A primeira noite

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Harry tinha experiência e Draco certamente tinha muito mais, os corpos deles tinham química juntos, portanto, obviamente foi uma ótima noite para ambos.

— Você disse que já tinha se preparado, mas está apertado. Está doendo? — Harry indagava enquanto beijava a parte interna das coxas do loiro, suas mãos trabalhavam para o preparar.

— Como se você conseguisse me machucar, Potter. — ele declarou com toda sua arrogância, o sobrenome parecia carregar até uma entonação odiosa especial.

Se em algum momento Potter estava hesitante ou com pena de Draco, tudo foi esquecido naquele instante, quando ele soltou um riso desacreditado na prepotência do homem à sua frente.

— Sei que quis insinuar que não tenho força para isso, mas também quero pontuar que não sou capaz.

— Oh, claro, como o bom moço que é — o loiro dizia de modo debochado mesmo que estivesse ofegante não perdia a pose.

Mas uma chama brilhava nos olhos de Harry, nunca se sentiu tão tentado a ver a prepotência sumir de um rosto, queria desmanchar a arrogância de Draco e fazer os olhos dele revirarem de prazer. E assim o fez, várias vezes, e não podia mentir para si mesmo, gostou de vê-lo implorar por mais.

Em certo momento, Harry relaxou em êxtase, deixou-se cair sobre Draco, apesar de tentar apoiar a maior parte do peso no sofá e não em cima do loiro. Mesmo não vendo o rosto dele, sentiu seu sorriso, um sussurro morno dizendo: "quero testar seu colchão" e não hesitou em guiá-lo para o quarto, assim que seu pé entrou no cômodo, foi puxado para um beijo desesperado. Estava sem ar. Seria uma longa noite, e mais um vez, a culpa de estar acordado era aquele vizinho estranho.

...

O céu estava em seu mais belo tom de azul, haviam pouquíssimas nuvens e o sol brilhava majestosamente. Draco amava tudo naquele lugar, a areia em seus pés estava quente e mesmo assim não se importava, corria e gargalhava com sua mãe, a água gelada o fazia bater o queixo mais isso pouco importava. "É refrescante", o pai dizia espirrando a água no garotinho.

Queria viver pra sempre naquela praia, naquela memória, mas isso era impossível e ele aprendeu do pior jeito que as coisas nunca continuam as mesmas e as pessoas também não.

— Draco, não faça isso, por favor — sua mãe chorava tentando impedi-lo.

— Deixe ele ir, Narcisa — o pai disse indiferente como sempre.

A mesma praia parecia sombria naquela noite, não haviam estrelas enfeitando o céu, a lua estava coberta por uma nuvem e algo na maresia parecia chamar Draco para dentro do mar. Enquanto a água invadia seus pulmões se arrependeu de escolher esse método, era muito mais fácil se jogar de uma ponte, se afogar ardia, era desesperador, seus braços se movimentavam sozinhos tentando ir para a superfície, suas pernas se mexiam tentado encontrar o chão e o corpo implorava por oxigênio.

— Draco, está tudo bem? — podia jurar que era a voz de Narcisa, mas de repente abriu os olhos e era Harry e sua carinha de cachorro preocupado com o dono.

— Foi só um pesadelo, não precisa se desesperar. — o loiro então notou que estava suado mesmo o clima não estando quente, ainda estava desnorteado e não fazia ideia do porque falou a verdade para Harry, mas não estava afim de compartilhar histórias como confidentes com o cara que havia acabado de transar.

— Mas você não me parece nada bem.

— Isso é culpa sua, mal dormi de madrugada, não tem como ficar bem — o loiro sorriu com a insinuação.

Harry deveria imaginar que Draco iria usar essa tática suja para mudar de assunto, e funcionou, pois imediatamente as memórias do dia anterior inundaram sua mente e sentiu seu rosto esquentar se lembrando.

Crash into me - DrarryOnde as histórias ganham vida. Descobre agora