Capítulo 25

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Ela estava ali, em meus braços. Tudo ao nosso redor era destroços da pequena casa de madeira que eu mesmo tinha construído anos atrás, um refúgio, para onde eu fugia quando queria estar longe de tudo. Não existia mais cabana, mas ela ainda estava ali.

Eu podia sentir seu coração batendo forte contra meu peito, minha mão cobrindo suas costas coberta apenas com aquele lençol ridículo.

Ainda não conseguia acreditar que ela realmente tinha cometido aquela estupidez. Atrair aquele demônio pra cá, onde ela estava com a cabeça?

Seu corpo estremeceu e me lembrou do que realmente importava naquele momento. Meu filho e ela!

O medo tinha tomado meu corpo quando senti seu poder pulsar mais forte e soube que ela tinha atraído ele até lá.

Não tinha ideia de que ela tinha explodido a casa, mas sabia que algo grande havia acontecido, nossa ligação me deixava sentir isso.

Podia não admitir nunca na minha vida, mas quando vi a coisa falando com ela meu coração se apertou dentro do peito. Medo de que ela fosse embora com ele, naquele momento não me passou pela cabeça nosso filho, eu só conseguia pensar em Bridget indo embora com aquele ser, virando as costas para todos e apenas indo.

— Precisamos ir. — murmurei contra seus cabelos.

Não sei bem em que momento isso aconteceu, mas eu havia puxado seu corpo trêmulo contra mim. Eu precisava senti-la, precisava abraçá-la contra mim para ter certeza que ela ainda estava ali e de que ela estava bem.

Mas então ela desatou a chorar, os soluços sacudindo seu corpo pequeno me deixaram desconcertado.

Eu sabia que parte da dor tinha sido eu quem causou, conseguia sentir, assim como sentia seus pensamentos bagunçados.

Ao menos para uma coisa tinha servido ela chamar aquela criatura e enfrentá-lo cara a cara, agora ela sabia com quem estava lidando e o quanto ele não merecia sua bondade.

Vê-la o mandando ficar longe do nosso filho fez uma chama crepidar dentro de mim, aquecendo meu coração com esperança.

Ela não iria embora com ele e seu desprezo ficou evidente para qualquer um.

— Me prometa uma coisa. — sua voz soou, mas ela ainda não tinha tirado o rosto do meu peito.

A Bruxa e o Alfa - ConcluídoWhere stories live. Discover now