02 - SOMBRAS QUE UIVAM

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   A LUA BRILHAVA NO CÉU e a sua luz parecia sussurrar o seu nome

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A LUA BRILHAVA NO CÉU e a sua luz parecia sussurrar o seu nome. Ela corriam pela floresta uivando e lamentando, sua busca era incessante e impossível - ela nunca poderia encontrar os irmãos novamente. A morte sempre tomava, já que era de sua natureza selvagem destruir a vida. O papel dela era sobreviver, mas não sabia como fazer isso já que um lobo sem o seu bando era fraco, temos que nunca fosse conseguir.

Por isso lamentavam para a lua a sua dor, como se sua palidez e poder sobre a noite pudessem trazer os seus irmãos de volta e fazê-la encontrar o caminho de casa. O norte parecia tão distante e até inalcançável, ela não conhecia o caminho e nem estava habituada a liderar.

Inconsolável ela uivava pelos seus irmãos, dessa vez para os que estavam vivos, esperando que a luz do amanhecer revelassem para ela o paradeiro deles. Talvez pudessem se encontrar em sua selvageria e garantir que o que havia restado da alcateia conseguisse sobreviver.

Enquanto suas patas corriam, o cheiro do rio invadia suas narinas e a luz do luar banhava a floresta, Lyanna começou a despertar e Auriel começou a desvanecer. Às vezes Lyanna sonhava tanto com a loba que teve que ao despertar não sabia bem se estava acordando como uma mulher ou como uma fera.



TREINAR COM A LUZ DO SOL ESCALDANTE DE DORNE era difícil. No norte era possível sentir as juntas dos dedos doloridas devido ao frio e a roupa de pele e couro acrescentava um peso com a armadura, os golpes eram mais lentos porém pesados. Em Dorne Lyanna se sentia leve demais, fraca demais, a sensação de estar assando dentro de um forno também a deixava sem força. Os dois primeiros dias treinando foram tentando se acostumar com a sensação.

A armadura continuava pesada, mas a própria roupa tinha um efeito diferente no corpo dela. Ela fez questão de manter sua armadura nortenha e os objetos que tinham o brasão dos Starks, por mais que julgassem seu pai como um traidor, ela não deixaria de mostrar a sua Casa com orgulho. Pintou o rosto como quando as mulheres nortenha iam para a batalha, escurecendo ao redor dos olhos e colocando um enfeite na testa. Mestre Luwin sempre dizia que era um importante símbolo feminino que representava o terceiro olho e o despertar da alma. Lyanna de fato sentia sua alma desperta, não para os mistérios do mundo, mas sim para a vingança.

A SONG OF SNOW AND DUST | OBERYN MARTELLWhere stories live. Discover now