Eu sempre sonhei em ser uma agente do FBI e quando consegui realizar o meu maior desejo, o destino brincou comigo, me usou como um tabuleiro de xadrez e derrubou todas as minhas peças destruindo tudo dentro de mim.
No fundo sempre soube que tudo qu...
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Encaro o rosto da minha parceira quase caindo no sono e exponho as palavras que estavam arranhando a minha garganta e sufocando o meu peito.
— Obrigada, Jess. Obrigada por ter tentado ficar viva. — Sussurro em seu ouvido. — Não sei o que faria se tivesse te encontrado morta ali. — Confesso passando o meu polegar ao redor dos seus olhos.
Por muitos minutos fico ali observando a minha parceira, perdido no seu belo rosto conforme ela descansava suavemente, suspiro fundo e respiro o seu belo aroma doce e quando me dou conta estou tão perdido no mundo dos sonhos como ela.
[...]
— James.... — Um sussurro fraco e fino vem até mim, me chamando em sua belíssima direção. — Jamesss. — Um pouco mais alto a voz doce se faz presente. — Jamesss! — Um tapa forte em meu antebraço me faz abri os olhos instantaneamente e fitar as órbitas azuis, tão profundas, como oceanos mal explorados.
— Porra, Jess! — Reclamo e me afasto descendo da cama enquanto ela observa cada um dos meus passos.
— Não queria te bater, mas seu braço estava me apertando com muita força e minhas costas doem. — Responde de volta e no mesmo momento me esqueço de qualquer tentativa de discursão e vou até ela realmente tentando saber como ela está.
— Está tudo bem? — Pergunto e ela demora um pouco antes de acenar com a cabeça. Naquele momento, pela tensão que desabou pelo seu corpo e rosto descobri os seus próximos passos. Ela se fecharia outra vez, tentando me afastar dela em seguida, por algo que só a mesma sabe.
— Cadê o seu notebook? — Pergunta mudando para um assunto muito mais prático para ela.
— Por qual motivo está me perguntando isso? — Indago e ela olha para mim como se a resposta fosse óbvia. Sim, de fato é, mas não é assim que funciona comigo Jess. Gosto de ouvi-la falar e se expressar.
— Investigação, agente Becker. — Sério que ela voltou a me chamar pela a porra do codinome, logo depois de dizer que gosta da minha companhia e dormir com a cabeça em meu peito?
— Você acha mesmo que eu me lembrei disso? — Perguntei cruzando os braços e fitando seriamente o seu rosto.
— Precisamos concluir esse caso o mais rápido possível. — Reforçou, olhando dedicadamente para mim.
— Há outros agentes que também estão trabalhando nisso, Céuzinho. — Comunico de volta a fazendo morder os lábios e logo depois se mexer desconfortavelmente na cama.
— Quer ajuda para mudar o travesseiro, Céuzinho? — Questiono e seus olhos se direcionam até os meus e por alguns segundos fico confuso com tudo que está ali, parecia que ela estava guerreando com a sua própria mente e não sabendo como ou que sentir.
— Sim, eu sei disso. — Argumenta, quebrando os nossos olhares e respirando fundo duas vezes antes de se voltar em minha direção, dou um passo à frente e fico mais próximo do seu rosto. — Eu quero resolver esse caso. — Afirma em um tom decidido.