Capítulo vinte e nove - Verdades

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É isso então, eu não vou para o fliperama com a Max, não vou passar o dia com minha família.

Eu chamei Steve para vir aqui para a casa, eu precisava contar a verdade para ele, fazer ele de bobo até o resto de minha vida? Eu não sou assim, ou sou?

Antes que o mesmo chegasse eu teria que arrumar meu quarto, porque eu também não posso receber ele com o quarto assim.

Quero dizer, eu não posso receber ninguém com o quarto assim, absolutamente ninguém. Isso seria uma falta de vergonha na cara e muito mais do que isso.

Eu precisava conversar sério com ele, não podia mais mentir na cara dura e eu acredito que ele poderia até mesmo me ajudar de alguma forma. Só não sei como.

Coloquei War Machine - Kiss para tocar e logo comecei a arrumar o mesmo. Comecei pela cama o próximo foi a penteadeira, depois o banheiro o chão e por fim, eu teria que limpar a janela.

Ah, a janela. Eu temia abri-la. Pelo menos depois de ontem seria horrível, o que diabos eu poderia ver? O que poderia ouvir? E o que eu iria falar?

Talvez tenha sido uma má ideia. Talvez eu deveria ter esquecido sobre esse assunto.

Não foi errado, pela primeira vez você tá fazendo a coisa certa, Maya. Mentir para o Steve e para a Max foi a pior coisa já feita.

Depois de um longo tempo deitada em minha cama encarando o teto resolvi por fim, não limpar a janela.

A porta de meu quarto foi aberta revelando Hopper atrás da mesma.

- Maya eu... - Ele olhou em volta incrédulo com os olhos um pouco arregalados. - O que... Você arrumou o quarto? - Ele perguntou confuso e eu assenti. - Que tipo de... Que tipo de demônio te possuiu?

- Demônio? Do você tá falando? - Curvei o cenho olhando em volta.

- Isso é uma brincadeira?

- Brincadeira? O que?!

- Ah - Ele ficou de boquiaberta ainda olhando em volta do quarto. - , nada.

- Ah, tanto faz, eu tô esperando alguém. O que você ia dizer? - Perguntei.

- Esperando alguém? - Ele curvou o cenho confuso.

- O que você ia dizer? - Pergunto novamente.

- Que eu já estou indo. E que é pra você ficar de olho na Onze. - Ele apontou para mim com o dedo indicador.

- Tudo bem, hoje é segunda. Isso significa que eu vou pra escola, o que também significa que ela vai ter que ficar em casa sozinha. - Disse como se fosse óbvio.

- Eu me esqueci... - Ele lambeu os lábios.

- Tudo bem. Acontece. - Me levanto.

- Quem você está esperando? - Ele sorriu de lado.

- O Steve.

- O Steve?

- Sim. - Assenti indo até o guarda roupa.

- O que ele vai fazer aqui? - Perguntou.

- Vamos conversar. - Ele cerrou os olhos em minha direção. - Só conversar.

- Tudo bem - Ele assentiu entrando dentro de meu quarto. - , mas quem me garante que você não está mentindo para mim que nem da outra vez?

- Outra vez?

- Quando você disse que ia sair com o Steve, e no fim, não era o carro do Steve que vei te buscar. - Ele me olhou sério.

- Eu não tenho nada com o Billy, pai.

Entre amor e ódio - Billy HargroveWhere stories live. Discover now