Entre amor e ódio - Billy Hargrove

Capítulo quarenta e cinco - 05:54 A.M.

05:54 AM.

- Bom dia, Hopper. - Disse ao ver o mais velho adentrar a cozinha.

Na noite passada eu não peguei os olhos bem um segundo, passei a noite em claro andando de um lado para o outro e aproveitei a situação para pensar sobre a minha fantasia de Halloween.

Ele me olhou curioso ainda se aproximando, ele usava seu traje de xerife. Sentou-se a mesa e me encarou. Eu estava sentada no sofá, meus olhos pesavam mas nenhuma tentativa de dormir dara certo.

- O que faz acordada tão cedo? - Perguntou indo em direção ao fogão para esquentar a água.

- Não preguei os olhos a noite inteira - Dei de ombros. - , estou acabada.

- Percebi. - Me lançou um olhar sério. - Aconteceu alguma coisa? - Ele preparava a garrafa de café.

Bocejei sentindo o cheiro do pó de café e então neguei.

- Não - Neguei com a cabeça. - , mas meu dia foi exaustivo ontem... - Deitei a cabeça sobre o braço do sofá.

- Não falamos sobre seus poderes.

Revirei os olhos antes de erguer o pescoço para encara-lo com uma feição preguiçosa.

- Não mesmo. - Bocejei mais uma vez.

Me juntei ao mesmo na mesa, a dor de cabeça havia melhorado, mas nada de mais. Ele me encarava antes de me entregar uma xícara fazendo um movimento rápido com a cabeça para a garrafa.

Coloquei um pouco do líquido preto na xícara antes de tomar um gole da bebida, senti o gosto amargo e quente descer por minha garganta e coloquei um pouco mais da bebida em minha xícara.

- De vagar. - Fez um movimento com a mão.

Tomei uma boa quantia da bebida agora, não estava quente o suficiente para que eu queimasse minha língua ou coisa assim, mas estava quente.

- Quer falar sobre eles? - Perguntou e eu ajeitei minha postura na cadeira.

- Bom - Fiz uma pausa. - , estão bem, se posso dizer assim...

- Como assim... Estão bem?

- Eu fiz um teste com Onze e, foi um sucesso! - Disse sem enrolação.

- Um sucesso? - Por Deus, estou gaguejando?

- Sim.

- Pode me falar melhor? - Deu um gole em seu café.

- Aah... - Resmunguei.

- Desde quando está acordada?

- Não sei, umas... - Pensei um pouco. - Desde as duas da manhã ou três, eu não olhei a hora.

Dei de ombros por fim tomando mais um gole.

- Você precisa dormir - Ele se levantou indo até a pia. - , sou o delegado e tenho de te dizer...

Deu uma pausa dramática enquanto lavava sua xícara e secava as mãos no guardanapo da cozinha.

- Está com muitas faltas na escola. Você tem seriamente que voltar para lá antes que algo de ruim aconteça. - Se apoiou no balcão. - Não quero que você repita de ano, imagina o exemplo que estaria dando a sua irmã. Imagine sua reputação.

Eu tenho uma reputação???

Suspirei fundo me levantando. Fui em sua direção e dei uma batidinha em seu ombro.

- Eu vou voltar e vou passar de ano, não se preocupe.

Me afastei do mesmo indo até meu quarto. Me levei até minha cama e me sentei na mesma encarando meu reflexo.

Eu tenho que dormir pelo menos um pouco...

Me deitei na cama sentindo meus músculos relaxarem, logo Hopper apareceu na porta do quarto me encarando e eu resmunguei.

— Antes que eu vá para o trabalho — Ele começa. — , o que você vai fazer no Halloween?

Halloween?

— Não sei, o Halloween é daqui uns... Dez dias?

— O Halloween é daqui três dias. — Afirma ele.

— Três dias?! — Me levanto em um pulo.

Com os olhos levemente arregalados eu rodiava meu quarto em círculos pensativa.

— Mas por que a pergunta? — O olhei.

— Curiosidade. — Deu de ombros.

— Não sei — Me sentei na cama por fim com as pernas inquietas. — , talvez eu vá a festa que Steve vai dar em sua casa, não tenho certeza. E eu ainda tenho o baile de Halloween da escola e... Ah, meu Deus! Minha fantasia! — O olhei com drama no olhar.

— Bom, quando você se resolver me fale. — Ele se vira mas eu o impedi de ir embora de um vez.

— E a Onze?

— O que tem ela? — Perguntou-me.

— Ela vai sair para pedir doces?

Ele faz uma careta para mim. Temos o combinado de ela não sair desacompanhada, por conta de seus poderes e algumas outras coisas, mas achei que poderíamos conversar sobre isso e abrir uma exceção.

— Ela não vai sair desacompanhada. — Disse ele sem uma expressão no olhar.

— Eu posso ir, ou falo com a Max sobre — Fui até o mais velho. — , eu dou um jeito.

Ele não disse nada mas o seu olhar não queria dizer um "sim".

Ele virou as costa e saiu andando. Se retirou da casa e eu voltei a me sentar em minha cama. Ainda tenho que escolher a maldita fantasia. Que seja apresentável para usar na escola e na festa de Halloween na casa de Steve.

Na escola á normas de vestimenta, nada muito curto e decotado para não chamarmos a atenção dos meninos. E, na festa de Steve não á normas de vestimenta.

E eu nem sei se eu vou com alguém á essa festa, muito menos se eu vou...

Gente, desculpem-me erros ortográficos ou coisas assim, eu escrevi com um pouco de pressa, minha semana está corrida com a volta as aulas e um pouco tanto quanto cansativa.