Capítulo 018

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— N-Não… — resmungava o moreno deitado na cama da enfermaria da cidade, se contorcendo e queimando em febre.

— Baby, eu estou aqui. — sussurrou Taehyung, acariciando as madeixas úmidas de suor do menor e vendo como ele parecia tão fragilizado. — Eu vou encontrar a cura para você.

A enfermeira tinha acabado de se retirar após medicar Jeongguk, dando espaço para que Taehyung pudesse ficar e também segurar na mão dele.

Conhecia o Tenente Kim há muito tempo, desde que trabalhavam juntos na marinha e a senhorita Lee Bomi nunca tinha visto o mais velho agindo assim: tão preocupado, protetor e acolhedor com alguém. Fazia tanto tempo, talvez mais de oito meses  se não estivesse enganada que Taehyung não se permitia ter alguém novamente, ela mesma foi uma da qual tentou investir e foi negada educadamente pelo Kim.

Bastou esse garoto chegar para mudar Taehyung, trazer de volta aquele ar humorado e também mais neutro para o Tenente que muitos chamavam de mal humorado. Jeongguk apareceu e simplesmente trouxe de volta uma luz para Taehyung, enchendo a vida dele com felicidade mais uma vez.

— Tenente, estamos fazendo o possível para evitar a transformação do garoto. — disse Bomi, analisando os exames que tinha feito no Jeon e vendo que o medicamento contra vírus estava dando certo, mas por enquanto. — Mas isso vai depender do organismo e dele próprio para lutar contra esse vírus.

— Quais são as chances de retardar mais ainda o avanço do vírus e a transformação? — questionou Taehyung, acariciando os cabelos molhados de suor do menor e suspirando pesadamente. — Pelo menos até eu conseguir a cura, porque eu descobri que pode existir.

— Vamos tentar o possível para que possamos retardar o processo de transformação dele, mas não posso garantir que Jeongguk vai suportar os medicamentos. — comentou a enfermeira Lee, sentindo pena do Tenente pelo jeito que se encontrava aflito pelo garoto. — Sabemos o quanto esse garoto é especial na sua vida, Tenente Kim. É uma pena saber que mais uma vez a sua felicidade está em risco.

— Obrigado pelas palavras, Bomi. — agradeceu o Kim, vendo que o menor estava se remexendo novamente e lentamente se aproximou, abraçando o corpo dele. — Vai ficar tudo bem, amor. Seja forte por nós.

[ ❂ ]

Cinco dias se passaram e Jeongguk teve de voltar para casa, mas Taehyung não se sentia confiante em deixá-lo sozinho, pois ainda estava debilitado e com uma fome excessiva nunca vista antes.

Eram os efeitos da transformação acontecendo e Taehyung notou que começava de dentro para fora, já que o vírus foi injetado no menor. Mais uma preocupação estava afligindo o Kim, porque a fome excessiva do moreno denunciava que o vírus estava se fortalecendo e eles nem estavam perto de conseguir armar uma arapuca para prender o senhor Jeon.

Neste exato momento, Taehyung se encontrava fechando a porta da geladeira e tirando um pedaço de carne que restou do jantar das mãos de Jeongguk, este que chegou a rosnar pela sua atitude.

— Vamos para cama, amor. — sussurrou o mais velho, tocando no ombro do menor e acariciando lentamente, tentando afastá-lo da geladeira. — Você pode passar mal comendo assim.

— T-Tae… — chamou o menor, a sua voz falhada ao ver o que estava fazendo e apenas se aconchegou no corpo do mais velho, chorando contra o peito dele. — E-Eu não aguento mais isso dentro de mim.

— Calma, baby. — pediu Taehyung, aconchegando o moreno nos seus braços e plantando um breve selar na testa dele, ouvindo os soluços baixos do choro sofrido. — Vai ficar tudo bem.

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