Após a guerra, o índice de maternidade caiu de uma maneira tão absurda que o Ministério da Magia apenas estava preocupado com a situação dos bruxos, apenas 3% da população tinha filhos. Era uma situação caótica que não tinha controle algum sobre a m...
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Primeiro trimestre: semanas 1 a 13.
Segundo trimestre: semanas 14 a 27.
Terceiro trimestre: semanas 28 a 42.
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26° semana de gestação
O orfanato era um lugar triste.
Lilá não sabia se era a palavra exata para descrever o lugar sendo que havia diversas crianças rindo, brincando e correndo pelo lugar. Contudo, mesmo assim conseguia notar os olhares ingênuos e curiosos em sua direção quando passeava pelo lugar admirando cada rostinho infantil.
Naquele momento ela nem se preocupou com Ronald que estava entediado ao seu lado. Internamente ela escondeu a própria ansiedade esperando pela data que poderia ir até o orfanato decidir qual criança o casal estéril poderia escolher para criar.
Havia outros casais espalhados pelo lugar, conseguia notar deslumbramento até tédio nas expressões adultas. Algo dentro de si sabia que ter pessoas incomodadas de estarem ali e apenas por causa de uma lei não era nada legal, pensamentos macabros povoaram sua mente pensando em como algumas crianças seriam criadas por pessoas daquele jeito.
Lilá suspirou.
Ela passou seus olhos até observar uma criança solitária, estavam no quintal do orfanato, uma parte com a grama baixa, brinquedos, mesas de madeira espalhadas pelo lugar e ela parecia uma parte sobrando daquela imagem, era uma menina que tinha cabelos castanhos e bem cacheados, ela usava a roupa do orfanato, uma calça e uma camisa fina, tinha em mãos uma boneca enquanto se balançava devagar. Ela não queria se aproximar de nenhuma criança e escondia seu rosto quando algum adulto olhava para ela com alguma atenção extra.
Imaginou que deveria ter em torno de uns cinco anos. Quando ela levantou o rosto olhando ao redor de maneira tímida, o coração de Lilá acelerou apaixonadamente. Involuntariamente ela abriu um sorriso quando observava a menina.
Lilá sempre desejou ser mãe e naquele instante se sentia feliz, ansiosa e apavorada com a ideia de poder ser chamada de mãe. Não sabia o que deveria fazer, nem como se comportar, ela estava perdida, mas tinha noção que iria aprender e iria conseguir ser uma boa mãe.
— Qual é o nome daquela? — Lilá perguntou olhando para uma das funcionárias que passava na sua frente. Ela chamou a atenção da mulher que olhou para ela e depois para a menina.
— O nome dela é Hadassa.
— Ela é linda… — Lilá suspirou.
— Lilá, não. Eu disse que quero uma criança ruiva. — Ronald disse com sua voz grossa.
