𝐃𝐚𝐧𝐠𝐞𝐫𝐨𝐮𝐬 𝐋𝐨𝐯𝐞 | 𝐑𝐨𝐬𝐚𝐥𝐢𝐞 𝐇𝐚𝐥𝐞

𝟺𝟶 • 𝙸𝚝𝚊́𝚕𝚒𝚊

Pov Rosalie

Eu lembro de uma vez, em uma de nossas conversas, que Maylla tinha descendência em italiano. Seu tataravô saiu da Itália para trabalhar e conheceu sua tataravó.

Antes mesmo dela saber disso, já era apaixonada pela Itália. Era seu sonho conhecer e até morar aqui.

Não foi atoa que eu quis passar minhas férias aqui. Eu poderia viver esse sonho por ela por algumas semanas.

Assim que pisei o pé em Roma, eu me senti mais perto dela, principalmente com Bree ao meu lado.

O dia estava ensolarado, então alugamos dois carros e fomos direto para o nosso hotel. Teríamos que esperar a noite chegar para conhecer um pouco da Itália, mas eu estava empolgada.

A Itália, pelo pouco que vi, parecia romântica. A cidade era tão antiga, cheias de coisas históricas, palco para tantos filmes de romance, Maylla teria adorado este lugar. Ela era uma grande admiradora de filmes genéricos de terror e romance.

Eu sorri ao pensar isso. Eu aproveitaria as férias ao máximo.

───⊱◈ ◈⊰───

A noite havia chegado e com ela, nós saímos do hotel.

Explorávamos a cidade de Roma e eu me apaixonava por cada detalhe.

Eu não me reconhecia mais, mas de uma forma boa.

Desde a morte de Maylla, tudo em mim havia mudado. Graças a Bree também. Ela tirava o melhor de mim.

Nós andávamos pelas ruas de Roma grudadas uma na outra, sorriamos e conversávamos sobre o que víamos.

A maioria dos comércios já estavam fechados, mas nem todos.

E então eu vi, duas mulheres conversavam enquanto estavam sentadas para fora de um restaurante.

Uma estava de costa, seus cabelos eram como os de Maylla: cacheados, grande e castanho. Por um segundo, pude ouvir a voz dela.

Subitamente eu me aproximei e toquei seu ombro, a felicidade divina estava quase tomando conta de todo o meu ser.

Era como se um sonho tivesse se tornado realidade. Ela estava bem na minha frente, viva e bem. Era tudo o que eu almejei por anos.

Ela se virou e me olhou confusa, a mulher que estava em sua frente estava igualmente confusa.

— Scusa, ti conosco? - indagou a mulher.

Meu sorriso diminuiu e a vergonha e tristeza tomaram conta de todo o meu ser.

— Scusa mi sono confuso!

Não era ela. Mas é claro que não seria, o que deu em mim?

Alice veio até mim e segurou meu ombro, me levando de volta para o nosso grupo. Todos me olhavam preocupados.

— Eu estou bem, parem de me olhar assim! - indaguei irritada e acelerei meu passo os deixando para trás.

Bree me alcançou e entrelaçou seu braço no meu.

— Tudo bem? - perguntou ela.

Eu assenti e continuei andando. Era vergonhoso demais.

Talvez eu não estivesse tão bem quanto pensava, mas era compreensível, não é? Treze anos era pouco para uma eternidade que me esperava.

Tentei me distrair com minha família. Tudo estava indo bem, eu não podia fraquejar agora. Não podia.

Logo senti uma paz invadir o meu ser. Olhei para Jasper e sorri em agradecimento.