The Law -Supercorp

Capítulo 8 • Lembranças

Pov Kara Danvers

O estacionamento estava praticamente vazio, haviam apenas alguns carros afastados que provavelmente estariam ali pelo mesmo motivo que eu. O som da porta do Civic batendo ecoou no local. Enquanto caminhava acionei o alarme e tranquei o carro. Retirei as mãos do bolso do meu grande casaco, cinza que ia até o joelho, para abrir a porta.

Subi as escadas bem devagar. Estava mais calma do que da última vez que estive aqui, mas ainda insegura. Precisava subir até o quarto para conversar com meus pais. Além do mais, havia prometido a Sofi que a levaria para passar o fim de semana comigo.

Abri a porta no topo da escada entrando na recepção novamente. A mesma mulher que me atendeu da última vez se aproximou.

- Pois não?

- Bom dia, eu preciso de um cartão de visita fixo para ver um paciente internado no sexto andar.

- Nome por favor.

- Kara Danvers.

- Grau de parentesco com o paciente.

- Filha.

Ela digitou algumas coisas a mais no computador e imprimiu um crachá.

- Este é temporário, passe na segunda na secretaria e pegue o permanente. Se lembra da sala? - Falou enquanto me entregava-o.

- Sim, obrigado. - Disse me afastando para pegar o elevador.

Não demorou para que a porta se abrisse. Eu estava muito distraída, de cabeça baixa, olhando para o chão. Só entrei quando esbarraram em mim ao passar do meu lado. Quando a porta se abriu de novo no sexto andar, deixei que todos saíssem para depois me retirar..

Dessa vez não parei novamente na segunda recepção. Passei direto e fui pelo corredor até a sala, mas não encontrei. Na mesma hora procurei por uma enfermeira. Havia uma mulher ao meu lado usando branco, então eu a agarrei pelo braço com uma das mãos.

- Onde ele está? - Perguntei exaltada.

- Q-quem?

- Meu pai, onde está? - Cresci minha voz.

- E-eu não sei, se me der um nome talvez eu consiga te ajudar.

- Zorel! Zor'El ! - Disse balançando seu braço.

- Senhora, você está me machucando!

Olhei para a minha mão em seu braço, eu a segurava com força. Podia apostar que de baixo daquela manga, sua pele estaria vermelha. Eu não me reconhecia naquele momento, estava fora de mim. Soltei minha mão de seu braço e me afastei dela dando um passo para trás e colocando as mãos nos bolsos do casaco.

- Desculpe. Eu não... - Tentava me desculpar quando a porta se abriu.

Lentamente meu pai apareceu nela. Empurrava um andador onde se sustentava, andando lentamente.

- Pai! - Fui em sua direção.

- Kara meu amor ! - Ele disse soltando o andador e erguendo os braços para me abraçar. - Que bom que veio!

Passei meus braços em volta dele é o abracei com força. Quando me soltou, percebi sua dificuldade para se manter em pé e o ajudei a chegar até a cama. Fiz com que ele se deitasse e o cobri para depois me sentar na cama ao seu lado.

- Onde estava?

- Estava no banho. Eu sempre tomo antes de sua mãe chegar, não sabia que viria.

- Eu também não. - Disse acariciando sua mão.