CAPÍTULO 6

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Sasuke

Há quatro anos atrás eu enfrentei Itachi...

Estava chovendo do lado de fora, minha visão estava obstruída pela imensa escuridão que sobressaia o distrito Uchiha. Odiava ainda mais por me fazer voltar a esse lugar.

- Irmãozinho... - Ouso a voz do Itachi que me faz virar em sua direção imediatamente. Puxo minha espada.

- Não tem o direito de me chamar de irmão. - afirmo sentindo meu sangue ferver dentro do corpo. A raiva se intensificando me fazendo hiperventilar

Corro em sua direção segurando com firmeza a espada e calculando o espaço de tempo que precisaria para acerta-lo se ele contra atacar. Ele retira sua kunai e como se eu não tivesse colocando toda minha força para pressionar a espada, ele arrasta e joga ela pra cima. Passo dois golpes laminados em torno de sua cabeça e ele se desvia com facilidade me deixando frustrado e irritado com a situação.

- É muita ousadia sua aparecer aqui tão fraco... - seu deboche era a gasolina que eu precisava pra explodir. Fingir ataca-lo com a espada e usei o outro braço para lhe dar um soco.

Foi certeiro.

Ele cambaleou para trás e eu aproveitei a brecha que ele havia aberto para corta-lo, mas ele reagiu com a kunai e devolveu o soco na boca do meu estômago, eu caí com falta de ar.

Mas meu ódio era meu oxigênio, era tudo que eu tinha, era por ele que eu vivia.

Alguns acreditavam que o amor é uma ótima motivação pra nos deixar mais fortes, isso porque nunca conheceu alguém com ódio

- Você é um desgraçado. - Peguei a kunai e começamos a brigar.

Horas se passaram e ainda brigávamos, meu corpo estava exausto, meu corpo dolorido de socos e cortes mas o estado do Itachi se igualava ao meu, estávamos ambos acabados, mas eu não pararia até que eles estivesse morto.

- Retiro oque disse, você ficou forte...estou orgulhoso. - ele diz e meu coração acelera na medida em que movimento minha kunai

- Não fale como se fosse um irmão decente. - faço várias sequências de ataque deixando ele apenas com a opção de se defender

Vejo sua mão se movendo em minha direção

- Desculpe Sasuke. - ele toca minha testa com os dois dedos. Eu fico em choque e paraliso.

Meu peito e cabeça começam a doer ao passo que minha respiração irregular começa a ser limitada por pequenas puxadas de ar. Minha garganta travada, eu não conseguia respirar.

Ele não me ataca, apenas me observa. Eu via seus olhos, mas não queria enxergar

- Eu vou matar você. - gritei usando o restante de força que tinha e forçando a kunai no seu pescoço. Eu via o sangue descendo mas não conseguia finalizá-lo. Então o derrubei com um soco no chão, subi encima e bati, muitas e muitas vezes. Seu rosto estava irreconhecível pela quantidade de sangue, ele estava quase perdendo a consciência mas ainda insistia em me olhar nos olhos. - Por que eu não consigo te matar? - Senti uma onda de lágrimas me invadindo e abaixei chorando encima de sua camisa ensanguentada. Chorei tanto que sentia doer, tudo doía.

- POR QUE? - gritei tão alto que minha garganta ardeu, a caverna fez eco e deixou minha voz ainda mais desesperadora. Entre soluços e lágrimas senti Itachi me abraçar.

Me afastei abruptamente de seu corpo, como se me queimasse. Quando tentei me apoiar em algo na parede, apenas vi uma pedra caindo e tudo apagando.

Depois de tudo, Itachi me contou o que realmente havia acontecido, custou para que eu acreditasse, então eu viajei em busca de provas que reafirmasse seu posicionamento. Me juntei a Akatsuki em busca de destruir o governo de Konoha, eu ainda não havia perdoado totalmente o Itachi pelo que ele fez, mas sabia que ele era uma vítima assim como todos que ele matou, ele foi uma vítima do sistema corrupto de Konoha e agora eu faria com que eles pagassem da mesma forma que fizeram com o meu clã. Com sangue

Depois de matar todos os membros políticos de Konoha envolvidos em corrupção, restou apenas um: Hiruzen Sarutobi, o presidente.

Itachi prometeu me ajudar depois de realizar sua última missão em Konoha, eu odiava o fato dele ainda manter contato com essas pessoas, mas ele possuía uma lealdade inabalável. Itachi desde pequeno sempre foi complicado de se entender, depois do nosso pai levá-lo para um campo de batalha ainda criança, ele decidiu de tornar um pacifista, ele odiava guerras e questionava a razão da existência humana. Ele era como uma máquina aprendendo sobre sentimentos humanos. Itachi era um prodígio pelas suas habilidades excelentes e por saber técnicas de batalha que ninguém do nosso clã conseguiria, mas quando se tratava de emoções, ele era como uma criança, tudo era confuso quando se tratava de sentimentos.

Estamos mais próximos, foi difícil voltar pra Konoha, mas havia assustos que precisavam ser tratados e que não poderia ser em outro lugar. Suigetsu, Juugo e Karin ainda me seguiam, mesmo depois do time Taka se desfazer já que não tinha mais o objetivo de matar meu irmão.

Itachi me informou que avisaria se houvesse progresso na missão e que me passaria os detalhes conforme o andamento das coisas. Ele ainda fazia parte da Akatsuki, mas não era algo que ele compartilhava comigo. Itachi ainda tinha muitos segredos.

- Você poderia parar de comer todos os Oniguiri, eu ainda não comi! - Karin grita na sala me despertando de um cochilo.

- Você já comeu todo o salmão! - Suigetsu reclama enchendo a boca de Oniguiri e vejo o rosto dela ficar vermelho de raiva.

Por algum motivo desconhecido, eu ri

- O que... - todos olharam para mim com receio

- O que acabou de acontecer? - Suigetsu perguntou pasmo

- Nada. - disse voltando a minha expressão natural, me levanto e passo entre eles para ir para o meu quarto

- Que assustador. - Karin disse e todos concordam - A última vez que ele riu assim foi com a...

- Não fala o nome dela. - Suigetsu briga e eu encosto na parede do corredor.

- Mas...

- Ela traiu ele. - Juugo diz num sussuro - Podemos gostar dela, mas em segredo.

- Eu não gosto dela! - Suigetsu diz

- Que seja. - Juugo resmunga e eles voltam a comer.

Eu vou para o quarto e deito na minha cama.

É incoveniente como aquela garota deixou uma marca em todos nós... Droga.







PSICOPATA EM KRATOS 2 ||  𝒔𝒂𝒔𝒖𝒔𝒂𝒌𝒖Where stories live. Discover now