Um dos experimentos de Gecko Moria acaba dando uma nova vida a um monstro.
Um ser com asas de inseto vindo de uma ilha distante procura uma nova razão para viver depois de perder tudo que ama.
Assombrado pelo passado agora ele renasce como um ser ho...
Era um sentimento estranho, até um momento atrás ainda não havia me dado conta da situação desesperadora em que nós encontrávamos.
Bom, agora eu sabia muito bem.
Após acabar com os piratas e marinheiros pelo caminho, destroçando seus corpos como um animal selvagem e arrancando suas almas somente com o medo de olharem em meus olhos.
Agora, caminho para a floresta que por algum motivo, me traz uma sensação horrível do que está nela, tento me apressar no possível, a floresta queima, sofre, está muito quente e a fumaça se espalha no céu antes azul.
Um dos motivos de entrar na floresta era porque queria ter a vista do lugar mais alto da aldeia, assim poderia ter uma noção de onde os inimigos estariam surgindo para poder parar eles o mais rápido possível.
Enquanto me afasto cada vez mais das casas destruídas e corpos mortos, no caminho me sinto cansado. Nunca lutei tanto por minha vida e mal se passou um dia, a noite chega e não consigo admirar mais a beleza que existiu aqui.
Eu matei muitas pessoas,sei que não deveria me arrepender, eles mereceram, mas sempre repudiei a morte, por que destruir algo tão bonito quanto uma vida?
Goran estava morto, fiz questão de atravessar sua própria espada nele mesmo, assim como ele tinha feito naquela mulher. O resto dos piratas até tentaram um esforço inútil de tentar fugir, o que resultou em uns segundos de perseguição, algo inútil.
Posso sentir o cheiro do mar que vinha da costa mais ao longe, o que era estranho já que a fumaça tomou o lugar completamente. Aquele parecia ser um cheiro diferente, é como se alguém estivesse carregando um pedaço do mar no meio da floresta... o que pode ser apenas loucura.
Minhas pernas tremem e sinto vontade de voltar ou de parar alguns instantes para descansar, mas carregado de um mau pressentimento, apressei o passo adentrando ainda mais a floresta.
Uma árvore fragilizada cai e lança ao local onde estou em uma espécie de cortina.
— Mas quem anda incendiado por aqui?—exclamei irritado, já estava cansado das ''surpresinhas'' que vinham lá de fora. — Se for mais um pirata maldito, vou esfolar ele vivo!
Continuei caminhando, passei uma, duas, três árvores saindo do meu campo de visão e pronto! Estava lá, a pessoa que eu procurava e a pior visão que podia ter.
Me aproximei do corpo estirado no chão com uma cautela que nunca tive antes, quem quer que fosse possuía duas asas de uma borboleta e estacas fincadas no corpo que pareciam dolorosas só de olhar, tudo aquilo dava a cena um ar assustador.
No momento em que olhei seu rosto tive toda a certeza... aquela era minha irmã. Rapidamente fui verificar seus ferimentos e seus batimentos cardíacos.
— Calissa! Acorda, o que... Quem?—As lágrimas barraram e dificultavam minha visão, a floresta parecia opressora, alguém atacou Calissa. — Calissa, alguém! ALGUÉM!
Ela não respirava. Não importa quanto eu chamasse.
Seu coração não batia. Não importa o quanto eu implorasse.
Ela estava morta. E ninguém iria salvá-la, nem mesmo eu.
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