𝓣ℎree

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                    𝑬𝑳𝑬 É 𝑫𝑶 𝑪𝑯𝑬𝑭𝑬
                       (𝗇𝖺̃𝗈 𝗋𝖾𝗏𝗂𝗌𝖺𝖽𝗈)
𝗝𝗜𝗠𝗜𝗡

— Que porra é essa? Acha que eu sou o que?! Eu quero comida que
preste nessa merda! Você acha o que ômega imbecil?

Não eram nem nove da manhã e Ji-hoon já estava me gritando por
alguma coisa, normalmente é pelo
café da manhã, está frio quando ele acorda ou então por que o meu
filho chorou em algum momento durante a noite. Hoje é a primeira
opção, felizmente, tenho medo do que ele poderia fazer com meu pequeno caso esteja com raiva.

Diferente do que ele diz meu filhote é muito calmo e bem comportado. O que me preocupa mesmo é ele ser um tanto pequeno
para sua idade, porém estou ciente de que se deve a falta de uma
presença alfa em seu dia a dia já que Ji-hoon faz de tudo para se manter longe e eu agradeço aos céus por isso.

Andei de um lado a outro com Félix nos meus braços o cobrindo com meu cheiro para que a presença irritadiça de Ji-hoon não o afete.

- Que porra Jimin! É por isso que eu não fico nessa merda! Nem
tratar seu homem você sabe! Eu deveria ir aí te dar uma lição!

Engoli em seco, a última vez que isso aconteceu fiquei um tempo sem ar do soco no estômago e
como tem apenas uma semana há marcas roxas.

- Preciso sair daqui. — murmurei abraçando ainda mais meu filhote.

Poucos minutos depois ouvi a porta batente com força e suspirei aliviado. Ele saiu.

O quarto de Félix é o mais
completo e confortável possível, um amarelo claro cobria as
paredes, a cômoda, guarda-roupa e berço são marrom e também
havia um cercadinho para ele. É pequeno, mas fiz tudo da melhor forma possível para que ele se
sinta seguro aqui.

O coloquei no cercadinho e fui até
o quarto onde eu dormia pegando meu travesseiro e voltei para perto do filhote, me deitando ali no chão mesmo.

                              ***

Almocei acompanhado do meu bebê, enquanto eu comia minha comida, ele dava conta de sua
papinha de verduras que eu havia feito.

- Faz "aaaa" pro papai, meu amor.

O alfinha fez um "aaaa" adorável e sacudiu seus bracinhos gordinhos
quando lhe dei uma colherada com a papinha. Tudo o que ele faz é fofo, é adorável e me faz querer ter algo melhor na vida. Depois de alimentados o peguei no colo para nos limpar então fui até o quarto
pegar minha carteira e uma bolsa de fraldas. Iríamos às compras.

                               ***

Todo meu dia foi agradável, Ji-hoon não apareceu antes das oito da noite e meu bebê já dormia.

- Ji-hoon... - ganhei sua atenção - Estou indo trabalhar.

- A porcaria do seu filho já tá dormindo? Por que eu não vou cuidar de ninguém!

Engoli todos os palavrões que quis soltar e mantive a calma.

— Félix já está dormindo, só deve acordar pela manhã, mas já estarei aqui.

— Tá, tá, tá... Agora sai logo daqui que eu quero assistir TV!

A Heart Of Glass ficava em um bairro classe média de Seoul então eu teria de pegar o metrô
e um ônibus para chegar lá. O percurso era de em média quarenta e cinco minutos se não houver nenhum atraso e graças
a Luna hoje foi um desses dias. Como esperado os seguranças já estavam ali assim como outros barmans e as dançarinas, todos
já em seus postos, o pessoal que cuida do som já estava passando
algumas músicas e eu fui para trás do balcão pegar algumas frutas
- que irei usar - deixei as bebidas já disposta para mim junto assim como os copos. Poucos minutos depois as portas haviam sido abertas e logo isso aqui ficou animado. Fiquei servindo bebidas por bastante tempo até que aquele cheiro se fez presente, mas parecia distante.

Heart Of GlassOnde as histórias ganham vida. Descobre agora