Jogos.

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Naruto Uzumaki.
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Durante cada primeiro tempo dos jogos de basquete que aconteceram na escola, Sasuke foi até a área dos adversários e fez uma acrobacia de líder de torcida. Ele começou com um movimento exagerado de bater a bola:

Drible! Drible!

Sis Bum Bibe!

Não mordemos!

Não mordemos!

Só dizemos... (gesto longo)

E aí, amigos!

(Dois dedos apontavam para o peito dele,)

Nós somos os Elétrons!

(apontando para eles) Quem-são-VOCÊÊÊÊS

(então, ele virava a cabeça de lado e fazia uma concha na orelha com a mão, esperando ouvir algo.)

Uma ou duas líderes de torcida, ou talvez um torcedor ou dois gritavam de volta: "Somos os Wildcats!" ou "Somos os Cougars!" ou qualquer coisa parecida, mas a maioria simplesmente o encarava boquiaberta, como se dissesse: "Quem é isso?". Alguns colegas líderes de torcida se divertiam, e outros ficavam mortificadas.

Nesse ponto, o único crime do qual Sasuke poderia ter sido acusado seria o de pieguice. Mas ele não parou por aí. Comemorava sempre que a bola caía na cesta, independentemente de que time tivesse marcado o ponto. Foi a visão mais estranha: o time adversário marcava, a multidão do EEMM se sentava na maior tristeza, enquanto Sasuke, sozinho, aparecia aplaudindo

No começo, os outros líderes de torcida tentaram controlá-lo, mas era como tentar fazer um filhote de cachorro ficar quieto. Quando lhe deram o uniforme, fizeram dele um líder de torcida que nunca haviam imaginado. Ele não se limitava aos jogos de basquete. Ele aplaudia qualquer jogo, qualquer coisa, a qualquer momento. Ele aplaudia as grandes coisas, as homenagens, os vencedores de eleições, mas dava muito de sua atenção às pequenas coisas.

Nunca se sabia quando ia acontecer. Você podia ser um zé-ninguém do primeiro ano chamado Eddie. Enquanto andava pelo corredor, você via um papel de bala no chão, o pegava e o jogava na lixeira mais próxima, e, de repente, lá estava ele na sua frente, sacudindo os braços, com seu cabelo escuro e sardas voando, engolindo você inteiro com aqueles olhos enormes, gritando uma musiquinha que ele criava na hora, alguma coisa sobre Eddie e a lixeira fazendo juntos um trabalho para acabar com o lixo. Uma multidão então se reúne, bate palmas no ritmo da musiquinha, e há muito mais olhos em cima de você do que em todos os dias anteriores da sua vida juntos. Você se sente idiota, exposto, estúpido. Quer fazer o mesmo que o papel de bala e se jogar dentro da lixeira. É a coisa mais dolorosa que já lhe aconteceu. Seu cérebro continua projetando um único pensamento. Eu vou morrer... Eu vou morrer..

E, então, quando ele finalmente terminava e as sardas se acomodavam de novo no rosto dele, você simplesmente não morria. Porque as pessoas estavam aplaudindo, esse era o motivo de você não morrer. Quem já morreu enquanto estava sendo aplaudido? E as pessoas estavam sorrindo para você. Pessoas que nunca tinha visto antes estavam sorrindo para você e dando tapinhas nas suas costas, apertando sua mão, e, de repente, parecia que o mundo inteiro estava chamando seu nome, e você se sentia tão bem que praticamente poderia flutuar da escola para casa. E quando ia para cama naquela noite, a última coisa que via antes de adormecer eram aqueles olhos, e a última coisa que sumia era aquele sorriso no seu rosto.

Talvez um dia você tivesse aparecido na escola com brincos realmente diferentes. Ou tirado dez em um teste. Ou quebrado um braço. Ou tirado o aparelho dos dentes. Ou talvez você nem mesmo fosse uma pessoa. Talvez fosse um desenho a carvão feito na parede por um gênio da arte. Ou um cara bem-apessoado no estacionamento

O Extraordinário Garoto Chamado Sasuke Where stories live. Discover now