escada.

Fui para meu quarto e fiz questão de demorar bastante. Quando chegamos ao Nozu começamos a conversar. "O que você disse era sério?? Mas vocês nem namoram!" Ele estava indignado que eu ficaria com a Jade. Eu também estava.

"É" coloquei minha mão na testa. "Ela está me enlouquecendo." 

"percebi" ele soltou um percebi????

"E pra piorar, a Trina ouviu. A TRINA. Ela é tão escandalosa que se eu chegar em casa e meus pais estiverem me esperando para uma conversa, eu não me surpreenderia!" 

"Relaxa ai, vamos dar um jeito"

--

Estava me preparando para dormir, mas Trina abriu a porta do meu quarto. "O que você quer?" fiz uma cara de pouco caso.

"Nossa, irmãzinha, não precisa falar assim. Bom, vim perguntntar se o que você disse foi sério." Ela disse entrando no quarto, mas empurrei ela de volta para fora e fechei a porta do quarto. Empurrei uma cadeira até lá, trancar não adiantaria, ela tem todas as chaves da casa.

Fui para a cama e adormeci rápido.

-- (segunda feira)

Acordei uns minutos atrasada, então tomei um banho rápido, sem lavar o cabelo. Me arrumei e passei maquiagem, desci e minha mãe havia feito panquecas. Peguei uma e fui até a escola, afinal estava em cima da hora e queria ver como Jade reagiria quando me visse depois de ontem.

Cheguei e ela estava lá, como sempre. Hoje ela me deu bom dia, uma coisa um tanto quanto anormal para Jade. Olhei para André e ele me olhou de volta. Ela arqueou as sobrancelhas.

--

Finalmente a aula de Sikowitz, a melhor e mais descontraída aula do dia.

"Jade, Tori, subam aqui, vocês vão interpretar um casal casado."

"Eu vou ser a esposa." eu soltei. "ata" ela respondeu ironicamente

Sikowitz também falou para Cat subir lá, ela ia ser nossa filha.

"Estou tão feliz que casamos e tivemos este bebê lindo."

"Eu também"

Nós duas disssemos num tom irônico.

--
Voltei da escola e fiquei pensando na única coisa que eu conseguia pensar. Jadelyn West. Ah, Jade, Jade... se você soubesse...

Nesta hora peguei meu diário, e comecei a escrever sobre recentemente.  Eu faço poemas e desenho também. É uma coisa que poucos sabem sobre mim.

Eu decidi desenhar Jade.

Comecei com a cabeça, rosto e cabelo. Fiz ela numa roupa gótica. Uma blusa de alcinhas branca, com um corset preto por cima. Uma saia preta e meias arrastão. O calçado era um mary jane.

"Porra, isso não está legal." Murmurei. "Vou trocar esses Mary janes por um par de botas de cano baixo."

"TORI, É PRA VOCÊ!" Trina gritou de lá debaixo.

Desci e logo fiz uma careta para Trina e "dispensei' ela com um olhar furioso. Fui até a porta e vi Jade lá.

"Jade?" fiquei confusa. "Precisamos conversar." ela deu de ombros.

"Vega, o que nós somos?" ela pergunta com raiva em sua fala. Eu não estava acreditando no que ela estava falando. Que egoísmo.

"Eu que te perguntou! Primeiro você me beija, depois transa comigo e quer me perguntar isso?! Você não tem noção mesmo. A senhorita não tem direito de ficar confusa nessa situação. Você quer me usar de brinquedo por causa do término com Beck, não é mesmo? Sua idiota, egoísta!" A este ponto lágrimas estavam escorrendo de meu rosto em quanto meus punhos estavam fechados.

Graças a Deus estávamos tendo esta 'conversa' do lado de fora da minha casa.

"Você não sabe o que fala mesmo, né garota?" Ela rebateu. Sua maquiagem já estava borrada.

Era como uma facada no coração ver ela ali chorando, de maquiagem borrada. Doia mais ainda quando eu lembrava que fui eu que causei isto e que eu não podia reconfortá-la igual nas outras vezes que eu a vi assim.

A dama e o vagabundo - JoriWhere stories live. Discover now