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                               𝐕𝐈𝐃𝐀
𝙅𝙐𝙉𝙂𝙆𝙊𝙊𝙆

Mantive meu olhar pela janela do carro, tudo na grande Seoul parece ter mudado, mas de certa forma me parecia igual. A noite se estendia pelo céu deixando a lua em evidência. Pude sentir meu lobo uivar dentro de mim. Não demorou muito então o carro parou em frente ao grande portão, estava em casa.

Ao entrar pelas portas pude ver como tudo estava limpo e em seu devido lugar, fico feliz que Hoseok manteve tudo em seus conformes, não sei o que seria de mim sem ele. Subi as escadas grandiosas vendo o quadro do meu pai ali, de fato que Jeon Do-yun foi um homem narcisista, egocêntreco, mas também foi um bom pai, um homem presente que me amou e criou o meu primo -seu sobrinho- Hoseok. Continuei a andar até chegar ao meu quarto.

- Nada mudou.

Mais tarde naquela mesma noite fui para a Heart Of Glass, a primeira casa noturna que meu pai fundou e o início de todos os nossos negócios. Como esperado estava movimentada, havia algumas pessoas dançando com seus feromônios misturados, olhei para alguns ômegas e recebi seus olhares sedentos de volta. Sorri ladinho. A noite pode ser interessante.

Fui até o bar a fim de encher a cara até Hoseok chegar, quando vi do outro lado do balcão uma criatura pequena e magra com o tom palido e o cheiro delicioso de rosas fazendo meu alfa rugir. Lhe pedi para me servi uma bebida e mantive meus olhos no ômega que parecia estar muito concentrado em me ignorar. Continuei o analisando, seus cabelos loiros, labios carnudos varri meu olhar por todo seu rosto até descer e ver aquela marca. Isso não pode ser boa coisa, aprendi meu olho nela a vendo vermelha e irritada.

"Então quer dizer que temos um alfa infiel."

Talvez usando de persuasão eu consigo alguma coisa. Casamentos danificados  sempre geram uma foda gostosa e eu estou louco  pra me enterrar naquela bundinha redondinha.

Logo depois o vi fazer caretas então Hoseok se aproximou e conversaram baixinho e breve, logo a atenção do ômega mais velho caiu sobre mim.

- Quer dizer que você some por dois anos e resolve aparecer sem dizer uma palavra? - Seu tom foi bravo - Venha.

O segui até o escritório. O lugar não mudou muito, a mesa de mogno continua ali, o sofá vermelho também. Uma enxurrada de lembranças  me atingiram e todas envolviam meu pai, sorri comigo mesmo.

- Idiota! - os braços acolhedores me cercaram, o abracei de volta - Senti sua falta pirralho.

- Também senti a sua hobi. Eu sei que não foi justo ficar esses anos fora, mas eu só precisava de um tempo pra mim.

- Eu sei criança - me soltou sorrindo - fico feliz que esteja de volta, sei que trabalhou muito também trazendo investidores e compradores. Mas agora você vai ficar aqui, no seu lugar de direito!

- Também é o seu, você é o mais velho.

- Do-yun pode ter me criado como um filho, mas esse lugar é seu. O titio ficaria feliz com isso.

- Eu sei que sim. - olhei em volta até retornar ao ômega - e como anda o casamento? Quero ser devidamente apresentado ao meu cunhado, claro ainda espero ele pedir a minha benção pra ficar com você. - disse lhe provocando - não vou deixar qualquer alfa por as patas imundas em você. - isso é verdade.

- Você vai conhecê-lo! - disse risonho - podemos almoçar amanhã, o que acha? Eu faço seu prato preferido!

- Por Luna! Sim! Não sabe o quanto eu senti falta da sua comida.

- Não seja exagerado! Você deve ter frequentado os melhores  restaurantea daquele país - Isso era verdade, mas nada se compara com o gostinho de estar em casa.

Heart Of GlassWhere stories live. Discover now