Terraço

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Não sabia há quanto estava sentado de frente para a mansão apenas observando o céu escuro tendo apenas a lua nova visível

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Não sabia há quanto estava sentado de frente para a mansão apenas observando o céu escuro tendo apenas a lua nova visível. Mesmo com o vento gelado daquela noite fria ele não queria retornar para dentro de casa e ter que lidar com a realidade da sua vida. Era depressivo demais ter que encarar alguns fatos angustiantes.

Ironicamente, não soube exatamente como tudo aconteceu e apenas acordou quando estava no meio de todo aquele caos sem opções de reagir a não ser aceitar as coisas como estavam. Apenas não queria isso.

Ainda tentava entender tudo o que o Ministério da Magia estava fazendo e de como essa situação que estavam sendo obrigados a passar adiantaria de algo. Como poderiam passar doenças genéticas se eles não ficavam doentes?

Eles não eram trouxas. E quando essa pergunta foi questionada para a senhora Josefina Calderon, Draco não gostou da resposta.

" Existiam genes de doenças iguais aos dos trouxas. Apenas não são transmitidas por sermos bruxos e não são graves. Elas não nos afetam. Nossa magia nos protege. Porém, a maldição atinge crianças com sintomas de doenças trouxas e passar genes dessa forma apenas irá cravar um alvo na testa deles."

Ou seja, Draco nunca morreria por nenhuma doença trouxa como era o fato, mas o seu filho poderia. Só por causa da maldição desconhecida que estava matando mais do que Voldemort um dia conseguiu.

Literalmente foi um massacre, ele ainda se lembrava da confusão quando tudo iniciou, pais desesperados com seus filhos mortos nos braços e gritos histéricos de bruxos tentando entender o que estava acontecendo.

Draco nunca tinha visto tanta dor em um só lugar, claro, isso se não pensasse na guerra. Contudo, até naquela época ainda existiam esperanças. E daquela vez não, apenas a aceitação e a vontade de salvar a comunidade bruxa da extinção.

Até mesmo Draco tinha que aceitar que a solução do Ministério da Magia era radical, como poderiam fazer pessoas terem filhos com alguém que eles escolhessem? Era demais até para ele. Mesmo assim ele apenas teve que abaixar a cabeça assim como o resto da população. Não havia solução.

— Não vai entrar?

Draco escutou a voz da sua esposa. Mesmo assim não se virou, sabia que ela iria se sentar e o acompanhar naquele momento e foi isso que Astória fez. Ela apenas agarrou o seu braço deitando a cabeça em seu ombro também encarando o céu.

— Como você está, querido? — ela sussurrou a pergunta virando sua cabeça para encarar o perfil do rosto dele. — Não se preocupe muito com isso. Vai dar tudo certo.

Draco suspirou.

— Você parece muito bem com a notícia de que eu vou ter que ter um filho com a Granger. — ele disse ainda encarando o céu. — Um não, são dois.

— Eu não gosto disso, você sabe. — Astória disse baixinho conseguindo fazer ele olhá-la. — Mas eu não vou estar aqui, e sinceramente Hermione Granger vai ser uma boa mãe. Ela foi uma heroína, provavelmente vai saber lidar com o lado Malfoy do filho.

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