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Alex narrando...

Uriel... aquilo me deixou realmente assustado, poderia ser o mesmo Uriel? Será que ele é um anjo? Olhei em volta naquele longo corredor, Otávio ja tinha ido embora me deixando sozinho naquele lugar, e naquele momento me deixou assustado com tantos quadros, estátuas de Anjos e armaduras deixando o lugar mais assustador com a pouca iluminação que tinha.

Sai andando vagarosamente pelo corredor atento a qualquer barulho que seja, eu ainda não entendia por que eu era daquele jeito, eu morria de medo de Anjos, então por que eu estava tão motivado a persegui-los? E se eu os encontre, o que faria? Essas perguntas sempre me deixava amedrontado e só agora outra pergunta resolveu me assombrar.

E se eles sempre estiveram na minha frente? Que sempre estivesse me observando?

Eu não sei, porém eu comecei a suar frio e a ter palpitações no peito, meu coração começou a bater exageradamente rápido e meus pulmões queimava com a dificuldade de respirar. Precisei me apoiar na parede e ir escorregando até esta sentado, completamente assustado. Olhei para o lado e vi uma figura alada me encarando me deixando assustado, nem tinha percebido que prendia a respiração.

Trouxe os meus joelhos os juntandoos ao meu peito e coloquei as mãos nos ouvidos ao ouvir bater de asas quando tive a impressão da imagem do quadro a minha frente se mexer. Eu estava com tanto medo que nem me importava em chorar ali na casa de desconhecidos, até por que todas aquelas pessoas eram desconhecidos.

Eu me encolhi e me afastei quando senti uma mão no meu ombro, a respiração estava tão precária que não consegui emitir nenhum som, nem ao menos levantei o rosto para ver quem era, só apertei mais meus olhos e minhas mãos sobre os ouvido totalmente em pânico.

- Sou eu Alex, Hiago!

O olhei com receio de talvez não ser ele, entretanto ele estava ali abaixado enquanto me olhava preocupado e assustado e com razão talvez naquele momento eu esteja digno de pena, talvez eu realmente nunca supere aquele trauma, como também seria insignificante para sempre, que nem consegue seguir em frente, um fraco e um perdedor que não consegue fazer nada além chorar!

Um bebê chorão, como disse meu irmão.

- Olha para mim, presta atenção só em mim Lindo. - Pediu quando notou que eu olhava para a estátua do outro lado do corredor.

- Eu não consigo... Hiago... Eu quero ir para casa, por favor. - Nesse momento eu estava tão abalado que nem me importei se eu implorei ou não.

- Desculpe, mas sua casa esta uma verdadeira bagunça por toda a investigação sobre o que aconteceu... - Eu neguei com a cabeça, não, não era ali que eu falava, até porque ali nunca foi minha casa... essa cidade nunca foi a minha casa.

- Eu não consigo continuar com tudo isso, eu nem consigo me manter firme com estátuas e quadros deles, o que farei se encontrar um. - Falei aos plantos voltando a forma encolhida no canto da parede aos plantos, Hiago sentou do meu lado e me puxou para sentar no seu colo encostando minha cabeça em seu peito sentindo ele me abraçar.

- Respire e relaxe, eu estou aqui, eu vou te proteger mesmo que você me odeie e nao queira nem olhar na minha cara. - Eu levantei o rosto para o olhar e ele estava sério enquanto me olhava de volta.

- Você nem me conhece direito, por que desperdiçar o seu tempo se não tem garantias que ficaremos juntos?

- Para não me arrepender por não ter tentado. - Abaixei a cabeça aceitando aquela resposta, ela era com toda a certeza válida.

Entre anjos e DemôniosOnde histórias criam vida. Descubra agora