Capitulo 5

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Havia se passado duas semanas desde o início das aulas, logo começariam os trabalhos e depois as provas de começo de semestre.

Nitta depois do acidente achava que realmente estava vivendo um filme, fazendo o possível para me chatear, mesmo não conseguindo nada.

Jim, Kade e até mesmo Yuki fizeram amizade com Mohn Luang Samanun, tataraneta do rei. Isso tornou a convivência um pouco mais complicado para mim. Não por Sam em si, pois a beleza fascinante e agora explicada da garota ainda me fascinava, tudo nela é simplesmente lindo e suas atitudes sempre fofas, exceto em seus surtos de humildade e suas patadas meio desenfreadas. Basicamente as vezes Sam surtava do nada, mas nunca pagou de doida, não leve a mal minhas palavras, seus surtos que digo se constitiam em me mandar figurinhas no meio da noite. Muita delas. Isso me fez notar que ela também não conseguia desenvolver muitos assuntos comigo e sim, eu era exclusiva nesse quesito e já tinha percebido.

Enfim, quem sempre me salvava desses episódios meio vergonhoso era Nop, e sem ofensas a Lady Sam, mas com Nop eu até conseguia respirar melhor.

Ao que eu tinha entendido, além do título honorável, Samamun também tinha a mãe que era uma atriz famosa e que também era dona de revista. E seu pai, que infelizmente, já havia partido, era o até então Mohn Laung que concedeu a ela a herança da realeza. E aparentemente tinha sua avó também, que lhe era muito protetora. Nisso, pensei o que Sam fazia fora da Tailandia, até pensei que poderia ser por sua mãe que trabalha por fora, mas desisti de tentar entender e se fosse da vontade da princesa, uma hora ela iria comentar.

Fugi do meu próprio foco quando uma voz tímida me chamou. Era Nop, ele se senta ao meu lado e me faz cócegas. Não seguro a gargalhada que sai de minha garganta e me contorço em seus braços, afinal sou muito sensível. Minhas amigas observam atentamente nossa interação.

- Ei vocês, vidas solteiras importam! - Surpreendemente quem reclama é Kade, a única não solteirona da gangue, pois sempre está de romance.

- Se controlem em público, crianças - Tee entra na zombaria, mas sei que ela o faz apenas por brincadeira. Afinal apenas eu e ela sabíamos a verdade sobre Nop.

Porém mesmo sabendo que era brincadeira, meu rosto não deixou de esquentar e ganhar uma coloração tão rosada quanto meu batom. No meio desse olhares curiosos sobre mim e Nop teve duas esferar enigmáticas como sempre me encarando. Samanun tinha esse costume, ela me olhava em qualquer situação que tinha a oportunidade, isso varia da sala de aula até fora dela. E eu gostava de saber que ela estava olhando sempre para mim. Mesmo que não disseste uma palavra.

- Já disse que não somos um casal - Tive a necessidade de explicar. Não era a primeira vez que eu reafirmava isso para minhas amigas, mas deveria ser a primeira vez que Sam nos ver tão íntimos, por algum motivo não queria que ela pensasse algo errado.

- Sério que vocês não são um casal? - Jim provoca - Olha pra vocês. Assumam!

Por fim notei a posição que estávamos, eu estava sentada de frente para as meninas e Nop sentou de lado para me abraçar pelo pescoço, eu falava com elas escorada em seu busto enquanto seus braços fortes e masculino me rodeavam o pescoço.

Senti minhas bochechas queimarem novamente e meus olhos correram novamente na princesa da mesa. Ela não parecia feliz com as constatações de nossas amigas. Seus olhos estava sérios e suas sobrancelhas arqueadas e as bochechas inflamadas. Gestos que eu já tinha notado que ela fazia quando está incomodada com algo. Me afastei insistavamente de Nop, dando lhe um pequeno empurrão.

- Não precisa ter vergonha de assumir esse relacionamento, Monzinha - Tee provoca, fazendo Nop gargalhar e eu reviro os olhos.

- Não tem o que assumir, Nop e eu somos apenas amigos! - Respondo, sentindo às bochechas esquentando novamente. Levanto meu olhar para Khun Sam e vejo duas bochechas ainda infladas.

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