𝐎 𝐙𝐮𝐦𝐛𝐢 𝐞𝐦 𝐎𝐧𝐞 𝐏𝐢𝐞𝐜𝐞

✿*:･ﾟ"A Raça". Capítulo 05

🇸 🇹 🇦 🇷 🇹

No meio da luta com Goran, que teimava escapar de minhas mãos como uma cobra, o oficial da marinha resolveu começar a usar sua akuma no mi, algo que já tinha ouvido e lido muitas vezes.

Sei que essas frutas, para os ignorantes, podem ser quase uma lenda. Vários poderes desconhecidos espalhados pelo mundo, essas eram frutas especiais que davam poderes a quem a come-se, pessoalmente achava muito perigoso que um ser humano mal-intencionado obtivesse em suas mãos um novo poder tão fácil assim.

Alguns acreditavam fielmente que tal coisa como uma "fruta do diabo" não existia e quando se depararam com um usuário acabavam muito mal.

Como sempre contrária a mim, Calissa achava interessante, de acordo com ela, quem tem poder tem tudo e mesmo que as pessoas que não mereciam receber, recebessem e atacassem, matassem e destruíssem vidas, isso não importava para ela.

Sempre tão interessada no mundo afora para ligar para os perigos que poderiam trazer, tenho certeza de que, se tivesse a oportunidade, me deixaria para trás assim como os meus pais fizeram.

Apesar da minha vontade não ser igual a de Calissa, não sou ignorante com o mundo lá fora. Sabemos tudo, nossa ilha pode ser escondida, ninguém pode saber da nossa existência, mas isso não nos delimita de forma alguma.

Sempre aprendendo cada vez mais sobre o mundo, sem descanso, seja pelo jornal trazido pelos news coo, gaivotas que levam cartazes de procurados e jornais por todo o mundo. Ao longo dos anos criamos grande afinidade com os pássaros que ganham pedras preciosas da ilha em troca de não delatarem ela para ninguém.

Podíamos ser um povo de uma ilha escondida e distante de tudo, mas temos consciência de que não podemos viver em paz se o perigo nos cerca de todos os lados.

Muitas vezes fomos alertados sobre os perigos de uma akuma no mi e sobre seus poderes, estudamos fielmente sobre elas graças aos anciões que cuidavam dos nossos estudos com diligência.

Por tal motivo não fiquei surpreso quando de repente surgiu uma espada que substituiu o braço de Goran como se realmente fosse uma parte do corpo.

— Gostou? Esse é meu poder, posso transformar qualquer parte do meu corpo em espadas afiadas que te cortarão ao meio em segundos— ele sorri, mostrando seu poder como se fosse algo realmente incrível, o que não é.

— Mais que aberração você é.

Goran me olha com raiva e, antes que voltasse a falar asneiras, o ataco primeiro, pegando-o pelo pescoço como já tinha feito antes. Para paralisar ou até mesmo matar ele de forma rápida, só precisaria de um aperto mais forte.

— Não tenho tempo para brincar com você, enquanto perco tempo aqui minha família está morrendo, então só vou te perguntar uma vez— com uma expressão cansada, perguntei mesmo sabendo a verdade.

— Quem te mandou aqui? E como descobriram nossa localização?

— Por que não me mata para descobrir... — Goran ri, de mim e, se aproxima com um sorriso, ele transforma seu outro braço em uma espécie de espada, se preparando para atacar— ... Ou, por acaso, você é um fracote como eles? Se for o caso, suas asas de barata serão minhas, hahaha!— ele se solta de minhas mãos e não faço grande esforço para pegá-lo de volta.