Capítulo 66: "Passei a noite no forró" - 1

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Mais alguns dias depois. Junho de 2014. Campina Grande.

Campina Grande é conhecida por seu enorme São João e como Rodolffo passou anos fora, nada é mais justo que estar presente em pelo menos um final no São João de sua terra.

Juliette estava super empolgada com a viagem e desta vez Rodolffo a tinha convencido que ficariam na casa dos seus pais, afinal eles também mereciam ter eles por perto por pelo menos um dia daquele fim de semana.

No início Juliette ainda sentiu receio, mas resolveu dá uma chance. Qualquer coisa, ela ia correndo para a casa de seus pais e tudo daria certo. Mas ela faria de tudo para que nada desagradável ocorresse por que ela sabia que isso era importante para Rodolffo, então ela fazia aquilo por ele e pelo prazer de vê-lo feliz junto a sua família.

Ao final do expediente de ambos e com o carro locado já a espera, eles seguira viagem. Não era um percurso longo, mas Juliette temia viajar a noite.

Juliette: amor, não corra muito. Aqui é muito perigoso.

Rodolffo: calma meu amor... Está tudo sob controle. Confie no seu marido, em São Paulo eu já enfrentei cada trânsito que tu nem imagina.

Juliette: eu não sabia que você tinha que dirigir por lá.

Rodolffo: na casa que me tornei caseiro eu fazia de tudo amor, então não se preocupe quando me ver dirigindo um carro... eu sei o quê estou fazendo.

Juliette ficou mais tranquila, mas ainda manteve os olhos vidrados na estrada. Ela tinha tido sonhos ultimamente que a deixaram um pouco preocupada com Rodolffo, mas ela atribuía aquilo a um acidente que havia ocorrido na empresa do seu marido. Mas ela sabia que Deus era maior qualquer pesadelo.

...

Eles chegaram em Campina Grande são e salvos, indo direto para a casa dos pais de Rodolffo.

Lá eles foram muito bem recebidos e com muito carinho acomodados. Vera preparou um delicioso jantar e pela primeira vez em anos Juliette sentiu que poderia conviver com aquela família.

Ela não conversou muito, mas ouviu bastante. Escutou Rodolffo e Juarez cantarem músicas e rirem das piadas mais sem graça, mas ela via que Rodolffo estava feliz e isso valia muito a pena.

Quando se sentiu cansada de ver o marido e o sogro jogar cartas, ela resolveu se recolher ao quarto que tinha sido o de Rodolffo desde sempre.

Vera: eu organizei tudo para que vocês se sintam bem. Espero que estejam confortáveis. Colocamos uma cama de casal para vocês. - ela disse sorridente.

Juliette: obrigada Vera.

Vera: estávamos estão ansiosos para que vocês chegassem.

Juliette: o jantar estava maravilhoso. Só não estou gostando muito do fato de Rodolffo estar bebendo um pouco a mais. Ele parece que vai ficar bêbado, não me lembro dele bêbado.

Vera: eu muito menos. Mas vou dizer a Juarez que já basta por hoje. Já está bem tarde.

Juliette: é verdade. Vou já dormir, estou cansada hoje. Obrigada Vera.

Vera: por nada. Descanse. Boa noite.

Juliette: Boa noite.

Juliette fechou a porta do quarto e  viu o quanto ele estava arrumado e perfumado. Vera havia caprichado bastante.

Juliette lembrou-se nesse momento de Izabella. Ela sempre gostou da sua cunhada, mas hoje por motivos de trabalho, ela não estava em casa e Juliette sentiu sua falta.

Aproveitou que Rodolffo demorava e resolveu tomar um banho para finalmente se arrumar, deitar e dormir. Não se demorou tanto e ela saiu do banheiro, vestiu sua camisola e estava passando seu hidratante quando Rodolffo entrou no quarto, fechando a porta em seguida. Ele estava um pouco alto.

Juliette: tu está bem?

Rodolffo: ótimo. - ele passou a chave na porta.

Juliette: tem certeza?

Rodolffo: tenho certeza. Inclusive... Eu tô te achando especialmente linda hoje. - ele disse se aproximando dela.

Juliette: amor... Tu tá um pouquinho bêbado... Que tal a gente deitar e dormir?

Rodolffo: eu não quero dormir. Eu quero você.

Juliette: Rodolffo... Estamos na casa dos teus pais. Que isso?

Rodolffo: desejo. Fogo. Vontade. Tudo junto de uma vez só. Eu te quero Julie. - ele falou abraçando ela por trás. - tu não me quer mais?

Juliette: claro que te quero, mas te avisei que devemos evitar por esses dias, lembra? Não é tu que quer esperar para encomendar um bebê. São só alguns dias...

Rodolffo: eu tiro antes... Eu juro!

Juliette: não faça juras que não pode cumprir... Sem álcool tá difícil cumprir imagina assim. Vamos dormir.

Rodolffo: por favor Julie... Por favor. - ele falou roçando a barba no seu pescoço.

Juliette: não faça isso... Eu não resisto tu sabe.

Rodolffo: então não resista. Se entregue para mim.

Um arrepio percorreu todo o corpo de Juliette e ela se virou para ele, onde um beijo foi iniciado e seu marido que sempre era delicado no ato, hoje estava mais apressado, com carícias mais ousadas e gemidos mais agudos.

Juliette: xiii... Eles podem ouvir.

Rodolffo: eu não me importo. Não ligo.

Com uma certa força ele depositou ela sobre a cama e dispensando rituais a tomou. Juliette ficou inebriada com algo tão novo. Era diferente de tudo que já tinham feito e o vigor de seu marido estava aumentado. Ele a fez gozar e continuou pleno e investindo pesado nela. Quando uma segunda onda de prazer tomou seu corpo, ela segurou forte o cabelo de Rodolffo e sentiu ele chegar ao pleno gozo dentro do seu corpo.

Juliette: isso foi... Foi... - com a voz trêmula. - incrível.

Rodolffo: você é incrível. - ele disse tentando controlar a respiração.

Juliette: acho que vou querer que tu beba mais...

Eles sorriram juntos e ficaram um a olhar para o outro.

Rodolffo: só foram três doses amor. Eu não estou bêbado. Só te desejo cada dia mais... É só isso.

Juliette: será que nos ouviram?

Rodolffo: não sei... Mas se ouviram foi tua culpa. Quem geme alto aqui é você.

Juliette deu um tapa em seu ombro.

Juliette: tudo culpa tua safado.

Rodolffo caiu na gargalhada e isso deve ter acordado até os vizinhos, imagina seus pais.

...

Continua.





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