28 - The prom isn't for me

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- Sabes hoje é o baile lá na escola - disse Ashton assim que rodou a chave na ignição do carro.

- Eu sei - respondi enquanto punha o cinto.

- Podíamos ir, os rapazes também vão mais as raparigas - olhei para ele arregalando os olhos, ele riu-se com a minha cara de parva.

- Estás me por acaso a convidar para ir ao baile contigo? - perguntei agarrando o seu braço afastando-o do volante para o impedir de avançar.

- Já que estás a por nesses termos - deu com os ombros, tinha um sorriso divertido no rosto fazendo-me relaxar um pouco da minha cara séria.

- Isso dos bailes é para casais virgens que querem deixar de o ser!

- Gostei da parte de estares a enunciar que iremos fazer sexo no final do dia - dei-lhe um muro do ombro fazendo-o guinchar um "au".

- Estúpido, eu não vou a lado nenhum - cruzei os braços ao nível do peito.

- Oh, va lá! Vai ser divertido!

Desviei o meu olhar para o seu rosto, estava a fazer beicinho, agora percebi o porque de ele não querer que eu o faça, este pequeno gesto torna-lhe um pouco mais irresistível.

- Porque é que vai ser divertido?

- Vamos estar todos juntos, vamos dançar, rir, divertir - falou aquilo com tanto entusiasmado como se fosse uma criança a receber um ovo da pascoa.

- Nunca foste a um baile, pois não!? - ficou a olhar para mim com aquela cara de quem diz "é, provavelmente não" - Aquilo não é nada divertido!

- Como o sabes?

- No ano passado fiz parte da organização para ter alguns créditos, garanto-te que aqueles que não têm par passam a vida grudados a ti, e os que têm passam o baile todo com aquelas danças lamechas e beijos aqui e ali, falam como se tivessem a cuspir arco íris. Nenhum dos cenários é bonito!

- Podíamos passar a noite a dançar danças malucas que não lembra a ninguém - arrancou com o carro deixando de ter contato visual comigo - Podíamos contar piadas secas entre todos, podíamos trocar um beijinhos e no final do dia ias para minha casa - ri-me com o fingimento na inocência da sua voz.

- Onde queres chegar com isto tudo? - perguntei rindo-me mas ele, pelo contrário, fez uma cara séria.

- Se eu te dizer eu tenho a certeza que te vou assustar - deu com os ombros continuando com toda a sua atenção para a estrada.

- Ash - chamei-o para ele olhar para mim - Tenho dezenas de cenários, por favor diz-me que não é nenhum deles - quase que supliquei.

- Anna, eu quero assentar a minha vida, quero ter uma relação estável, ter bons amigos, partilhar uma casa - suspirou no final - E queria que fosse contigo, porque apesar de isto parecer ser cenas tiradas de um filme, tu és diferente das outras.

- Ash eu - murmurei mas ele não me deixou acabar de falar.

- Podes ser a mais burra, mais estúpida, mais lerda do que qualquer outra pessoa, só te metes em problemas e só sabes fazer e dizer merda. Tanto és uma cabra e magoas-me com as tuas ações como por outro lado és apenas um anjo que está lá para mim, que me faz sorrir. E não sei porque raio eu estou a discursar isto tudo se eu sei que tu não queres saber de merda nenhuma que eu tou a dizer, mas eu gosto de ti, eu realmente gosto de ti. Caralho. Nunca gostei de ninguém da mesma maneira que estou a gostar ti.

- Não me faças isto Ash - implorei - Eu não quero magoar-te, por favor - Ele não disse nada, o seu corpo estava muito tenso, esta conversa nem que fosse feita daqui a um milhão de anos correria bem - Se eu tiver uma relação contigo vai acabar como as outras, eu não quero que acabes como a Kayla ou como o Gus . Eles acreditaram em mim e olha o que eu lhes fiz? Usei a rapariga para ganhar uma aposta e abusei da obsessão que ele tinha por mim para ter boa droga e acabei por o trair com o seu irmão! Ele sofreu muito! Foi internado por estar com uma depressão. Eu não quero que acabes assim, eu preocupo demasiado contigo para isso.

Be My Escape || Ashton IrwinWhere stories live. Discover now