1. O COMEÇO.

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Stella Rhee.
Agosto de 2010.
Atlanta, Geórgia.

Acordei com o sol queimando meu rosto, aqui em Atlanta está fazendo muito calor nesses últimos dias. Olhei o relógio e vi que ainda são 07:00 então fechei meus olhos e pedi a mim mesma mais cinco minutos.

Mas como qualquer outro adulto que quer ter um futuro, também tenho minhas obrigações e preciso ir trabalhar.

Eu trabalho como detetive, eu amo o meu emprego embora tenha dias que eu não estou tão animada para descobrir como tal morto faleceu.

Quando mais nova, eu e o meu irmão não éramos próximos ao resto da família, então quando ficamos mais velhos nos mudamos para o interior de Geórgia, especificamente em Cynthiana.

Depois de um tempo naquela cidade, eu decidi vir para Atlanta em busca de novas oportunidades, fiz faculdade e me formei como detetive.

Antes de me levantar, peguei o meu celular que estava na escrivaninha e vi que tinham algumas ligações perdidas do meu irmão, então preocupada resolvo retornar a ligação.

- ...

‐ Alô.

‐ Oi irmão, 'tá tudo bem? Você ligou.

‐ Oi mana, eu 'tô bem, liguei apenas para te contar que consegui um emprego novo aqui, é como entregador de pizzas mas já quebra um galho.

‐ Parabéns Glenn, estou muito feliz por você. Eu fiquei até preocupada, já que você nunca liga sem motivos para sua irmã.

‐ Foi mal Tella, prometo ligar mais vezes. Queria que você estivesse aqui.

‐ Também sinto a sua falta.

‐ É claro que sente, sou eu.

‐ Bobo como sempre, mas agora eu tenho que ir trabalhar, te ligo depois?

‐ Claro irmã, até.

(...)

Desligo o telefone e finalmente me levanto, vou até o banheiro e encho a banheira com uma boa e velha água quente.

Quando saio do banho coloco meu roupão e vou escovar meus dentes, depois disso escolho uma roupa típica para ir ao trabalho. Calça jeans e uma camisa qualquer de manga longa.

Pego minhas chaves e logo em seguida já recebo a notificação com o endereço do local que tenho que ir. Como estou com pressa e não dá tempo de comer nada, decido comprar qualquer coisa no caminho.

Entro no carro e sigo.

Chegando ao local do crime já avisto a perita examinando, dou um leve aceno e vou pegar as informações principais no arquivo.

A vítima é Josh Miller, apenas um adolescente de quinze anos, vejo que estava com a mochila escolar, mal posso imaginar a dor da família dessa criança.

Me aproximo da nossa perita, Julia, que também é minha melhor amiga.

O que descobriu? – Pergunto para ela mas ainda olhando o corpo.

Bom, não tem nenhum osso quebrado, apenas alguns arranhões e algo que parece ser uma mordida nas costas, um canibal talvez? – Diz ela me mostrando os hematomas.

Vi que fazia mais ou menos uma hora e meia que a vítima estava morta, tinham sinais de luta mas nenhuma testemunha ou câmera de segurança no local.

A mochila está intacta com tudo que tem valor, não foi um assalto que deu errado. Você conseguiu algo com o celular? – Falei.

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