Extra II - Porchay

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Extra: Eu não acredito que vocês fazem coisinhas.


“Ele é um bebê, não deveria saber fazer coisinhas.O que está acontecendo?”

Fazia pouco mais de oito meses que Pete e Vegas sabiam e permitiram o namoro de Porchay com Macau, até aí tudo na mais perfeita paz, ou quase isso... Quase, ou perto disso.

Porchay estava rebelde para o horror de Pete e sua mente fértil. O garoto já tinha dezessete anos e isso era horrível para o mais velho.

Um dia quando o mais velho estava entrando em casa viu o filho aos beijos quase sentado no colo de Macau… O adolescente passou duas semanas sem ver o namorado por causa desse assanhamento. Pete botava ''pesado'' mesmo, ainda mais quando descobriu que o filho andava vendo pornô, ele quase não deixou Vegas dormir. Na realidade até agora ele ainda não esqueceu isso.

— Ok, Porchay pediu pro namorado dormir aqui. — Vegas disse deitado na cama com um livro aberto em seu peito enquanto observava o marido colocar o pijama. — Oito meses, duas semanas e quatro dias que permitimos esse namoro. Acho que devemos dar um voto de confiança.

— Joy disse que encontrou camisinha no quarto do Benji. — Pete disse deitando ao lado do marido. — Porchay daquela vez pediu camisinha… Será que ele já...? Diz pra minha mente que não, Vee.

— Duvido muito. — Vegas murmurou. — Você está assim porque descobriu que ele vê pornô. Nós vimos quando adolescentes também.

— É, mas era aquele pornô fajuto onde eu achava que ao abrir a porta de casa um cara gostoso iria entrar com o pau dele pra todo mundo ver. — Pete se esgueirou para deitar no peito do marido. — Olha que vida, eu conheci você anos mais tarde.

— Eu sou um cara gostoso.

— É sim, e graças que nunca saiu mostrando o pau na porta dos outros. — Pete disse rindo e Vegas o acompanhou. — Eu não me importo dele ver pornô, o que me deixa pensativo é… Será que isso não está fazendo ele fantasiar demais? Digo, nosso menino vai perder a virgindade um dia e essa droga dói.

— Você realmente está preocupado com a primeira vez dele doer ou está preocupado com o fato dele ter a primeira vez?

— Mais a segunda opção do que a primeira. Mesmo assim é uma grande preocupação.

— Deixamos ele namorar, estamos dando todo o apoio e conversando com ele sempre que ele pede, acho que não devemos nos preocupar tanto assim. — Vegas murmurou deixando o livro na cômoda e fechando os olhos. — Precisamos logo decidir se o Macau pode ou não dormir aqui.

— Posso falar não?

— Só se quiser que ele te odeie.

— Ok, Macau pode dormir aqui. — Pete bufou se agarrando mais ao marido.

[...]

Porchay estava quase brilhando de tanta felicidade!

Seus pais haviam deixado Macau passar a noite, realmente passar a noite!  E não dormir em um colchão na sala ou ser carregado após dormir para o carro e levado de volta até sua casa. Ele realmente iria dormir ali, na sua casa. Porchay estava pirando.

— Não sei pra que essa felicidade toda. — Pete murmurou limpando a estante da sala, estava retirando alguns livros para doar. — Vai fazer algo por acaso?

— Claro que não. — Porchay bufou, mas corou um pouco. Felizmente seu pai estava de costas. — Eu só estou feliz porque ele vai dormir comigo na minha cama, e namorados fazem isso.

— Namorados também namoram a distância, não quer experimentar essa parte? — Pete virou para o filho e o mais novo revirou os olhos.— Só comentei.

eu não acredito que ele está crescendo • vegaspete •Where stories live. Discover now