Eu sempre sonhei em ser uma agente do FBI e quando consegui realizar o meu maior desejo, o destino brincou comigo, me usou como um tabuleiro de xadrez e derrubou todas as minhas peças destruindo tudo dentro de mim.
No fundo sempre soube que tudo qu...
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Estou sendo cruel para ser gentil .
Adele - Love in the Dark
No momento em que os meus olhos se abriram e enxerguei o teto branco um grito apavorado encheu a minha boca, lembranças invadiram a minha mente, tão cruéis e tão certeiras. Imagens me levaram até aquele dia, no qual acordei sozinha exatamente como agora. Uma mão retirou a minha máscara de oxigênio e logo senti braços fortes ao meu redor, me apertando e falando em meu ouvido.
— Estou aqui, Jess. — Diz enfaticamente. — Volte para mim. — Pediu deixando um singelo beijo em meu ombro. — Não sei o que está pensando, Céuzinho, mas te garanto que está segura e bem. — Informa traçando linhas em minhas costas com os seus dedos. — Por favor, volte para mim e me fuzile com esses belos olhos azuis emburradamente. — Uma risada saiu junto com o soluço e encarei o James, nossos olhares ficaram presos um no outro e puxei uma respiração.
Ele me ouviu.
— Obrigada por salvar a minha vida. — Agradeço encarando suas duas órbitas castanhas.
— Não há nenhuma possibilidade de você parar de respirar, Jess. — Enfatiza ele ainda com o seu corpo colado ao meu. — Um arrepio quente reverbera pelo o meu corpo e me sentindo embaraçada quebro a linha tênue que nos matinha e viro o meu rosto em direção ao braço que estava recebendo alguma medicação.
— Há quanto tempo estou aqui? — Perguntei, tentando me sentar na cama e rapidamente suas grandes mãos se firmaram em minha pele, seus braços fortes me ergueram com cuidado e logo me depositou na cama do jeito que eu estava desejando.
—Você chegou no hospital há cerca de três horas e dez minutos. — Diz ele e quando tento falar novamente, minha voz sai meio arranhada e como sempre atento, meu parceiro percebe e caminha até um pequeno refrigerador que havia ali, com as suas mãos ele pega uma garrafa de água e logo depois caminha de volta para mim. Levanto a minha mão para pegar a garrafa, mas como sempre o James tinha o seu próprio jeitinho de ser.
— Eu te ajudo, Céuzinho. — Declara suavemente movendo seus dedos até o meu queixo e depositando o bico da garrafa entre os meus lábios com cuidado. Aos poucos vou engolindo todo o conteúdo da embalagem descartável de plástico e quando estou na metade me afasto.
— Você me assustou muito, sabia? — Indaga sem deixar de estudar o meu rosto, sem saber o que dizer, além de expressar o meu arrependimento por não ter dito a verdade quando precisei, mudo de assunto, mesmo assim sabia que o James não desistiria de saber o que me motivou a mentir.
— Você não deveria chamar um médico ou uma enfermeira? — Perguntei tentando desviar do assunto e lembrá-lo que é isso que os acompanhantes fazem quando o doente acorda em um hospital. Já acordei em um hospital antes, da outra eu estava sozinha, mas desta vez eu tinha alguém comigo,
